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Aspergilose: o que saber sobre essa infecção fúngica complexa

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O que é a aspergilose?

A aspergilose é uma infecção1 ou reação de hipersensibilidade causada pela inalação de esporos2 do fungo3 Aspergillus, um gênero de fungos filamentosos amplamente distribuído no meio ambiente. Esses fungos são comumente encontrados no solo, em matéria orgânica em decomposição, em poeira e em ambientes com alta umidade, como áreas com mofo.

A doença pode se manifestar de diferentes formas, dependendo do equilíbrio entre a virulência4 do fungo3 e a resposta imunológica do hospedeiro. As principais apresentações clínicas incluem:

  1. Aspergilose broncopulmonar alérgica
  2. Aspergilose invasiva
  3. Aspergiloma (ou bola fúngica5)
  4. Aspergilose pulmonar crônica

Cada forma apresenta características clínicas distintas e afeta diferentes grupos de pacientes, desde indivíduos saudáveis até imunossuprimidos.

Quais são as causas da aspergilose?

A aspergilose é causada principalmente por espécies do gênero Aspergillus, sendo o Aspergillus fumigatus o agente etiológico6 mais comum, seguido por A. flavus, A. niger e A. terreus.

Esses fungos são ubíquos, e seus esporos2 (leves e facilmente transportados pelo ar) são inalados diariamente por praticamente todas as pessoas. No entanto, a infecção1 ocorre predominantemente em indivíduos com fatores de risco, como:

A exposição a ambientes com alta concentração de esporos2, como obras, demolições ou áreas agrícolas, também aumenta o risco.

Saiba mais sobre "Tinea cruris", "Candidíase13" e "Pitiríase versicolor".

Qual é o substrato fisiopatológico da aspergilose?

A fisiopatologia14 da aspergilose varia conforme a forma clínica.

  • Na aspergilose broncopulmonar alérgica, a inalação de esporos2 desencadeia uma resposta imune de hipersensibilidade tipos I e III, caracterizada por inflamação15 eosinofílica intensa e obstrução brônquica por muco espesso, geralmente em pacientes asmáticos ou com fibrose cística10.
  • Na aspergilose invasiva, comum em pacientes imunossuprimidos, o fungo3 invade tecidos (principalmente pulmões16 e seios paranasais17) devido à incapacidade do sistema imune18 de conter seu crescimento. A invasão vascular19 leva a necrose20 hemorrágica21, infartos teciduais e disseminação hematogênica22.
  • O aspergiloma forma-se em cavidades pulmonares preexistentes, nas quais os esporos2 se aglutinam e formam uma massa fúngica5 sem invadir o tecido23 adjacente.
  • Já a aspergilose pulmonar crônica é caracterizada por infecção1 persistente e destruição tecidual progressiva em pacientes com reserva pulmonar limitada.

Quais são as características clínicas da aspergilose?

As manifestações clínicas dependem da forma da doença e do estado imunológico do paciente.

  • Na aspergilose broncopulmonar alérgica, os sintomas24 incluem sibilos, tosse persistente, expectoração25 de tampões mucosos acastanhados, febre26 e dispneia27, sintomas24 frequentemente confundidos com exacerbações de asma28.
  • A aspergilose invasiva costuma se apresentar com febre26 persistente, tosse, dor torácica pleurítica, hemoptise29 e sintomas24 sistêmicos30, como perda de peso e fadiga31. Em casos graves, pode haver acometimento do sistema nervoso central32, rins33, pele34 e coração35.
  • O aspergiloma é muitas vezes assintomático, sendo descoberto incidentalmente em exames de imagem; quando sintomático36, manifesta-se por tosse e hemoptise29, que pode ser grave.
  • A aspergilose pulmonar crônica apresenta curso insidioso, com tosse produtiva, perda de peso e fadiga31, evoluindo lentamente.

Como o médico diagnostica a aspergilose?

O diagnóstico37 da aspergilose é desafiador e requer correlação entre dados clínicos, radiológicos e laboratoriais.

A suspeita baseia-se na história clínica e nos fatores de risco. A tomografia computadorizada38 de tórax39 pode mostrar sinais40 típicos, como o “sinal do halo” na aspergilose invasiva ou uma massa intracavitária móvel com nível aéreo no aspergiloma.

