Gostou do artigo? Compartilhe!

Síndrome paraneoplásica

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é síndrome paraneoplásica1?

A síndrome paraneoplásica1 é uma doença rara, constituída por um conjunto de sinais2 e sintomas3 que precedem ou que ocorrem simultaneamente com a presença de uma neoplasia4 no organismo. Esses sintomas3 não estão relacionados diretamente com a invasão, obstrução ou efeitos metastáticos do tumor5. Ou seja, as células6 malignas não causam diretamente sintomas3 relacionados ao tumor5 original ou à metástase7, mas eles são devidos a substâncias produzidas pelo próprio tumor5 ou pelo sistema imunológico8 em resposta ao tumor5.

Os sintomas3 podem se manifestar antes ou depois do diagnóstico9 do câncer10. O reconhecimento imediato dessas síndromes é fundamental, pois pode revelar malignidade ainda oculta e, assim, o tratamento pode começar muito precocemente.

A síndrome paraneoplásica1 pode afetar vários sistemas do corpo, incluindo o sistema nervoso11, sistema endócrino12, sistema musculoesquelético, sistema hematológico, entre outros.

Quais são as causas da síndrome paraneoplásica1?

As síndromes paraneoplásicas em geral são secundárias a uma malignidade ainda oculta, mas podem também ocorrer simultaneamente com o câncer10. O mecanismo exato delas, contudo, ainda não está claro. A síndrome paraneoplásica1 pode ocorrer em qualquer tipo de câncer10, mas é mais comum em certos tipos, como câncer10 de pulmão13, câncer10 de mama14, câncer10 de ovário15 e linfoma16.

As causas específicas da síndrome paraneoplásica1 incluem, por exemplo:

  • a produção excessiva do hormônio17 adrenocorticotrófico (ACTH);
  • danos aos nervos, como no caso da neuropatia periférica18 causada pelo câncer10 de pulmão13 ou linfoma16 de Hodgkin;
  • problemas autoimunes19, como o aparecimento de anticorpos20 que atacam células6 normais do corpo, como no caso da síndrome21 miastênica;
  • associação a certos tipos de câncer10 de pulmão13; etc.
Leia sobre: "É possível acabar com o câncer10?", "Linfonodo22 sentinela" e "Distinção entre tumores benignos e malignos".

Qual é o substrato fisiopatológico da síndrome paraneoplásica1?

A patogênese23 da síndrome paraneoplásica1 permanece sem clareza. Seus sintomas3 podem ser secundários às substâncias secretadas pelo tumor5 ou podem ser o resultado da atuação de anticorpos20 contra o tumor5, que reagem de forma cruzada com outros tecidos. Os sintomas3 podem ocorrer em qualquer órgão ou sistema fisiológico24. Cerca de 20% dos pacientes com câncer10 sofrem de síndromes paraneoplásicas, mas essas crises muitas vazes não são reconhecidas.

Os sintomas3 podem surgir pela liberação de autoanticorpos, citocinas25, hormônios ou peptídeos que afetam vários sistemas de órgãos. Alterações na função do fígado26 e esteroidogênese (produção de esteroides) também podem contribuir.

As células6 tumorais são imunogênicas e levam à ativação do sistema imunológico8, que reage contra elas, reconhecendo antígenos27 nas células6 tumorais e as atacando. No entanto, o sistema imunológico8 do corpo pode atacar também o tecido28 normal com uma apresentação de antígeno29 semelhante e levar a sintomas3.

Quais são as características clínicas principais da síndrome paraneoplásica1?

As manifestações clínicas dos sintomas3 não estão necessariamente associadas ao estágio patológico da malignidade subjacente, nem são um indicador de prognóstico30. Os sintomas3 da síndrome paraneoplásica1 podem variar amplamente, dependendo do tipo e localização do câncer10, bem como do sistema do corpo afetado.

Os pacientes com câncer10 apresentam:

  • febre31;
  • sudorese32 noturna;
  • fadiga33;
  • perda de peso;
  • alterações do sono;
  • anorexia34;
  • caquexia35;
  • e problemas neurológicos, como fraqueza muscular, dificuldade de equilíbrio e perda de memória.

Nas síndromes paraneoplásicas cutâneas36, os pacientes podem ter muitos sintomas3 cutâneos, como:

Nas síndromes endócrinas podem aparecer:

Como o médico diagnostica a síndrome paraneoplásica1?

