Você conhece a trombose arterial e sabe o que fazer para preveni-la?
O que é trombose1 arterial?
Trombose1 é a formação de um coágulo2 no interior de um vaso sanguíneo, o qual pode se desprender e migrar, resultando na obstrução do fluxo de sangue3 mais adiante, num vaso de menor calibre, para alguma parte do corpo.
As tromboses4 arteriais são aquelas que ocorrem no interior de artérias5 que transportam o sangue3 oxigenado nos pulmões6 para os tecidos. Conforme o órgão que ela priva de sangue3, como coração7 ou cérebro8, por exemplo, pode acarretar a morte. Na verdade, a trombose1 arterial é a principal causa de morte no Brasil e no mundo.
Quais são as causas da trombose1 arterial?
A trombose1 arterial afeta pessoas cujas artérias5 estão obstruídas por depósitos ateroscleróticos de gordura9. Esses depósitos fazem com que as artérias5 endureçam e estreitem com o tempo, e aumentam o risco de formação de coágulos sanguíneos.
Os fatores que aumentam o risco de trombose1 arterial são:
- envelhecimento;
- uso de tabaco;
- dieta pouco saudável;
- falta de exercício físico;
- estar acima do peso ou ser obeso;
- beber regularmente quantidades excessivas de álcool;
- ter pressão alta, colesterol10 alto ou diabetes11;
- ter história familiar de aterosclerose12;
- ser de descendência sul asiática, africana ou afro-caribenha.
Às vezes, a trombose1 arterial pode ser causada por uma condição que aumenta a probabilidade de coagulação13 do sangue3, como fibrilação atrial ou síndrome14 antifosfolipídica.
Qual é o substrato fisiológico15 da trombose1 arterial?
Em geral as tromboses4 arteriais ocorrem em regiões da circulação16 arterial que já se encontravam parcialmente obstruídas pelo crescimento das chamadas placas17 de aterosclerose12.
Pode haver dois tipos de mecanismos de formação das tromboses4 nas artérias5:
- O surgimento de pequenas fissuras18 nas placas17 ateroscleróticas, o que leva à ativação da coagulação13 na superfície destas placas17.
- A migração de parte de um coágulo2 formado em outro local para uma artéria19 mais estreita (embolia20).
A obstrução da circulação16 arterial resulta na interrupção da chegada de oxigênio para os tecidos que receberiam este sangue3 oxigenado, levando a sofrimento agudo21 e morte desses tecidos (o que pode acontecer em segundos ou minutos), caso o fluxo não seja restabelecido ou compensado por outras vias.
Leia sobre "Aterosclerose12", "Arterioesclerose22", "Trombose venosa profunda23 e tromboembolismo24 venoso".
Quais são as características clínicas da trombose1 arterial?
Se um coágulo2 de sangue3 estreitar a luz de uma ou mais artérias5 que levam ao coração7, ao cérebro8 ou a um membro, podem ocorrer sintomas25 relativos a esse fato. Entretanto, se ele bloquear completamente aquelas artérias5, ele causará um ataque cardíaco (infarto26 agudo21 do miocárdio27), acidente vascular cerebral28 isquêmico29 ou uma doença vascular periférica30, respectivamente.
Em um ataque cardíaco, o paciente experimentará uma forte dor na região central do peito31; falta de ar; pele32 suada, pegajosa e acinzentada; tontura33; náusea34 e vômito35. Em alguns casos, os sintomas25 podem ser menos típicos e incluir apenas um leve desconforto no peito31 e dor ou formigamentos no braço ou ombro esquerdos ou nas costas36.
Em um acidente vascular cerebral28, o paciente pode sentir repentinamente dormência37; fraqueza ou paralisia38 em um lado do corpo; fraqueza em músculos39 do rosto; dificuldade para engolir, o que pode fazer o paciente babar saliva; tontura33 e, às vezes, desmaios; dificuldade em falar e entender a fala dos outros; problemas de equilíbrio e coordenação.
Nos casos de doença vascular periférica30, que geralmente afeta artérias5 das pernas, o paciente fica mais suscetível a desenvolver um coágulo2; sente dores ao andar ou fazer exercícios, na maioria dos casos na metade inferior das pernas, que pode afetar ambas as pernas, mas se desenvolve em uma perna antes da outra; pele32 pálida e fria e dormência37 em uma ou em ambas as pernas. A doença vascular periférica30 também pode causar outros problemas, como impotência40, por exemplo.
Como o médico diagnostica a trombose1 arterial?
Os exames utilizados para diagnosticar uma trombose1 arterial são a angiografia41 da extremidade ou do órgão afetado, exame de ultrassonografia42 com Doppler de uma extremidade, exame de ultrassonografia42 com Doppler duplex das extremidades, ecocardiograma43, ressonância magnética44 do braço ou da perna, ecocardiografia de contraste miocárdico e pletismografia.
Como o médico trata a trombose1 arterial?
Os tratamentos da trombose1 arterial dependem da localização do coágulo2 e podem envolver medicamentos ou cirurgia. Eles são baseados em injeções de um medicamento chamado trombolítico, que pode dissolver alguns coágulos sanguíneos, ou também em uma operação para remover um coágulo2 (embolectomia) ou para alargar a artéria19 afetada (angioplastia45) ou para desviar o sangue3 ao redor da artéria19 bloqueada.
Como prevenir a trombose1 arterial?
Não é possível prevenir totalmente a formação de coágulos sanguíneos arteriais, mas o paciente pode reduzir o seu risco prevenindo a aterosclerose12, com algumas providências:
- Parar de fumar;
- Manter uma dieta saudável e equilibrada;
- Praticar exercícios regularmente;
- Manter um peso corporal saudável;
- Reduzir o consumo de álcool.
Se o paciente tem alto risco de ter um coágulo2 sanguíneo, o médico também pode recomendar o uso de medicamentos como estatinas para controlar o colesterol10 alto, medicamentos para hipertensão46 e medicamentos para reduzir o risco de coagulação13 do sangue3.
Veja também sobre "Síndrome metabólica47", "Obesidade48", "Doenças das artérias5", "Doenças cardiovasculares49" e "Doenças cerebrovasculares".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do NHS – National Health Service (UK) e do Johns Hopkins Medicine.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.