Conhecendo melhor os corticoides
O que são corticoides?
Corticoides são um grupo de hormônios esteroides produzidos pelas glândulas1 suprarrenais.
A descoberta dos corticoides, também chamados de corticosteroides, constitui um dos maiores progressos da farmacologia2 moderna. Eles são sintetizados a partir do cortisol (que por sua vez deriva do colesterol3), um hormônio4 normalmente fabricado pela glândula5 suprarrenal.
O cortisol e seus derivados naturais cumprem importantes funções no organismo, como assimilação das proteínas6, hidratos de carbono, açúcar7, gorduras e minerais, além de terem ações anti-inflamatórias e imunossupressoras e exercerem estimulação cerebral. Quando, por qualquer razão, não são naturalmente providos pelo organismo nas quantidades necessárias, devem ser supridos artificialmente. Por outro lado, o excesso deles acarreta importantes (e às vezes graves) reações.
Quais são os tipos de corticoides existentes?
Há, basicamente, três famílias de corticoides: os glicocorticoides, os mineralocorticoides e os andrógenos8.
- Glicocorticoides: controlam o metabolismo9 dos carboidratos, das gorduras e das proteínas6 e são anti-inflamatórios.
- Mineralocorticoides: controlam os níveis de eletrólitos10 e de água.
- Andrógenos8: controlam as funções sexuais masculinas.
O que acontece quando os corticoides são usados por longos períodos de tempo?
Quando tomados por períodos prolongados, os corticoides podem causar efeitos colaterais11 importantes, mas a sua descontinuação deve ser feita gradativamente, uma vez que o organismo reagirá à sua retirada ou poderá ocasionar o retorno das enfermidades que tratavam. Além disso, a suprarrenal inibida pelos corticoides pode demorar a voltar a produzir os hormônios necessários ao organismo.
Como são usados os corticoides?
Hoje em dia, há um grande número de corticoides sintéticos (cortisona, hidrocortisona, betametasona, dexametasona, prednisona, prednisolona, metilpredinisolona, triancinolona, por exemplo) sob a forma dos mais variados preparados farmacológicos (cremes, pomadas, drágeas12, comprimidos, colírios, preparados injetáveis e para inalação, etc) para serem usados pelas mais diferentes vias (tópica, oral, inalatória, intramuscular, endovenosa).
Seu emprego terapêutico abarca um grande número de condições, sendo as anti-inflamatórias, as antialérgicas e as imunossupressoras as mais visadas usualmente.
Cada um deles tem melhores efeitos quando aplicados a um quadro clínico específico e o seu uso deve sempre ser orientado por um médico.
Quais os efeitos colaterais11 mais comuns dos corticoides?
Os corticoides apresentam efeitos colaterais11 potencialmente diferentes e às vezes sérios, tais como:
- Insuficiência13 da glândula5 suprarrenal.
- Síndrome de Cushing14.
- Osteoporose15.
- Catarata16.
- Trombose17.
- Úlceras18.
- Hipertensão arterial19 (pressão alta).
- Hiperglicemia20 (aumento dos níveis de glicose21 no sangue22).
- Psicopatias23.
- Distúrbios do humor.
Por isso, só devem ser administrados por um médico experiente. Além disso, nem todas as pessoas podem tomar corticoides. Estes medicamentos devem ser evitados ou usados com muita cautela nos indivíduos com descompensações cardíacas, doenças psíquicas, hipertensão arterial19, embolia24, úlcera25 gastroduodenal, tuberculose26 e deficiências nutritivas.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Mayo Clinic e da World Health Organization (WHO).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.