O diagnóstico9 da síndrome paraneoplásica1 pode ser muito difícil e desafiador, pois seus sintomas3 muitas vezes imitam outras condições médicas. Quase sempre é um diagnóstico9 de exclusão, devendo ser descartadas todas as demais possíveis etiologias.

Se existe a suspeita de síndrome paraneoplásica1, o paciente deve ser submetido a uma bateria de exames laboratoriais, de imagens, de eletrodiagnósticos e biópsia45 de tecidos específicos, incluindo:

Como o médico trata a síndrome paraneoplásica1?

O manejo terapêutico da síndrome paraneoplásica1 é baseado no tipo, gravidade e localização da doença. Se for diagnosticada malignidade oculta, o primeiro passo é tratar a malignidade subjacente com quimioterapia50, radioterapia51 ou cirurgia, quando possível.

A síndrome paraneoplásica1 pode se beneficiar da imunossupressão52 com altas doses de corticosteroides, imunoglobulinas53 intravenosas, troca de plasma54 ou plasmaférese.

Quais são as complicações possíveis com a síndrome paraneoplásica1?

As complicações envolvem principalmente os sistemas endócrino55, neurológico, dermatológico, reumatológico e hematológico. Elas devem ser suspeitadas quando os sintomas3 clínicos são muito mais graves e os pacientes respondem menos ao regime de tratamento tradicional.

As complicações mais notáveis do lado endocrinológico incluem hiponatremia56, hipercalcemia moderada a grave e hipoglicemia41 grave (abaixo de 20mg/dl). Do lado hematológico, tem-se trombocitose57, aplasia pura de hemácias58 e granulocitose. Outras complicações possíveis são as reações secundárias relacionadas aos medicamentos usados no tratamento, que apresentam risco aumentado de hepatotoxicidade59, nefrotoxicidade60, cardiotoxicidade e toxicidade61 pulmonar.

Veja também sobre "Câncer10 - informações importantes", "Prevenção do câncer10" e "Tratamento das metástases62 ósseas".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do National Institutes of Health e da Mayo Clinic.

