Câncer - informações importantes
A célula1 normal e a célula1 cancerosa
A maioria das células2 do corpo tem funções específicas e expectativa fixa de vida. A morte celular faz parte de um fenômeno natural e benéfico chamado apoptose3. Uma célula1 recebe instruções para morrer de modo que o corpo possa substitui-la por uma nova, que funcione melhor. As células2 cancerosas carecem dos componentes que as instruem a parar de se dividir e morrer. Elas podem aparecer em uma área do corpo e, em seguida, espalhar para os gânglios linfáticos4 regionais e daí para locais distantes do corpo.
O que é câncer5?
Câncer5 é um termo muito abrangente. Descreve a condição que resulta quando as divisões celulares passam a se dar descontroladamente, de forma excessiva e, em geral, de forma mais rápida que normalmente. Em verdade, alguns tipos de câncer5 causam um rápido crescimento celular, enquanto outros causam o crescimento e a divisão das células2 a um ritmo mais lento. Como resultado, elas se acumulam no corpo, formando tumores e usando oxigênio e nutrientes que normalmente deveriam nutrir outras células2. Elas podem, ainda, prejudicar o sistema imunológico6 e causar outras alterações que impedem o corpo de funcionar regularmente.
Leia também: "É possível acabar com o câncer5?" e "Prevenção do câncer5".
Quais são os tipos de câncer5 que existem?
Os cânceres podem ser agrupados de acordo com o tipo de célula1 em que eles começam. Existem 5 tipos principais:
- Carcinoma7: câncer5 que começa na pele8 ou nos tecidos que revestem ou cobrem os órgãos internos. Existem diferentes subtipos, incluindo adenocarcinoma9, carcinoma7 basocelular, carcinoma7 espinocelular e carcinoma7 de células2 transicionais.
- Sarcoma10: câncer5 que começa nos tecidos conectivos ou de suporte, como ossos, cartilagens11, gordura12, músculos13 ou vasos sanguíneos14.
- Leucemia15: câncer5 que se inicia no tecido16 formador de sangue17, como a medula óssea18, e produz células sanguíneas19 anormais que entram na corrente sanguínea.
- Linfoma20 e mieloma21: cânceres que começam nas células2 do sistema imunitário22.
- Cânceres do cérebro23 e da medula espinhal24: são conhecidos como cânceres do sistema nervoso central25.
Não tratado, o câncer5 é uma condição evolutiva e, por isso, comporta progressivamente diversos graus de evolução, chamados estágios, numerados de I a IV.
- Estágio 0: é apenas um tipo de displasia26, restrita à área inicial.
- Estágio I: tumor27 restrito a uma parte do corpo, sem comprometimento linfático28.
- Estágio II: câncer5 local, avançando com comprometimento do sistema linfático29 ou espalhado por mais de um tecido16.
- Estágio III: localmente avançado, espalhado por mais de um tecido16 e causando comprometimento linfático28.
- Estágio IV: metástase30 à distância, ou seja, espalhando para outros órgãos ou por todo o corpo.
Quando diagnosticados nos estádios iniciais (I ou II) as chances de cura são maiores e quando só reconhecido nos estágios posteriores (III e IV) os resultados dos tratamentos são mais incertos.
Quais são as causas de câncer5?
Existem muitas causas de câncer5; algumas são evitáveis, outras não. O câncer5 pode ser causado ou desencadeado pela poluição, tabagismo, consumo pesado de álcool, excesso de peso corporal, inatividade física ou nutrição31 pobre e mal balanceada. Tais causas são evitáveis, mas outras causas de câncer5 não são evitáveis. O fator de risco32 inevitável e mais significativo é a idade. Cerca de 87% dos casos de câncer5 são diagnosticados em pessoas com 50 anos ou mais.
Os fatores genéticos têm uma grande importância no desenvolvimento do câncer5, embora estima-se que 80% dos cânceres tenham a participação de fatores ambientais. É o código genético de uma pessoa que diz às suas células2 quando se dividir e expirar. Alterações nos genes podem levar a instruções defeituosas às células2 e resultar no câncer5. Alguns genes alteram as proteínas33 que geralmente reparam as células2 danificadas e isso também pode levar ao câncer5.
Se um pai tem esses genes, eles podem passar as instruções alteradas para seus descendentes, mas algumas alterações genéticas ocorrem após o nascimento e fatores ambientais como tabagismo e exposição ao sol podem aumentar o risco de câncer5. Finalmente, uma pessoa pode herdar uma predisposição para um certo tipo de câncer5. Mutações genéticas herdadas contribuem significativamente para o desenvolvimento de 5 a 10 por cento dos casos de câncer5.
Veja sobre "Sedentarismo34" e "Alimentação saudável".
Quais são as principais características clínicas do câncer5?
As células2 normais se dividem e se reproduzem de maneira ordenada e morrem quando estão desgastadas, assim novas células2 tomam o lugar delas. O câncer5 acontece quando as células2 começam a crescer fora de controle, continuam crescendo e produzindo novas células2 e expulsando as células2 normais. Dessa forma, causam problemas na parte do corpo em que o câncer5 começou.
As células2 cancerosas também podem se espalhar para outras partes do corpo. Por exemplo, as células2 cancerosas no pulmão35 podem viajar para os ossos e crescerem lá. Quando as células2 cancerígenas se espalham, isso é chamado de metástase30. Quando o câncer5 de pulmão35 se espalha para os ossos, por exemplo, ele ainda é chamado de câncer5 de pulmão35, e não câncer5 ósseo, porque as células2 cancerígenas nos ossos se parecem com as do pulmão35.