Entre os exames laboratoriais, destacam-se a detecção de antígenos41 fúngicos42 (galactomanana e β-D-glucano) no soro43 ou lavado broncoalveolar44, especialmente úteis na aspergilose invasiva. A cultura e a biópsia45 podem confirmar o diagnóstico37, embora a presença de Aspergillus nas vias aéreas nem sempre signifique infecção1 ativa.

Na forma alérgica, observa-se elevação de IgE total e específica, eosinofilia46 periférica e precipitação de anticorpos47 IgG contra Aspergillus. Em casos complexos, pode ser necessária biópsia45 pulmonar com exame histopatológico, evidenciando hifas48 septadas com ramificação dicotômica.

Como o médico trata a aspergilose?

O tratamento varia de acordo com a forma clínica.

  • Na aspergilose broncopulmonar alérgica, utilizam-se corticosteroides orais ou inalatórios para controlar a inflamação15, frequentemente associados a antifúngicos como itraconazol para reduzir a carga antigênica.
  • A aspergilose invasiva requer antifúngicos sistêmicos30 de alta potência, sendo o voriconazol o tratamento de primeira linha, seguido por anfotericina B lipossomal ou isavuconazol em casos refratários49 ou intolerância.
  • O aspergiloma assintomático pode ser apenas observado, mas episódios de hemoptise29 grave exigem embolização50 arterial ou ressecção cirúrgica.
  • Na aspergilose pulmonar crônica, o tratamento antifúngico prolongado (por exemplo, itraconazol ou voriconazol por vários meses) é associado ao manejo das doenças pulmonares subjacentes.

Sempre que possível, deve-se otimizar a função imune, reduzindo imunossupressores ou controlando comorbidades51.

Veja também sobre "Dermatite seborreica52", "Tinea capitis53 ou cabelos com falhas" e "Geotricose".

Como evolui a aspergilose?

A evolução também depende da forma clínica, além do estado imunológico e da precocidade do diagnóstico37.

  • A aspergilose broncopulmonar alérgica pode ser controlada com terapia adequada, mas recorrências54 podem causar bronquiectasias irreversíveis.
  • A aspergilose invasiva tem prognóstico55 reservado, com mortalidade56 superior a 50% em pacientes imunossuprimidos, especialmente em casos disseminados.
  • O aspergiloma pode permanecer estável por anos, mas há risco de hemoptise29 maciça.
  • A aspergilose pulmonar crônica tende a evoluir lentamente, podendo causar destruição progressiva do parênquima57 pulmonar e insuficiência respiratória58 se não tratada.

Como prevenir a aspergilose?

A prevenção é difícil devido à ubiquidade do fungo3. Em pacientes de alto risco, recomenda-se evitar ambientes com mofo ou poeira, usar máscaras de alta filtragem (como N95) em locais de risco e manter sistemas hospitalares de ar com filtros HEPA.

A profilaxia antifúngica com itraconazol, voriconazol ou posaconazol pode ser indicada em transplantados ou imunossuprimidos graves. O controle rigoroso de doenças pulmonares crônicas e o uso racional de corticosteroides também reduzem significativamente o risco de infecção1.

Quais são as complicações possíveis da aspergilose?

As complicações variam conforme a forma da doença.

Na forma alérgica, a inflamação15 crônica pode levar a bronquiectasias e fibrose59 pulmonar. A aspergilose invasiva pode evoluir com disseminação hematogênica22, originando abscessos60 cerebrais, endocardite61, endoftalmite e envolvimento renal62. O aspergiloma pode causar hemoptise29 maciça e potencialmente fatal, e a forma crônica pode progredir para insuficiência respiratória58 avançada.

Além disso, o uso prolongado de antifúngicos pode ocasionar toxicidade63 hepática64, renal62 ou interações medicamentosas significativas, especialmente com anfotericina B ou azólicos.

Leia sobre "Micose65 de unha", "Frieira ou Pé de atleta" e "Como evitar as micoses".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do Ministério da Saúde e da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro.

