O envelhecimento da pele
O que é o envelhecimento da pele1?
A pele1 viçosa e rósea de um bebê saudável não vai durar pela vida toda. Do nascimento à morte ela passará por mudanças contínuas, muitas delas degenerativas2, causadas pelo processo natural do envelhecimento e por agressões exteriores. Assim, a aparência das pessoas mudará durante a vida.
Os rostos das crianças e jovens tendem a ser convexos com lábios carnudos, linha da mandíbula3 arredondada, com têmporas e bochechas cheias. O rosto envelhecido tende a ser côncavo com lábios achatados, têmporas e bochechas encovadas, mandíbula3 recortada e mais angulada. A pele1 envelhecida se tornará mais fina, mais pálida e mais clara e manchas pigmentadas podem aparecer nas áreas expostas ao sol.
O envelhecimento da pele1 é um processo natural e não pode ser evitado, mas pode ser manejado de modo a transcorrer sem traumas, neutralizando-se ou diminuindo-se as agressões externas. A qualidade do envelhecimento da pele1 está relacionada diretamente com a qualidade de vida de cada pessoa.
Há um processo de envelhecimento intrínseco e natural da pele1, e outro extrínseco, dependente do ambiente. Quanto ao primeiro, de natureza genética, pouco se pode fazer. Ou seja, com o tempo, todos nós teremos linhas de expressão, rugas, flacidez, pele1 seca e fina. Quanto ao segundo, pode-se fazer muito.
Veja sobre "Limpeza de pele1", "Tipos de pele1", "Botox", "Ritidoplastia ou lifting facial" e "Dermoabrasão".
Quais são as causas do envelhecimento da pele1?
Em todas as pessoas, o envelhecimento intrínseco é geneticamente programado e cumpre etapas mais ou menos regulares. Os fatores extrínsecos do envelhecimento, contudo, são individuais. O maior deles é a exposição ao sol. Qualquer pessoa pode constatar isso comparando a pele1 de áreas do seu corpo que têm exposição regular ao sol com áreas protegidas da luz solar.
A melanina4, o pigmento natural da pele1, parece fornecer alguma proteção contra os danos induzidos pela radiação solar e, por isso, as pessoas de pele1 clara apresentam mais alterações na pele1 com o envelhecimento do que pessoas com pele1 mais escura. Mas existem outros fatores: as doenças da pele1 e algumas doenças sistêmicas; as agressões causadas por fatores como má nutrição5, vento, poluição e agentes tóxicos; os cuidados diários realizados; e todas as condições de desgaste natural da pele1.
Qual é o substrato fisiológico6 do envelhecimento da pele1?
O envelhecimento da pele1 é paralelo ao envelhecimento do organismo como um todo. As células somáticas7 da pele1 começam a morrer e não são substituídas por novas, como acontece na juventude. Isso está ligado, entre outros fatores, ao envelhecimento celular fisiológico6.
O envelhecimento da pele1 está associado à perda de tecido8 fibroso, à taxa mais lenta de renovação celular e à redução da sua rede vascular9 e glandular. Dependendo da genética e do estilo de vida, as funções fisiológicas10 normais da pele1 podem diminuir em 50% até a meia-idade.
A radiação ultravioleta do sol, o excesso de consumo de álcool, o abuso de tabaco e a poluição ambiental, entre outros, são fatores que “aceleram” o trabalho do relógio biológico provocando o envelhecimento precoce da pele1. Além disso, o aumento do peso corporal e dos níveis de açúcar11 no sangue12 também colaboram para a pele1 envelhecer antes do tempo.
O envelhecimento da pele1 ocorre devido a alterações degenerativas2 nas fibras colágenas e elásticas na derme13. Há uma desorganização no metabolismo14 do colágeno15, reduzindo sua produção e aumentando sua degeneração16. Mudanças no tecido conjuntivo17 limitam a resistência e elasticidade18 da pele1, o que é conhecido como elastose19. Ela também é mais perceptível em áreas expostas ao sol e produz a aparência de pele1 curtida, comum às pessoas que passam muito tempo expostas ao sol.
Sinais20 de envelhecimento da pele1
Existem vários sinais20 de envelhecimento da pele1, mas três deles são cardinais: (1) as rugas, (2) a perda de volume e (3) a perda de densidade.
As linhas finas e as rugas costumam ser os primeiros sinais20 visíveis do envelhecimento intrínseco. Elas aparecem a partir dos 25 anos, em diferentes áreas do rosto, e são os sinais20 de envelhecimento mais fáceis de detectar. As linhas finas, que são pequenas rugas rasas, que se fazem visíveis, em primeiro lugar, nos cantos externos dos olhos21, quando a pessoa sorri, os famosos “pés de galinha”, logo podem ser encontrados nas bochechas e na testa. Em seguida, evoluem para rugas mais profundas e mais generalizadas e depois delas para pele1 fina e transparente, perda de gordura22 subjacente, perda óssea facial, pele1 seca, incapacidade de suar o suficiente para resfriar a pele1, queda de cabelo23 e pelos indesejáveis.
A perda de volume, também conhecida como pele1 flácida, é às vezes difícil de ser identificada, mas ela muda a aparência geral da face24, podendo dar ao rosto uma aparência negativa, triste ou estressada. A perda de densidade se manifesta na superfície, resultando em uma pele1 mais fina e mais fraca, afetando a pele1 de todo o rosto e corpo, ao invés de ser um problema apenas de áreas específicas. Ela é frequentemente associada a rugas mais profundas e ocorre simultaneamente à diminuição da luminosidade da pele1 e com tendência a uma pele1 sem brilho.
O envelhecimento extrínseco é marcado por um enrugamento da pele1, rugas finas e grossas, pele1 áspera, ressecamento, flacidez, telangiectasias25, perda de resistência à tração e alterações pigmentares. Há também um aumento no desenvolvimento de neoplasias26 benignas e malignas na tez fotoenvelhecida.
Como retardar o envelhecimento da pele1?
Embora o envelhecimento da pele1 não possa ser evitado, ele pode ser retardado. Os avanços feitos nos últimos anos na compreensão do processo de envelhecimento levaram ao desenvolvimento de muitas abordagens médicas capazes de adiar os efeitos do envelhecimento da pele1, tanto intrínsecos como extrínsecos, que os dermatologistas estão habilitados a aconselhar e/ou aplicar.
Algumas medidas simples, contudo, continuam necessárias:
- frequentar regularmente o dermatologista para tratar quaisquer danos à pele1;
- manter a pele1 hidratada, seja por uma hidratação sistêmica correta, seja pelo uso de cremes hidratantes;
- evitar doenças de pele1;
- não tomar banhos excessivamente quentes;
- usar sabonete neutro;
- usar diariamente protetor solar nas áreas mais expostas ao sol;
- usar chapéu e guarda-sol quando for à praia;
- evitar exposição ao sol entre 10 e 15 horas;
- não fumar;
- não usar bebida alcoólica;
- manter uma alimentação saudável.
Leia também sobre "Ictiose", "Telangiectasias25", "Xerodermia", "Melasma27", "Protetor solar" e "Envelhecimento saudável".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia e do NIH - National Institutes of Health.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.