Aneurisma da artéria coronária
O que é aneurisma1 da artéria2 coronária?
O aneurisma1 da artéria2 coronária é uma condição incomum, definida como uma dilatação em segmento de artéria2 coronária, maior do que 1,5 vezes o diâmetro de referência do vaso em causa. Essa dilatação é um achado que raramente ocorre nos pacientes submetidos à angiografia3 coronária (0,3% a 4,9% dos casos, em diferentes estatísticas).
Quais são as causas do aneurisma1 da artéria2 coronária?
A causa mais comum de aneurismas de artéria2 coronária em todo o mundo, principalmente em crianças, é a doença de Kawasaki. Outras causas incluem:
- trauma
- aterosclerose4 coronária
- lúpus5 eritematoso6 sistêmico7
- poliarterite nodosa
- arterite de Takayasu
- esclerodermia
- febre reumática8
- endocardite9 bacteriana
- complicações de intervenção cardiovascular percutânea.
Cerca de um terço dos aneurismas estão associados à doença arterial coronariana obstrutiva e levam ao infarto do miocárdio10, a arritmias11 ou à morte cardíaca súbita. Os aneurismas coronários gigantes estão relacionados à idade avançada.
Qual é o substrato fisiopatológico do aneurisma1 da artéria2 coronária?
A fisiopatologia12 dos aneurismas da artéria2 coronária permanece obscura, mas pensa-se que ela é idêntica a dos aneurismas de vasos maiores, com destruição da camada média da parede arterial, adelgaçamento dela, aumento do estresse nesse segmento danificado e progressiva dilatação da artéria2.
A maioria dos aneurismas da artéria2 coronária (cerca de 50% a 52% dos casos) são considerados de origem arteriosclerótica.
As doenças do tecido conjuntivo13, como a síndrome14 de Marfan, por exemplo, ligada a mutações no gene da fibrilina, podem causar aneurismas sem estarem ligadas à arteriosclerose15.
Além disso, alguns produtos usados nas intervenções coronárias podem estar relacionados com a produção de aneurismas, evocando uma reação de hipersensibilidade e vasculite16 que leva ao enfraquecimento da parede do vaso e subsequente dilatação.
Veja também sobre "Arterites", "Doenças autoimunes17", "Aumentando o HDL18", "Reduzindo o LDL19" e "Estatinas: prós e contras".
Quais são as características clínicas do aneurisma1 da artéria2 coronária?
Morfologicamente, os aneurismas podem ser classificados como (1) fusiformes, nos quais a dimensão longitudinal é maior que a transversal ou (2) saculares, em que a dimensão transversal é maior que a longitudinal. A dilatação pode ser focal ou difusa e comprometer um ou mais de um dos ramos da artéria2 coronária.
Os aneurismas da artéria2 coronária são denominados gigantes se seu diâmetro transcender o diâmetro do vaso de referência em mais de quatro vezes ou se eles tiverem mais de 8 milímetros de diâmetro. Essa condição está supostamente presente em apenas 1,4% dos casos examinados pós-morte.
Não há uma sintomatologia típica que seja distintiva dos aneurismas da artéria2 coronária. A apresentação clínica mais frequente é a dor torácica, também sugestiva de angina20 estável. Em consequência, os pacientes podem apresentar infarto do miocárdio10, arritmias11, morte súbita ou complicações como formação de trombos21, embolização22, formação de fístula23, ruptura, hemopericárdio, tamponamento, compressão de estruturas vizinhas ou insuficiência cardíaca congestiva24.
A apresentação clínica do aneurisma1 coronário gigante pode mimetizar aneurismas da aorta ascendente25 ou do tronco pulmonar26, ou outras condições, como tumores cardíacos, tumores pericárdicos ou timomas (tumores do timo27).
Como o médico diagnostica o aneurisma1 da artéria2 coronária?
Os aneurismas da artéria2 coronária podem ser diagnosticados por técnicas não invasivas e invasivas, como ecocardiografia, tomografia computadorizada28, imagem por ressonância magnética29 e angiografia3 coronária.
A angiografia3 coronária é a ferramenta padrão ouro para realizar esse diagnóstico30, pois fornece informações sobre a forma, o tamanho, a localização e as anomalias coexistentes, como doença arterial coronariana, por exemplo. Também é útil para estabelecer a estratégia de ressecção cirúrgica, se for o caso. No entanto, é um procedimento invasivo, com os riscos inerentes a esse procedimento.
Entre as modalidades não invasivas, a tomografia computadorizada28 pode ser a técnica de escolha, em alternativa à angiografia3 coronária. No entanto, essa modalidade pode ter limitações na demonstração de coágulos ou trombo31 dentro do vaso, no delineamento da parte distal32 das artérias coronárias33 e confundir um grande aneurisma1 coronário como uma massa compacta.
A angiografia3 por ressonância magnética29 coronária é uma outra técnica não invasiva para o diagnóstico30 e avaliação dos aneurismas da artéria2 coronária, evitando a radiação associada à tomografia computadorizada28.
A ultrassonografia34 intravascular35 tornou-se a técnica de "padrão ouro" que produz imagens transluminais das artérias coronárias33, incluindo informações sobre a estrutura da parede arterial.
Como o médico trata o aneurisma1 da artéria2 coronária?
Por ser de ocorrência extremamente rara, a abordagem terapêutica36 dos aneurismas da artéria2 coronária ainda não está estabelecida de forma consensual. O manejo clínico pode variar desde a abordagem farmacológica com anticoagulantes37 e antiagregantes plaquetários ao manejo endovascular com stents, ou ainda de forma cirúrgica por ressecção e reconstrução com enxerto38.
A terapia apropriada para os pacientes com aneurisma1 de artéria2 coronária deve ser individualizada. A intervenção cirúrgica, tanto convencional quanto percutânea, pode ser feita para eliminar potenciais complicações de trombose39, dissecção ou ruptura.
Como evolui o aneurisma1 da artéria2 coronária?
O prognóstico40 dos aneurismas de artérias coronárias33 geralmente é favorável, mas deve-se sempre individualizar o tratamento para cada paciente baseando-se em suas condições clínicas e comorbidades41 prévias.
Quais são as complicações possíveis com o aneurisma1 da artéria2 coronária?
O aneurisma1 da artéria2 coronária pode levar à formação de trombos21, vasoespasmos, dissecção da artéria2 e outras sequelas42.
Leia sobre "Parada cardíaca", "Insuficiência cardíaca congestiva24", "Arritmia43 cardíaca" e "Doenças cardiovasculares44".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Science Direct e do Hospital Israelita Albert Einstein.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.