Ressonância magnética: o que é? Como realizar o exame? Quais são os inconvenientes?
O que é a ressonância magnética1?
Qual seria a melhor maneira de visualizar o interior do corpo humano2? Abri-lo, não é verdade? Mas isso não é mais necessário. Conectado a um computador, o aparelho de ressonância magnética1 fornece “fotografias” tão nítidas do interior do corpo que permitem ao médico ter uma excelente visão3 dele. Ainda mais: pode virtualmente fatiá-lo e fornecer “fotografias” de cada uma dessas fatias. Assim, a ressonância magnética1 tornou-se o mais moderno e o mais perfeito exame de diagnóstico4 por imagem, fornecendo imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético. Ela consegue detectar anomalias que os exames anteriores não conseguiam, além de fornecer imagens mais detalhadas que as que se consegue com outros métodos de exame. O aparelho em que o exame é feito consta de um tubo circundado por um grande imã, no interior do qual é produzido um potente campo magnético.
Como realizar o exame de ressonância magnética1?
Geralmente o exame não exige nenhum preparo prévio (às vezes, de acordo com o exame a ser realizado, pode ser solicitado um jejum de 4 a 6 horas) e tão logo terminado o procedimento, o paciente pode retomar suas atividades normais. Não é necessário interromper qualquer medicação que o paciente esteja tomando.
A pessoa que passa pelo exame de ressonância magnética1 deita-se numa maca e é orientada a ficar imóvel, enquanto, por deslizamento, é introduzida dentro de um tubo constituinte do aparelho. Como os movimentos impossibilitam a captação de imagens precisas, as crianças e os pacientes que não consigam se controlar necessitam ser sedados antes do exame.
O exame pode durar de 15 minutos até mais de uma hora, dependendo do objetivo. A ressonância magnética1 utiliza radiação do tipo não ionizante. Uma vez que o aparelho gera um potente campo magnético (10.000 vezes maior que o campo magnético da terra), é preciso tomar certos cuidados durante o exame e mesmo fora dele. Pequenos objetos metálicos podem se transformar em projéteis ao serem atraídos pelo campo magnético da ressonância. Mesmo objetos grandes e pesados, como estantes e bancos presentes na sala, podem ser atraídos. O fato de ser submetido a esse campo magnético não acarreta nenhum dano biológico ao ser humano, mas o técnico ou o médico que realiza a ressonância magnética1 deve dar aos pacientes instruções detalhadas, entre as quais:
- O paciente deve ir ao banheiro antes do exame para que não experimente nenhuma urgência5 durante o mesmo, que pode durar um período longo.
- O paciente não deve se mexer durante todo o exame, mas pode se comunicar com o médico para pedir ou receber instruções ou relatar o que estiver sentindo.
- A ressonância é um procedimento ruidoso. O paciente deve usar um protetor ou fone de ouvidos, geralmente oferecido pela instituição que faz o exame.
- Alguns pacientes com perfil fóbico podem se sentir incomodados no interior do tubo de ressonância magnética1 ou mesmo se recusarem a entrar nele. Em casos mais intensos, ele pode optar por um aparelho aberto ou ser submetido a uma sedação6 rápida, embora isso signifique introduzir uma complicação a mais numa técnica relativamente inócua7.
- A roupa usada no exame não pode conter metais (como botões e fivelas).
- Alfinetes, grampos de cabelo8 e zíper de metal podem distorcer as imagens da ressonância magnética1 e também devem ser retirados.
- Aparelhos e objetos como cartões de crédito, relógios, óculos, aparelhos de surdez, celulares, próteses ortodônticas móveis e piercings devem ser retirados, mas aparelhos ortodônticos fixos não representam riscos para o paciente, embora possam prejudicar a qualidade das imagens.
- Antes do exame devem ser informados ao médico, para que ele decida sobre a possibilidade ou não do exame, o uso de clipes de aneurismas cerebrais, marca-passos cardíacos, prótese9 coclear, fragmentos10 de metal no corpo, implantes oculares etc.
- Outros dispositivos, como DIU, clipes de cirurgias da vesícula11, válvulas cerebrais, implantes ortopédicos e stents vasculares12 implantados há mais de seis semanas podem ser admitidos sem problemas.
- Por medida de segurança, mulheres grávidas só devem se submeter ao exame depois da 12ª semana de gravidez13. Não são conhecidos malefícios para a mãe ou para o feto14 mesmo nas ressonâncias realizadas antes desse período.
- O limite de peso para o exame é de 160 quilos.
- Em alguns exames vasculares12 é necessária a aplicação de um contraste venoso (gadolídeo), geralmente inócuo15.
Quais são os inconvenientes da ressonância magnética1?
- Muitas pessoas não podem fazer esse exame, pois:
- Têm em seu corpo algum metal que distorce as imagens;
- Usam aparelhos que podem ter seu funcionamento alterado, como marca-passos, por exemplo;
- São grandes demais para entrarem na máquina.
- A claustrofobia de muitos pacientes torna o exame muito incômodo para eles.
- O aparelho de ressonância magnética1 é relativamente barulhento.
- Durante o exame de ressonância magnética1 o paciente deve ficar imóvel por longos períodos.
- A ressonância magnética1 ainda é um procedimento custoso.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Mayo Clinic e do U. S. National Institute of Health.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.