Câncer: das primeiras cirurgias aos avanços que estão mudando o prognóstico
O que são tratamentos contra o câncer1?
Atualmente, há diversos tipos de tratamento para o câncer1, mas nem sempre foi assim. No passado, a única alternativa era a remoção cirúrgica do tumor2. Em 1902, a descoberta do elemento radioativo3 rádio4 trouxe à medicina uma nova possibilidade para impedir que as células5 cancerígenas se multiplicassem. Já nas décadas de 1940 e 1950, surgiu a quimioterapia6, destinada a combater diretamente as células5 malignas.
Desde então, inúmeros estudos e recursos foram desenvolvidos, com o objetivo de eliminar as células5 cancerígenas ou impedir que continuem se multiplicando. Além disso, houve avanços significativos nas terapias de suporte, o que contribuiu para tornar o tratamento mais tolerável e eficaz.
Os tratamentos atuais contra o câncer1 consistem em diferentes estratégias utilizadas para erradicar o tumor2 ou retardar sua progressão. Podem ser aplicados isoladamente ou combinados, com o objetivo de aumentar a eficácia terapêutica7. A escolha do tratamento é feita pelo médico responsável pelo caso, levando em conta o tipo e o estágio evolutivo do câncer1, assim como as condições clínicas individuais do paciente.
Graças a esses avanços, muitos cânceres que no passado eram considerados fatais hoje podem ser curados, especialmente quando diagnosticados precocemente.
Veja sobre "Como evitar o câncer1", "Câncer1 infantil", "O que são metástases8" e "Retinoblastoma".
Quais são os tratamentos atualmente disponíveis contra o câncer1?
A cirurgia continua sendo uma opção fundamental, especialmente quando o tumor2 está restrito ao local de origem e pode ser totalmente removido. Quando realizada precocemente, pode resultar em controle definitivo ou até cura da doença. Em casos selecionados, a cirurgia é utilizada de forma paliativa, visando reduzir a carga tumoral ou aliviar sintomas9 que comprometem a qualidade de vida, como dor intensa, compressão de estruturas vitais, hemorragias10, perfurações ou obstruções. No entanto, alguns tumores, por condições clínicas ou características biológicas, são considerados inoperáveis.
A quimioterapia6 utiliza medicamentos específicos para destruir ou impedir o crescimento das células5 cancerígenas. Administrados por via intravenosa, oral ou outras, esses fármacos circulam pelo sangue11 e alcançam diferentes regiões do corpo. Como agem preferencialmente em células5 que se dividem rapidamente, afetam também tecidos saudáveis com alta taxa de renovação, como a medula óssea12, o trato gastrointestinal e os folículos pilosos, o que explica efeitos colaterais13 como náusea14 e queda de cabelo15. Pode ser sistêmica ou direcionada e, em muitos casos, é combinada com outros métodos terapêuticos.
A radioterapia16 utiliza radiações ionizantes, como raios-X de alta energia, para destruir ou danificar o DNA das células5 cancerígenas, impedindo sua multiplicação. Pode ser aplicada externamente, por meio de equipamentos que direcionam o feixe de radiação, ou internamente, com a inserção de material radioativo3 próximo ou dentro do tumor2 (braquiterapia17). Frequentemente é associada à cirurgia ou à quimioterapia6, dependendo da indicação clínica.
A imunoterapia representa um avanço importante, pois estimula o próprio sistema imunológico18 do paciente a reconhecer e destruir as células5 tumorais. Diferentemente da quimioterapia6 e da radioterapia16, que atacam diretamente as células5 cancerígenas, a imunoterapia “treina” o sistema de defesa para agir de forma mais eficiente, neutralizando mecanismos que o câncer1 utiliza para escapar da resposta imune.
A hormonioterapia, ou terapia hormonal, é indicada principalmente para tumores hormônio19-dependentes, como os de mama20 e próstata21. Atua reduzindo a produção de hormônios ou bloqueando sua ação nas células5 tumorais, retardando o crescimento ou levando à redução do tumor2. Pode ser empregada como tratamento primário ou associada a cirurgia e radioterapia16.
A terapia-alvo22 é uma estratégia que utiliza medicamentos desenvolvidos para agir seletivamente sobre moléculas ou vias específicas essenciais para o crescimento e a disseminação das células5 cancerígenas. Por atacar alvos moleculares precisos, tende a causar menos efeitos adversos do que a quimioterapia6 convencional. Alguns fármacos bloqueiam a formação de novos vasos sanguíneos23 no tumor2, enquanto outros interferem diretamente nos sinais24 de proliferação celular.
O transplante de medula óssea12 (TMO) é indicado para certos cânceres hematológicos, como leucemias, linfomas e mieloma25 múltiplo. Pode proporcionar a cura em casos selecionados e restaurar a produção normal de células sanguíneas26, melhorando sintomas9 e qualidade de vida. Entretanto, é um procedimento complexo e com riscos importantes, sendo indicado apenas quando há real potencial de benefício.
Por fim, as terapias orais oferecem uma alternativa mais prática em alguns contextos, permitindo que o paciente realize parte do tratamento em casa, com comprimidos, cápsulas ou soluções líquidas. Essa modalidade pode reduzir a necessidade de deslocamentos frequentes ao hospital, mantendo a eficácia do tratamento conforme a indicação médica.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do INCA - Instituto Nacional de Câncer, do Hospital Albert Einstein e do HCP - Hospital de Câncer de Pernambuco.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.