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Complicações pós-operatórias comuns

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O que são complicações pós-operatórias comuns?

Complicações pós-operatórias são sinais1 ou sintomas2 inesperados que surgem após uma cirurgia e em decorrência dela. Algumas vezes, esses acontecimentos são dependentes do tipo de cirurgia, mas o que aqui estamos chamando de “complicações pós-operatórias comuns” são somente aqueles acontecimentos que podem ocorrer a qualquer pessoa, em qualquer cirurgia.

Certos eventos desagradáveis que se seguem a uma cirurgia são esperados e constituem desconfortos, e não são propriamente complicações. Dentre eles, contam-se:

  • náuseas3 e vômitos4 devidos à anestesia5 geral;
  • dor de garganta6 causada pelo tubo colocado na traqueia7 para respirar durante a cirurgia;
  • dor e inchaço8 ao redor do local da incisão9 ou dor menor ao redor dos locais das injeções intravenosas;
  • inquietação e insônia;
  • sede;
  • constipação10;
  • gases intestinais.

Outros eventos, desagradáveis e inesperados, podem ser considerados como complicações pós-operatórias. É o caso de:

  • choque11;
  • sangramento;
  • infecção12 da ferida cirúrgica;
  • trombose venosa profunda13;
  • embolia14 pulmonar;
  • problemas pulmonares;
  • retenção urinária15;
  • reação à anestesia5.

Choque hipovolêmico16

O choque11 é uma queda severa na pressão arterial17 que dificulta o fluxo sanguíneo em todo o corpo. Ele pode ser causado por perda de sangue18, infecção12, lesão19 na coluna ou problemas metabólicos. O tratamento dele, conforme o caso, pode incluir: estancar a perda de sangue18; apoiar a respiração, administrando oxigênio; reduzir a perda de calor do corpo; administrar fluidos intravenosos; e administrar medicamentos que ajudem a aumentar a pressão arterial17.

Hemorragia20

O sangramento é uma perda rápida de sangue18 no local da cirurgia que, por sua vez, pode levar ao choque11. O tratamento da perda rápida de sangue18 pode incluir reposição endovenosa de fluidos ou plasma sanguíneo21, transfusão22 de sangue18 e intervenção cirúrgica para controlar o sangramento.

Infecção12

As infecções23 podem ocorrer quando as bactérias penetram nos locais da cirurgia e, além do quadro infeccioso, podem retardar o processo de cicatrização. As infecções23 de feridas podem se espalhar para órgãos ou tecidos próximos ou para áreas distantes através da corrente sanguínea. O tratamento das infecções23 pode incluir a administração de antibióticos e a realização de cirurgia ou procedimento para limpar ou drenar a área infectada.

Trombose venosa profunda13

A trombose venosa profunda13 é um coágulo24 de sangue18 em uma grande veia dentro de uma perna, braço ou outra parte do corpo, causando dor, inchaço8, sensibilidade e vermelhidão no local. Em alguns casos, o coágulo24 pode se desprender e viajar para os pulmões25 ou cérebro26, podendo causar uma embolia14 pulmonar ou um acidente vascular cerebral27. As meias de compressão são frequentemente usadas para prevenção ou tratamento do problema.

Embolia14 pulmonar

A embolia14 pulmonar pode ocorrer quando o coágulo24 da trombose venosa profunda13 se solta da veia originária e vai até os pulmões25, obstruindo um vaso pulmonar e, assim, corta o fluxo de sangue18 para a área pulmonar afetada. A embolia14 pulmonar é sempre uma emergência28 médica e pode levar à morte. Os sintomas2 são dor no peito29; dificuldade para respirar; tosse, que pode ser tosse sanguinolenta30; sudorese31; pressão arterial17 muito baixa; batimentos cardíacos acelerados; tontura32 e desmaio. O tratamento depende da localização e tamanho do coágulo24 sanguíneo e pode incluir medicamentos trombolíticos para dissolver coágulos e medicamentos anticoagulantes33 para prevenir mais coágulos.

Problema pulmonar

Os problemas pulmonares às vezes acontecem porque a pessoa não faz exercícios de respiração profunda e tosse, dentro de 48 horas após a cirurgia, como deveria fazer. Eles também podem ocorrer em virtude de pneumonia34 ou pela inalação de alimentos, água ou sangue18 nas vias aéreas. Os sintomas2 podem incluir chiado, dor no peito29, falta de ar, febre35 e tosse. Levantar-se e caminhar, respirar fundo e tossir com frequência podem ajudar a reduzir as chances desses problemas. O tratamento depende do problema pulmonar e da causa.

