O que é retenção urinária e como evolui?
O que é retenção urinária1?
Retenção urinária1 é a incapacidade total ou parcial de esvaziar a bexiga2 com o esforço urinário fisiológico3 e pode acontecer porque o paciente não consegue começar a urinar ou mesmo se começa, não consegue esvaziar completamente a bexiga2. Ela pode ser aguda ou crônica. Na retenção aguda a pessoa não consegue urinar, mesmo estando com a bexiga2 cheia; na retenção crônica as pessoas podem ser capazes de urinar, mas têm problemas para esvaziar completamente a bexiga2. Isso resulta em resíduo de urina4 na bexiga2, em decorrência da incapacidade de eliminar a urina4, o que favorece em muito as infecções5 urinárias e a formação de cálculos.
Quais são as causas da retenção urinária1?
A retenção urinária1 pode acontecer em virtude de causas obstrutivas ou não obstrutivas. Se houver uma obstrução como, por exemplo, a causada por pedras nos rins6, a urina4 não consegue fluir livremente através do trato urinário7. As causas não obstrutivas da retenção urinária1 incluem enfraquecimento dos músculos8 da bexiga2 e/ou problemas na sua inervação. Se os nervos não estiverem funcionando adequadamente, o cérebro9 não consegue receber a mensagem de que a bexiga2 está cheia e não comanda, por isso, a vontade de urinar.
Então, a retenção urinária1 pode ser causada por obstrução do trato urinário7 ou por problemas nervosos que interferem nos sinais10 entre o cérebro9 e a bexiga2 e pode ser causada por doenças nos nervos ou lesões11 na medula espinhal12, aumento da próstata13, infecções5, cirurgias pélvicas14, medicações, pedra na bexiga2, cistocele15 (a bexiga2 tomba para dentro da vagina16), retocele (o reto17 tomba para dentro da vagina16), constipação18, estenose19 uretral20 (estreitamento da uretra21), etc. Existe também uma retenção urinária crônica22 idiopática23. Este tipo de retenção urinária1, mais comum em mulheres, se deve a uma atividade excessiva do esfíncter24 externo da uretra21, que inibe a contração da bexiga2.
Quais são os principais sinais10 e sintomas25 da retenção urinária1?
Os sinais10 e sintomas25 mais comuns da retenção urinária1 são dificuldade em começar a urinar e em esvaziar a bexiga2 totalmente, fluxo de urina4 fraco, gotejamento ao final da micção26, perda involuntária27 de pequenas quantidades de urina4, incapacidade de sentir quando a bexiga2 está cheia, aumento da pressão abdominal, ausência de vontade de urinar, esforço para forçar a saída da urina4 da bexiga2, micção26 frequente e acordar mais de duas vezes à noite para urinar. Muito frequentemente a retenção urinária1 pode ser secundária a doenças ou condições como acidente vascular cerebral28, parto vaginal, lesão29 ou trauma pélvico30, medicações ou anestesias, lesões11 no cérebro9 ou na medula31, cateterismo32 vesical33 intermitente34 ou, em homens, à hiperplasia35 prostática benigna (aumento de volume da próstata13). Na retenção urinária aguda36 ocorre uma dilatação muito dolorosa da bexiga2. Na retenção crônica, ocorrem tanto sintomas25 obstrutivos quanto irritativos.
Como o médico diagnostica a retenção urinária1?
A primeira suspeita do diagnóstico37 de retenção urinária1 deve vir de uma história clínica bem feita. Para comprovar a retenção urinária1 bem como para determinar suas causas o médico pode solicitar exames de imagens e de sangue38.
Como o médico trata a retenção urinária1?
O tratamento da retenção urinária1 depende de sua causa. Sintomaticamente, é feito com a introdução de uma sonda uretral20 para alívio rápido e momentâneo do acúmulo de urina4. Em alguns casos impõe-se a utilização de medicações, como nas infecções5, por exemplo, e, em outros, de outros meios mecânicos ou cirúrgicos. A retenção urinária crônica22 idiopática23 é tratada inicialmente pela passagem intermitente34 de uma sonda, quatro a seis vezes ao dia. Posteriormente pode instalar-se um “marcapasso” na bexiga2 que faz com que ocorram as contrações dos músculos8 da parede da bexiga2 e o relaxamento do esfíncter24 urinário, cujo sinergismo é imprescindível para que a micção26 ocorra de maneira normal.
Como evolui a retenção urinária1?
As consequências da retenção urinária1 é que a bexiga2 retém certa quantidade de urina4. Esta concentração favorece o desenvolvimento de infecções5 urinárias e a formação de cálculos renais. Além disso, ocorrem frequentes e incômodos transtornos urinários. Assim, a retenção urinária1 afeta negativamente a qualidade de vida do paciente por estar associada à dor forte e por causar problemas no funcionamento dos rins6. Se a causa puder ser retirada, a retenção urinária1 pode ser reversível, de uma forma plena ou, às vezes, deixando sequelas39.
Quais são as complicações possíveis da retenção urinária1?
A complicação mais grave da retenção urinária1 é a danificação da estrutura renal40. O acúmulo de urina4 favorece ainda as infecções5 urinárias e a formação de cálculos.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.