ABCMED, 2023. Síndrome paraneoplásica. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1437485/sindrome-paraneoplasica.htm>. Acesso em: 20 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Síndrome paraneoplásica: Conjunto de manifestações de caráter imunológico ou humoral que podem preceder ou acompanhar uma neoplasia. Entre as manifestações mais freqüentes citam-se a acantose nigrans, diversas artrites, prurido, etc.
2 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Neoplasia: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
5 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
6 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
7 Metástase: Formação de tecido tumoral, localizada em um lugar distante do sítio de origem. Por exemplo, pode se formar uma metástase no cérebro originário de um câncer no pulmão. Sua gravidade depende da localização e da resposta ao tratamento instaurado.
8 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
9 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
10 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
11 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
12 Sistema Endócrino: Sistema de glândulas que liberam sua secreção (hormônios) diretamente no sistema circulatório. Em adição às GLÂNDULAS ENDÓCRINAS, o SISTEMA CROMAFIM e os SISTEMAS NEUROSSECRETORES estão inclusos.
13 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
14 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
15 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
16 Linfoma: Doença maligna que se caracteriza pela proliferação descontrolada de linfócitos ou seus precursores. A pessoa com linfoma pode apresentar um aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, do baço, do fígado e desenvolver febre, perda de peso e debilidade geral.
17 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
18 Neuropatia periférica: Dano causado aos nervos que afetam os pés, as pernas e as mãos. A neuropatia causa dor, falta de sensibilidade ou formigamentos no local.
19 Autoimunes: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
20 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
21 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
22 Linfonodo: Gânglio ou nodo linfático.
23 Patogênese: Modo de origem ou de evolução de qualquer processo mórbido; nosogenia, patogênese, patogenesia.
24 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
25 Citocinas: Citoquina ou citocina é a designação genérica de certas substâncias segregadas por células do sistema imunitário que controlam as reações imunes do organismo.
26 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
27 Antígenos: 1. Partículas ou moléculas capazes de deflagrar a produção de anticorpo específico. 2. Substâncias que, introduzidas no organismo, provocam a formação de anticorpo.
28 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
29 Antígeno: 1. Partícula ou molécula capaz de deflagrar a produção de anticorpo específico. 2. Substância que, introduzida no organismo, provoca a formação de anticorpo.
30 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
31 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
32 Sudorese: Suor excessivo
33 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
34 Anorexia: Perda do apetite ou do desejo de ingerir alimentos.
35 Caquexia: Estado de involução geral caracterizado por perda de peso, astenia e incapacidade de desempenhar atividades mínimas. Pode acompanhar estados terminais das doenças crônicas (SIDA, insuficiência cardíaca, insuficiência respiratória). Também se pode aplicar este termo a um órgão determinado, quando o mesmo se encontra afetado por um transtorno incapacitante terminal (caquexia cardíaca).
36 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
37 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
38 Acantose nigricans: Alteração na coloração da pele que fica escurecida em regiões de dobras. Comum em pessoas obesas e naquelas que apresentam resistência insulínica. É vista em pacientes com diabetes tipo 2 e naqueles com pré-diabetes.
39 Síndrome de Cushing: A síndrome de Cushing, hipercortisolismo ou hiperadrenocortisolismo, é um conjunto de sinais e sintomas que indicam excesso de cortisona (hormônio) no sangue. Esse hormônio é liberado pela glândula adrenal (também conhecida como suprarrenal) em resposta à liberação de ACTH pela hipófise no cérebro. Níveis elevados de cortisol (ou cortisona) também podem ocorrer devido à administração de certos medicamentos, como hormônios glicocorticoides. A síndrome de Cushing e a doença de Cushing são muito parecidas, já que o que a causa de ambas é o elevado nível de cortisol no sangue. O que difere é a origem dessa elevação. A doença de Cushing diz respeito, exclusivamente, a um tumor na hipófise que passa a secretar grande quantidade de ACTH e, consequentemente, há um aumento na liberação de cortisol pelas adrenais. Já a síndrome de Cushing pode ocorrer, por exemplo, devido a um tumor presente nas glândulas suprarrenais ou pela administração excessiva de corticoides.
40 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
41 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
42 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
43 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
44 Adrenalina: 1. Hormônio secretado pela medula das glândulas suprarrenais. Atua no mecanismo da elevação da pressão sanguínea, é importante na produção de respostas fisiológicas rápidas do organismo aos estímulos externos. Usualmente utilizado como estimulante cardíaco, como vasoconstritor nas hemorragias da pele, para prolongar os efeitos de anestésicos locais e como relaxante muscular na asma brônquica. 2. No sentido informal significa disposição física, emocional e mental na realização de tarefas, projetos, etc. Energia, força, vigor.
45 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
46 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
47 Líquido cefalorraquidiano: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
48 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
49 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
50 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
51 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
52 Imunossupressão: Supressão das reações imunitárias do organismo, induzida por medicamentos (corticosteroides, ciclosporina A, etc.) ou agentes imunoterápicos (anticorpos monoclonais, por exemplo); que é utilizada em alergias, doenças autoimunes, etc. A imunossupressão é impropriamente tomada por alguns como sinônimo de imunodepressão.
53 Imunoglobulinas: Proteína do soro sanguíneo, sintetizada pelos plasmócitos provenientes dos linfócitos B como reação à entrada de uma substância estranha (antígeno) no organismo; anticorpo.
54 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
55 Endócrino: Relativo a ou próprio de glândula, especialmente de secreção interna; endocrínico.
56 Hiponatremia: Concentração de sódio sérico abaixo do limite inferior da normalidade; na maioria dos laboratórios, isto significa [Na+] < 135 meq/L, mas o ponto de corte [Na+] < 136 meq/L também é muito utilizado.
57 Trombocitose: É o número excessivo de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitopenia. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é superior a 750.000/mm³ (e particularmente acima de 1.000.000/mm³) justifica-se investigação e intervenção médicas. Quanto à origem, pode ser reativa ou primária (provocada por doença mieloproliferativa). Apesar de freqüentemente ser assintomática (particularmente quando se origina como uma reação secundária), pode provocar uma predisposição para a trombose.
58 Hemácias: Também chamadas de glóbulos vermelhos, eritrócitos ou células vermelhas. São produzidas no interior dos ossos a partir de células da medula óssea vermelha e estão presentes no sangue em número de cerca de 4,5 a 6,5 milhões por milímetro cúbico, em condições normais.
59 Hepatotoxicidade: É um dano no fígado causado por substâncias químicas chamadas hepatotoxinas.
60 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
61 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
62 Metástases: Formação de tecido tumoral, localizada em um lugar distante do sítio de origem. Por exemplo, pode se formar uma metástase no cérebro originário de um câncer no pulmão. Sua gravidade depende da localização e da resposta ao tratamento instaurado.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.