Retenção urinária15

A retenção urinária15 pode ser causada pela anestesia5 ou mesmo por certas cirurgias. É tratada com a colocação de um fino tubo (cateter) dentro da bexiga36, através da uretra37. O cateter deve ser mantido no lugar até que a pessoa recupere o controle da bexiga36, o que se dá com a plena eliminação do anestésico. Às vezes, medicamentos para estimular a bexiga36 podem ser administrados com boa resposta.

Reação à anestesia5

Reações à anestesia5 são raras, mas acontecem. Os sintomas2 podem variar de leves a graves. Se a reação for de natureza alérgica, o tratamento inclui a interrupção do medicamento que possa causar a reação e administração de outros medicamentos para tratar a alergia38. Para minimizar esse risco, a pessoa deve informar ao médico, antes da cirurgia, quaisquer alergias que tenha. Se ocorrer uma reação alérgica39 inesperada, procure saber o que a causou, para que você possa evitá-la em uma possível cirurgia futura.

Classificação das complicações pós-operatórias em geral

As complicações possíveis das cirurgias são classificadas em grau de gravidade. As mencionadas nesse artigo, geralmente não ultrapassam o Grau II.

  • Grau I: qualquer pequeno desvio do pós-operatório normal que não requer tratamento medicamentoso, cirúrgico ou endoscópico, a não ser antipirético40, analgésico41, diuréticos42, reposição de eletrólitos43 e fisioterapia44.
  • Grau II: requer tratamento farmacológico com outras drogas que não as mencionadas no grau I e/ou transfusão22 de sangue18 e/ou alimentação parenteral exclusiva.
  • Grau III: requer intervenção cirúrgica, endoscópica ou radiológica, com ou sem anestesia5 geral.
  • Grau IV: complicação que significa risco de vida, como, por exemplo, hemorragia20 cerebral, isquemia45 cerebral ou outra afecção46 que requeira cuidados numa Unidade de Terapia Intensiva47, ou outra condição afetando um órgão só (hemodiálise48, por exemplo) ou múltiplos órgãos.
  • Grau V: morte do paciente.

Quais são as causas das complicações pós-operatórias?

O fato básico é que, quando uma pessoa é submetida a uma cirurgia, alguém cortará sua pele49 e mexerá em suas entranhas. O corpo reagirá a isso, assim como faz quando acidentalmente a pessoa se corta ou se traumatiza.

As causas das complicações pós-cirúrgicas são de diversas naturezas. Entre outras, contam-se a idade e estado físico do paciente, comorbidades50 que tenha, tipo de cirurgia, estado de esterilização e adequação do material cirúrgico, erros técnicos e imperícia51 do cirurgião.

Muitas vezes, uma ou algumas complicações podem ocorrer mesmo quando todas as condições estão dentro do ideal, e se devem, portanto, a um fator pessoal.

As seguintes condições podem aumentar o risco de complicações durante a cirurgia:

Leia mais sobre "Hemorragias60", "Risco cirúrgico", "Choque11 hemorrágico61" e "Anafilaxia62".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Johns Hopkins Medicine, da Stanford Health Care e da U.S. National Library of Medicine.