ABCMED, 2025. Aspergilose: o que saber sobre essa infecção fúngica complexa. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1496570/aspergilose-o-que-saber-sobre-essa-infeccao-fungica-complexa.htm>. Acesso em: 24 out. 2025.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Esporos: Estruturas unicelulares e uninucleares, resistentes ao calor e à dessecação, capazes de germinar em determinadas condições e reproduzirem assexuadamente o indivíduo que as originou.
3 Fungo: Microorganismo muito simples de distribuição universal que pode colonizar uma superfície corporal e, em certas ocasiões, produzir doenças no ser humano. Como exemplos de fungos temos a Candida albicans, que pode produzir infecções superficiais e profundas, os fungos do grupo dos dermatófitos que causam lesões de pele e unhas, o Aspergillus flavus, que coloniza em alimentos como o amendoim e secreta uma toxina cancerígena, entre outros.
4 Virulência: 1. Qualidade ou estado do que é ou está virulento. 2. Capacidade de um vírus ou bactéria de se multiplicar dentro de um organismo, provocando doença. 3. No sentido figurado, caráter daquilo ou daquele que está carregado de violência ou de ímpeto violento.
5 Fúngica: Relativa à ou produzida por fungo.
6 Etiológico: Relativo à etiologia; que investiga a causa e origem de algo.
7 Imunossupressão: Supressão das reações imunitárias do organismo, induzida por medicamentos (corticosteroides, ciclosporina A, etc.) ou agentes imunoterápicos (anticorpos monoclonais, por exemplo); que é utilizada em alergias, doenças autoimunes, etc. A imunossupressão é impropriamente tomada por alguns como sinônimo de imunodepressão.
8 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
9 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
10 Fibrose cística: Doença genética autossômica recessiva que promove alteração de glândulas exócrinas do organismo. Caracterizada por infecções crônicas das vias aéreas, que leva ao desenvolvimento de bronquiectasias, insuficiência pancreática exócrina, disfunções intestinais, anormalidades das glândulas sudoríparas e disfunção genitourinária.
11 Tuberculose: Doença infecciosa crônica produzida pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis). Produz doença pulmonar, podendo disseminar-se para qualquer outro órgão. Os sintomas de tuberculose pulmonar consistem em febre, tosse, expectoração, hemoptise, acompanhada de perda de peso e queda do estado geral. Em países em desenvolvimento (como o Brasil) aconselha-se a vacinação com uma cepa atenuada desta bactéria (vacina BCG).
12 Sarcoidose: Sarcoidose ou Doença de Besnier-Boeck é caracterizada pelo aparecimento de pequenos nódulos inflamatórios (granulomas) em vários órgãos. A doença pode afetar qualquer orgão do corpo, mas os mais atingidos são os pulmões , os gânglios linfáticos (ínguas ), o fígado, o baço e a pele.
13 Candidíase: É o nome da infecção produzida pela Candida albicans, um fungo que produz doença em mucosas, na pele ou em órgãos profundos (candidíase sistêmica).As infecções profundas podem ser mais freqüentes em pessoas com deficiência no sistema imunológico (pacientes com câncer, SIDA, etc.).
14 Fisiopatologia: Estudo do conjunto de alterações fisiológicas que acontecem no organismo e estão associadas a uma doença.
15 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
16 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
17 Seios paranasais: Seios paranasais são cavidades preenchidas de ar localizadas no interior dos ossos do crânio e da face, que se comunicam com a cavidade nasal.
18 Sistema imune: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
19 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
20 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
21 Hemorrágica: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
22 Hematogênica: Que se origina no sangue e se espalha pela corrente sanguínea.
23 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
24 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
25 Expectoração: Ato ou efeito de expectorar. Em patologia, é a expulsão, por meio da tosse, de secreções provenientes da traqueia, brônquios e pulmões; escarro.
26 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
27 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
28 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
29 Hemoptise: Eliminação de sangue vivo, vermelho rutilante, procedente das vias aéreas juntamente com a tosse. Pode ser manifestação de um tumor de pulmão, bronquite necrotizante ou tuberculose pulmonar.
30 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
31 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
32 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
33 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
34 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
35 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
36 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
