Aneurismas - o que saber sobre eles?
O que são aneurismas arteriais?
Aneurismas arteriais são dilatações localizadas de uma artéria1, causadas pelo enfraquecimento das paredes do vaso, por trauma ou por doença vascular2, criando uma protuberância da artéria1. É muito comum na população em geral, raramente causando problemas graves. Seu perigo está no fato de poder romper-se, resultando em grande hemorragia3 nos tecidos irrigados pela artéria1 atingida.
Quais são as causas dos aneurismas arteriais?
As causas para a ocorrência de um aneurisma4 não são totalmente claras. Algumas pessoas já nascem com esse problema (aneurisma4 congênito5), geralmente provocado por defeitos em partes da parede arterial. Esses defeitos podem também acontecer por traumatismos ou doenças arteriais. O fato de fumar e a pressão alta (hipertensão arterial6) são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de um aneurisma4.
Quais são os tipos de aneurismas que existem?
Os aneurismas podem afetar uma extensa variedade de artérias7. Os aneurismas mais significativos afetam a aorta8, que é a principal artéria1 do corpo, e as artérias7 que suprem o cérebro9 e o coração10. Normalmente, os aneurismas são classificados por sua localização no corpo, como, por exemplo, aneurisma4 aórtico, aneurisma4 carotídeo, aneurisma4 cerebral, etc.
Saiba mais sobre "Aneurisma4 de aorta abdominal11", "Aneurisma4 cerebral" e "Hipertensão arterial6".
As protuberâncias aneurismáticas podem ter duas formas principais:
- Os aneurismas fusiformes, que resultam da dilatação de todos os lados do vaso sanguíneo.
- Os aneurismas saculares, que são salientes apenas de um lado do vaso sanguíneo.
Quais são as principais características clínicas dos aneurismas?
A maioria dos aneurismas não apresenta sintomas12 e não é perigosa. No entanto, em sua fase mais grave, alguns podem se romper, levando à hemorragia3 interna com risco de vida. O risco de ruptura depende, pelo menos em parte, do tamanho do bulbo13 aneurismático.
Embora haja características comuns a todos os aneurismas, alguns deles assumem importância especial. Um deles é o aneurisma4 da aorta8. Essa grande artéria1 capta praticamente todo o sangue14 liberado pelo ventrículo esquerdo do coração10 e passa pelas cavidades torácica e abdominal, levando o sangue14 aos órgãos periféricos. Tem um diâmetro entre 2 e 3 centímetros, mas pode chegar a 5-6 centímetros em caso de um aneurisma4. O aneurisma4 mais comum da aorta8 localiza-se na aorta abdominal11. Menos comumente (25%), um aneurisma4 pode afetar a aorta torácica15.
Outro aneurisma4 importante é o aneurisma4 das artérias7 que suprem o cérebro9, conhecidos como aneurismas intracranianos. Aneurismas cerebrais rompidos são a causa mais comum de um tipo de derrame16 conhecido como hemorragia subaracnoide17.
Além deles, um aneurisma4 também pode ocorrer em uma artéria1 periférica: aneurisma4 poplíteo, aneurisma4 da artéria esplênica18, aneurisma4 da artéria1 mesentérica19, aneurisma4 da artéria1 femoral, aneurisma4 da artéria1 carótida, aneurisma4 visceral, etc. Os aneurismas periféricos são menos propensos à ruptura do que os aneurismas aórticos e cerebrais.
Como o médico diagnostica os aneurismas?
Exames específicos capazes de detectar possíveis aneurismas não fazem parte de um checkup normal. Assim, como são silenciosos e assintomáticos, os aneurismas costumam ser descobertos por acaso ou apenas quando se rompem.
Como pode não apresentar sintomas12, o aneurisma4 da aorta8 costuma ser identificado durante exames médicos não relacionados à doença, em exames como radiografia ou ultrassonografia20, por exemplo, feitos por outros motivos. Por isso, é importante um exame clínico da região torácica e abdominal em pacientes acima de 50 anos.
Quando percebido precocemente, o aneurisma4 da aorta8 pode ser tratado facilmente, mas se chega a romper pode ocasionar a morte. Em caso de suspeita, os exames mais indicados para caracterizar o problema são radiografias do tórax21, ecocardiograma22, tomografia computadorizada23 e ressonância magnética24.
No caso de um aneurisma4 cerebral rompido, o estudo pode ser feito pela tomografia computadorizada23, pela punção lombar (coleta de líquido cefalorraquidiano25) e pela angiografia26 cerebral. Dependendo das particularidades do caso, o médico pode optar por substituir a angiografia26 por uma angiotomografia, uma tomografia usando contraste.
O diagnóstico27 de um aneurisma4 numa artéria1 periférica começa pelo exame físico, em que é captada uma artéria1 dilatada e pulsátil e confirmado posteriormente por exames de imagem, como ultrassonografia20 e angiografia26 com tomografia computadorizada23. Mas geralmente esses exames foram pedidos em decorrência de outra queixa. No caso de suspeita, deve ser também solicitado um EcoDoppler, que ajuda na confirmação do diagnóstico27.
Leia sobre "Hemorragias28" e "Angiografia26".
Como o médico trata os aneurismas?
Alguns aneurismas quase nunca se romperão e não exigem providências médicas ativas, mas se eles se romperem, caracterizam uma situação de urgência29. O médico pode optar por monitorar um aneurisma4 não roto, se não houver sintomas12 intoleráveis e indícios de risco de ruptura.
A decisão de operar ou não um aneurisma4 da aorta8 depende de vários fatores relacionados ao paciente individual e às características do aneurisma4, incluindo idade do paciente, saúde30 geral, condições coexistentes, escolha pessoal do paciente, tamanho do aneurisma4, sua localização e taxa de crescimento, presença de dor ou risco de tromboembolismo31.
No caso de um aneurisma4 cerebral, normalmente o médico só operará se houver um alto risco de ruptura, porque o risco potencial de dano cerebral resultante de complicações cirúrgicas é grande demais. Em vez de cirurgia, os pacientes recebem orientações sobre como monitorar e gerenciar os fatores de risco, por exemplo, monitorando a pressão arterial32.
Os aneurismas periféricos raramente se rompem. O risco maior que envolvem é a embolia33 (fragmentação de coágulos existentes na parede do aneurisma4 e que se deslocam, obstruindo artérias7 menores) e a isquemia34, que exige medidas terapêuticas urgentes. Coágulos podem se formar no espaço dentro do aneurisma4 e, em seguida, moverem-se, bloqueando ou restringindo o fluxo de sangue14 em outras áreas. Aneurismas também podem comprimir os nervos e veias35, levando à dor, dormência36 e fraqueza.
Como evoluem os aneurismas arteriais?
A maioria dos aneurismas permanece estável. A ruptura deles causa uma hemorragia3, cuja gravidade depende de vários fatores: calibre do vaso afetado, extensão do aneurisma4 e da ruptura, volume do sangramento ocasionado e estado geral do paciente. Estima-se que 40% dos pacientes que tiveram rompimento de um aneurisma4 da aorta8 morrem em 24 horas.
Como prevenir os aneurismas arteriais?
Não há como evitar os aneurismas arteriais, mas tem como evitar muitas de suas consequências negativas, sobretudo o rompimento. Alguns tipos de aneurisma4 podem necessitar de tratamento cirúrgico para evitar a ruptura. A pressão arterial32 deve ser mantida em níveis normais ou baixos.
Veja também sobre "Dieta que reduz pressão arterial32", "Pressão arterial32", e "Crises hipertensivas".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.