ABCMED, 2022. Complicações pós-operatórias comuns. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1408850/complicacoes-pos-operatorias-comuns.htm>. Acesso em: 11 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
2 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
3 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
4 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
5 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
6 Garganta: Tubo fibromuscular em forma de funil, que leva os alimentos ao ESÔFAGO e o ar à LARINGE e PULMÕES. Situa-se posteriormente à CAVIDADE NASAL, à CAVIDADE ORAL e à LARINGE, extendendo-se da BASE DO CRÂNIO à borda inferior da CARTILAGEM CRICÓIDE (anteriormente) e à borda inferior da vértebra C6 (posteriormente). É dividida em NASOFARINGE, OROFARINGE e HIPOFARINGE (laringofaringe).
7 Traqueia: Conduto músculo-membranoso com cerca de 22 centímetros no homem e de 18 centímetros na mulher. Da traqueia distingue-se uma parte que faz continuação direta à laringe (porção cervical) e uma parte que está situada no tórax (porção torácica). Possui anéis cartilaginosos em número variável de 12 a 16, unidos entre si por tecido fibroso. Destina-se à passagem do ar. A traqueia é revestida com epitélio ciliar que auxilia a filtração do ar inalado.
8 Inchaço: Inchação, edema.
9 Incisão: 1. Corte ou golpe com instrumento cortante; talho. 2. Em cirurgia, intervenção cirúrgica em um tecido efetuada com instrumento cortante (bisturi ou bisturi elétrico); incisura.
10 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
11 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
12 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
13 Trombose Venosa Profunda: Caracteriza-se pela formação de coágulos no interior das veias profundas da perna. O que mais chama a atenção é o edema (inchaço) e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha. Uma de suas principais conseqüências a curto prazo é a embolia pulmonar, que pode deixar seqüelas ou mesmo levar à morte. Fatores individuais de risco são: varizes de membros inferiores, idade maior que 40 anos, obesidade, trombose prévia, uso de anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal, entre outras.
14 Embolia: Impactação de uma substância sólida (trombo, colesterol, vegetação, inóculo bacteriano), líquida ou gasosa (embolia gasosa) em uma região do circuito arterial com a conseqüente obstrução do fluxo e isquemia.
15 Retenção urinária: É um problema de esvaziamento da bexiga causado por diferentes condições. Normalmente, o ato miccional pode ser iniciado voluntariamente e a bexiga se esvazia por completo. Retenção urinária é a retenção anormal de urina na bexiga.
16 Choque hipovolêmico: Choque é um distúrbio caracterizado pelo insuficiente suprimento de sangue para os tecidos e células do corpo. O choque hipovolêmico tem como causa principal a perda de sangue, plasma ou líquidos extracelulares. É o tipo mais comum de choque e deve-se a uma redução absoluta e geralmente súbita do volume sanguíneo circulante em relação à capacidade do sistema vascular.
17 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
18 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
19 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
20 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
21 Plasma Sanguíneo: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
22 Transfusão: Introdução na corrente sangüínea de sangue ou algum de seus componentes. Podem ser transfundidos separadamente glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, fatores de coagulação, etc.
23 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
24 Coágulo: 1. Em fisiologia, é uma massa semissólida de sangue ou de linfa. 2. Substância ou produto que promove a coagulação do leite.
25 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
26 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
27 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
28 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
29 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
30 Sanguinolenta: 1. Em que há grande derramamento de sangue; sangrenta. 2. Tinto ou misturado com sangue. 3. Que se compraz em ver ou derramar sangue; sanguinária.
31 Sudorese: Suor excessivo
32 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
33 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
34 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
35 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
36 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
37 Uretra: É um órgão túbulo-muscular que serve para eliminação da urina.
38 Alergia: Reação inflamatória anormal, perante substâncias (alérgenos) que habitualmente não deveriam produzi-la. Entre estas substâncias encontram-se poeiras ambientais, medicamentos, alimentos etc.
39 Reação alérgica: Sensibilidade a uma substância específica, chamada de alérgeno, com a qual se entra em contato por meio da pele, pulmões, deglutição ou injeções.
40 Antipirético: Medicamento que reduz a febre, diminuindo a temperatura corporal que está acima do normal. Entretanto, ele não vai afetar a temperatura normal do corpo se uma pessoa que não tiver febre o ingerir. Os antipiréticos fazem com que o hipotálamo “ignore“ um aumento de temperatura induzido por interleucina. O corpo então irá trabalhar para baixar a temperatura e o resultado é a redução da febre.
41 Analgésico: Medicamento usado para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
42 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
43 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
44 Fisioterapia: Especialidade paramédica que emprega agentes físicos (água doce ou salgada, sol, calor, eletricidade, etc.), massagens e exercícios no tratamento de doenças.
45 Isquemia: Insuficiência absoluta ou relativa de aporte sanguíneo a um ou vários tecidos. Suas manifestações dependem do tecido comprometido, sendo a mais frequente a isquemia cardíaca, capaz de produzir infartos, isquemia cerebral, produtora de acidentes vasculares cerebrais, etc.
46 Afecção: Qualquer alteração patológica do corpo. Em psicologia, estado de morbidez, de anormalidade psíquica.
47 Terapia intensiva: Tratamento para diabetes no qual os níveis de glicose são mantidos o mais próximo do normal possível através de injeções freqüentes ou uso de bomba de insulina, planejamento das refeições, ajuste em medicamentos hipoglicemiantes e exercícios baseados nos resultados de testes de glicose além de contatos freqüentes entre o diabético e o profissional de saúde.
48 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
49 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
50 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
51 Imperícia: Falta de perícia (de competência, de experiência, de habilidade). É a falta de habilidade ou experiência reputada necessária para a realização de certas atividades e cuja ausência, por parte do agente, o faz responsável pelos danos ou ilícitos penais advenientes.
52 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
53 Hemorrágicos: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
54 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
55 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
56 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
57 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
58 Apnéia obstrutiva do sono: Pausas na respiração durante o sono.
59 Ilícitas: 1. Condenadas pela lei e/ou pela moral; proibidas, ilegais. 2. Qualidade das que não são legais ou moralmente aceitáveis; ilicitude.
60 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
61 Hemorrágico: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
62 Anafilaxia: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
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