37 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
38 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
39 Tórax: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original Sinônimos: Peito; Caixa Torácica
40 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
41 Antígenos: 1. Partículas ou moléculas capazes de deflagrar a produção de anticorpo específico. 2. Substâncias que, introduzidas no organismo, provocam a formação de anticorpo.
42 Fúngicos: Relativos à ou produzidos por fungo.
43 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
44 Lavado broncoalveolar: O lavado broncoalveolar é um procedimento com objetivos diagnósticos e terapêuticos, utilizado para se obter amostras das vias aéreas menores, as quais não se podem observar através de um broncoscópio. Depois de ajustar o broncoscópio dentro da via respiratória inferior, o médico instila solução salina através desse instrumento. A seguir, aspira-se o líquido e com ele as células e algumas bactérias para o interior do broncoscópio. O exame dessas substâncias ao microscópio contribui para diagnosticar alguns tumores e infecções.
45 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
46 Eosinofilia: Propriedade de se corar facilmente pela eosina. Em patologia, é o aumento anormal de eosinófilos no sangue, característico de alergias e infestações por parasitas. Em patologia, é o acúmulo de eosinófilos em um tecido ou exsudato.
47 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
48 Hifas: Unidade estrutural vegetativa da maioria dos fungos, que possui aparência filamentosa, podendo ser ou não dividida por septos transversais.
49 Refratários: 1. Que resiste à ação física ou química. 2. Que resiste às leis ou a princípios de autoridade. 3. No sentido figurado, que não se ressente de ataques ou ações exteriores; insensível, indiferente, resistente. 4. Imune a certas doenças.
50 Embolização: Técnica que consiste em injetar, em uma artéria, material capaz de obstrui-la completamente.
51 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
52 Dermatite seborreica: Caracterizada por descamação da pele e do couro cabeludo. A forma que acomete couro cabeludo é a mais comum e conhecida popularmente por caspa. É uma doença inflamatória, não contagiosa, possui caráter crônico e recorrente. O fungo Pityrosporum ovale pode ser considerado um possível causador da dermatite seborreica. As manifestações clínicas mais comuns são descamação, vermelhidão e aspereza local. As escamas podem ser secas ou gordurosas, finas ou espessas, geralmente acinzentadas ou amareladas, quase sempre aderentes, podendo ser acompanhadas ou não de coceira.
53 Tinea capitis: Também conhecida como tinha da cabeça, Tinea tonsurans ou Querión de Celso é uma infecção fúngica cutânea dos cabelos e dos pelos da cabeça causada pelos fungos dermatófitos Trichophyton, Microsporum ou Favus. Ela é mais frequente em crianças, principalmente nos meninos entre 3 e 7 anos de idaide.
54 Recorrências: 1. Retornos, repetições. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
55 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
56 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
57 Parênquima: 1. Célula específica de uma glândula ou de um órgão, contida no tecido conjuntivo. 2. Na anatomia botânica, é o tecido vegetal fundamental, que constitui a maior parte da massa dos vegetais, formado por células poliédricas, quase isodiamétricas e com paredes não lignificadas, a partir das quais os outros tecidos se desenvolvem. 3. Na anatomia zoológica, é a substância celular mole que preenche o espaço entre os órgãos.
58 Insuficiência respiratória: Condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro dos limites da normalidade, para determinada demanda metabólica. Como a definição está relacionada à incapacidade do sistema respiratório em manter níveis adequados de oxigenação e gás carbônico, foram estabelecidos, para sua caracterização, pontos de corte na gasometria arterial: PaO2 50 mmHg.
59 Fibrose: 1. Aumento das fibras de um tecido. 2. Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte de um processo de cicatrização ou de degenerescência fibroide.
60 Abscessos: Acumulação de pus em uma cavidade formada acidentalmente nos tecidos orgânicos, ou mesmo em órgão cavitário, em consequência de inflamação seguida de infecção.
61 Endocardite: Inflamação aguda ou crônica do endocárdio. Ela pode estar preferencialmente localizada nas válvulas cardíacas (endocardite valvular) ou nas paredes cardíacas (endocardite parietal). Pode ter causa infecciosa ou não infecciosa.
62 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
63 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
64 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
65 Micose: Infecção produzida por fungos. Pode ser superficial, quando afeta apenas pele, mucosas e seus anexos, ou profunda, quando acomete órgãos profundos como pulmões, intestinos, etc.

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