As células2 acumuladas no local em que o câncer5 começou formam um tumor27, comumente chamado de “tumor cancerígeno”. Além de ser um crescimento anômalo, ele pode pressionar ou se estender para órgãos vizinhos, às vezes com graves consequências. Alguns cânceres são mais espalhados e não formam uma massa tumoral, como a leucemia15, por exemplo.
Alguns cânceres manifestam sintomas36 desde o início e outros evoluem silenciosamente durante seus estágios iniciais e só manifestam sintomas36 mais tarde, quando as chances de cura são menores. Em alguns casos, os sintomas36 só passam a existir quando órgãos adjacentes passam a ser prejudicados ou quando o câncer5 já produziu metástases37. Por isso, é importante fazer exames preventivos periódicos visando os cânceres mais comuns (mamografia38, exame da próstata39, colonoscopia40...). As pessoas em grupo de risco41 devem manter ainda maiores cuidados a respeito.
Saiba mais sobre "Câncer5 de pulmão35", "Câncer5 de mama42", "Câncer5 de próstata39", "Tumores ósseos" e "Tratamento das metástases37 ósseas".
Como o médico diagnostica o câncer5?
O diagnóstico43 de câncer5 parte do histórico médico de cada paciente, do exame físico e de exames laboratoriais e de imagens. Além de caracterizar um achado clínico como câncer5, importa ainda determinar o tipo de câncer5 e o estágio em que ele se encontra, porque isso determinará o tratamento a ser aplicado. A exata determinação da natureza cancerosa ou não de um tumor27 bem como do tipo e do estágio do câncer5 é feita por meio de uma biópsia44.
Como o médico trata o câncer5?
Os médicos prescrevem tratamentos com base no tipo de câncer5, seu estágio ao ser diagnosticado e a saúde45 geral da pessoa. Três atuações terapêuticas, isoladamente ou em conjunto, são quase sempre empregadas: (1) cirurgia, (2) quimioterapia46 e (3) radioterapia47.
- A cirurgia quase sempre é parte de um plano de tratamento quando uma pessoa tem um tumor27 cancerígeno. Ela é feita para remover o tumor27. Além disso, um cirurgião pode remover os gânglios linfáticos4 regionais para reduzir ou prevenir a disseminação da doença. A cirurgia pode deixar de ser realizada quando o tumor27 é tecnicamente considerado inoperável ou quando o estado geral do paciente desaconselha o procedimento.
- A quimioterapia46 usa medicamentos para matar as células2 cancerígenas que tenham se espalhado pelo corpo. As drogas também podem ajudar a diminuir os tumores, mas elas têm efeitos colaterais48 que podem ser graves e, por vezes, insuportáveis para o paciente. No entanto, os avanços no tratamento estão melhorando as perspectivas para as pessoas com câncer5, aumentando a eficácia do tratamento e diminuindo os efeitos colaterais48.
- A radioterapia47 usa alta dose de radiação para matar as células2 cancerígenas. Além disso, um médico pode recomendar o uso de radiação para encolher um tumor27 antes da cirurgia ou reduzir os sintomas36 relacionados a ele.
Há também outras opções terapêuticas que podem ser usadas para o tratamento do câncer5 conforme as peculiaridades de cada caso.
- A terapia hormonal envolve o uso de medicamentos que alteram o funcionamento de certos hormônios ou interferem na capacidade do organismo de produzi-los. Quando hormônios desempenham um papel importante no câncer5, como no câncer5 de próstata39 e de mama42, esta é uma abordagem comum.
- A imunoterapia usa medicamentos e outros tratamentos para estimular o sistema imunológico6 a combater as células2 cancerígenas.
- O transplante de células2 pode ser especialmente benéfico para pessoas com cânceres relacionados ao sangue17, como leucemia15 ou linfoma20. Envolve também a remoção de células2, como glóbulos vermelhos ou brancos, que a quimioterapia46 ou a radiação destruíram. Os técnicos de laboratório reforçam as células2 e as colocam de volta no corpo.
- A medicina de precisão, ou medicina personalizada, é uma abordagem mais nova e em desenvolvimento. Envolve o uso de testes genéticos para determinar os melhores tratamentos para a apresentação particular de câncer5 de uma pessoa.
- Terapias direcionadas desempenham funções dentro das células2 cancerosas para evitar que elas se multipliquem. Elas também podem impulsionar o sistema imunológico6. Dois exemplos dessas terapias são drogas de moléculas pequenas e anticorpos49 monoclonais.
Leia sobre "Quimioterapia46", "Radioterapia47", "Hormonioterapia antineoplásica" e "Imunoterapia".
Como prevenir o câncer5?
Embora não haja uma providência que previna todos os tipos de cânceres, várias atitudes podem diminuir muito a incidência50 dele: não fumar, ter uma alimentação saudável, manter um peso corporal adequado, praticar atividades físicas diariamente, amamentar o bebê, fazer exame preventivo51 ginecológico regular, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, evitar exposição ao sol entre 10h e 16h, ou usar sempre proteção adequada, e vacinar as meninas e meninos entre 9 e 14 anos contra o HPV.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cancer Treatment Centers of America, American Cancer Society, National Cancer Institute e American Society of Clinical Oncology.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.