Falta de ar - como acontece? O que fazer?
O que é dispneia1?
A dispneia1, popularmente chamada de falta de ar, é um sintoma2 no qual a pessoa tem dificuldade de respirar, normalmente com a sensação de respiração curta ou incompleta. A dispneia1 em si mesma não é uma doença, mas sim um sintoma2 que pode ocorrer numa série variada de condições ou doenças orgânicas.
Alguns termos são usados para indicar formas específicas de dispneia1. Assim, o termo ortopneia é usado para descrever a dificuldade respiratória que ocorre quando a pessoa está de pé; dispneia1 de decúbito3 é a dispneia1 que surge quando a pessoa está deitada e que melhora ao assumir a posição ortostática (de pé); dispneia1 paroxística noturna, que surge algum tempo após o adormecer; trepopneia, dispneia1 com a pessoa deitada de lado; platinopneia, dispneia1 e diminuição da saturação de oxigênio, com a passagem da posição de decúbito3 para a posição sentada ou ortostática; apneia4 é a parada temporária da respiração; hipopneia é a diminuição da frequência e profundidade da respiração e eupneia é a manutenção natural da frequência respiratória normal.
Quais são as causas da dispneia1?
A dispneia1 se deve a uma falta de ar percebida pelo cérebro5, o que pode ocorrer por (1) escassez de oxigênio do ar ambiente, (2) obstrução das vias aéreas, (3) dificuldades da difusão do oxigênio das vias aéreas para o sangue6, (4) diminuição da capacidade do sangue6 de transportar oxigênio ou (5) diminuição da circulação7 do sangue6.
Os principais agentes causadores que levam à falta de ar são a asma8, a pneumonia9, a tuberculose10, outras infecções11 pulmonares, o edema pulmonar12, o câncer13 de pulmão14, o derrame15 pleural volumoso, a hemorragia16 pulmonar, a obesidade17, a hipertensão arterial18, os enfartes, os traumas, os defeitos ósseos, a anemia19, a asbestose20 (doença pulmonar devido à aspiração do pó de amianto), a ansiedade e a gravidez21. Muitas outras condições e doenças podem ser causa de dispneia1.
Formas fisiológicas22 normais de dispneia1 ocorrem após a realização de exercícios físicos e com os aumentos da temperatura corporal.
Leia sobre "Asma8", "Pneumonia9", "DPOC", "Câncer13 de pulmão14", "Embolia23 pulmonar", "Enfisema24 pulmonar" e "Insuficiência cardíaca25".
Qual o número de incursões respiratórias por minuto que é considerado normal em cada idade?
A respiração normal varia desde 60 irpm (incursões respiratórias por minuto) no recém-nascido até os 2 meses de vida, passando para 40 irpm aos 5 anos, 20 a 30 irpm aos 12 anos e até entre 12 a 20 irpm daí em diante.
Quais são as principais características clínicas da dispneia1?
A dispneia1 é sintoma2 de um grande número de condições mórbidas, especialmente das doenças do coração26 ou dos pulmões27. Ela se manifesta com a contração nos músculos28 do peito29 e da barriga, pelas narinas que aumentam e diminuem muito em diâmetro durante o ciclo respiratório, assim como com o arroxeamento (cianose30) dos lábios e dedos.
Outro sintoma2 importante nas dispneias de longa duração é o baqueteamento digital (os dedos ficam parecidos com baquetas de tambor), as extremidades dos dedos tornam-se mais volumosas e as unhas31 ficam abauladas.
Como o médico diagnostica a dispneia1?
Nos casos de dispneia1 é importante determinar a causa do problema. A falta de ar é facilmente detectável pela observação e a dificuldade de respirar é evidente. É muito importante fazer precocemente o diagnóstico32, já que a dispneia1 pode estar vinculada a transtornos graves de saúde33.
Para definir a causa da dispneia1, o profissional terá que realizar alguns exames físicos e laboratoriais. É necessário avaliar primeiramente o grau de oxigenação do sangue6. Para tanto, o médico fará uso de um aparelho chamado oxímetro de pulso, capaz de verificar o grau de oxigênio no sangue6 (saturação do sangue6) apenas com a utilização da extremidade dos dedos.
Como o médico trata a dispneia1?
O tratamento da dispneia1 envolve uma série de alternativas, dependendo da sua causa. Enquanto o problema não for esclarecido, é preciso garantir que o paciente receba o oxigênio necessário para sobreviver. Intubações e adaptações de ventiladores mecânicos podem ser medidas necessárias.
Como alguns problemas não possuem solução simples ou rápida, muitas pessoas precisam aprender a lidar com a falta de ar. Alguns indivíduos necessitam passar até mesmo mais de 12 horas por dia com máscaras de oxigênio no rosto.
Veja também sobre "Hipóxia34", "Insuficiência respiratória35", "Intubação endotraqueal" e "Ventilação36 mecânica".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.