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O que é a AIDS?

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O que é a AIDS?

AIDS é a sigla da expressão em inglês Acquired Immunodeficiency Syndrome (SIDA, em português - Síndrome1 da Imunodeficiência2 Adquirida). Esta síndrome1 caracteriza-se pelo aparecimento de sinais3 e sintomas4 de outras doenças, as quais ocorrem devido ao enfraquecimento do sistema de defesa do organismo pelo vírus5 da AIDS. O sistema imunológico6 é invadido e atacado pelo vírus5 HIV7 (Human Immunodeficiency Virus5 ou Vírus5 da Imunodeficiência2 Humana), deixando o paciente vulnerável a diversas doenças oportunistas, que representam a principal causa de morte nos pacientes com AIDS.

A AIDS foi detectada em 1981 e o vírus5 HIV7 foi reconhecido como seu agente causal por cientistas americanos e franceses em 1984. Acredita-se que a doença tenha surgido na África, a partir da mutação8 do vírus5 existente no macaco Cercopithecus aethiops.

Como se contrai o vírus5 HIV7?

O vírus5 HIV7 é transmitido de pessoa a pessoa por:

  • Contato sexual sem camisinha.
  • Uso de agulhas e seringas contaminadas.
  • Transfusão9 de sangue10 infectado.
  • Contato de ferimentos com sangue10 ou material contaminado com o vírus5.
  • De mãe para filho: na gestação, no parto e na amamentação11.

A AIDS não é transmitida pelo ar, pelo beijo, por um abraço ou aperto de mão12, ou pelo uso do mesmo garfo, faca ou colher.

Quais as consequências da AIDS?

A presença do vírus5 HIV7 no corpo enfraquece as defesas do organismo, possibilitando a ocorrência de infecções13 que normalmente não ocorreriam com um sistema imunológico6 normal. As infecções13 principais se dão nos pulmões14 ou no trato gastrointestinal, mas podem também ocorrer em outros sistemas orgânicos.

Quais os sintomas4 da AIDS?

Os sintomas4 da AIDS são os mesmos de outras doenças, o que torna o diagnóstico15 mais difícil. No entanto, dada a importância da doença, um teste de laboratório deve ser solicitado ante a menor suspeita. O portador do vírus5 da AIDS (soropositivo) pode ficar até 10 anos sem desenvolver a doença, mas sendo portador já pode transmitir o vírus5 a outras pessoas.

Quando começam a surgir os primeiros sintomas4 eles geralmente são: febre16, cansaço, dores musculares, proliferação de fungos, dores de cabeça17, manchas no corpo, diarreia18 e fraqueza. Além disso, podem aparecer doenças oportunistas causadas por fungos, bactérias, vírus5 e protozoários19, as quais podem levar o soropositivo à morte. A mais comum delas é uma forma específica da pneumonia20 causada pelo Pneumocystis carinii. O vírus5 aumenta também a possibilidade de alguns tipos de câncer21, como o sarcoma22 de Karposi, por exemplo. Pode acontecer de algumas pessoas não apresentem sintomas4 embora sejam transmissoras do vírus5.

Ter AIDS ou ser portador do vírus5. Qual a diferença?

Quando uma pessoa é comprovadamente contaminada pelo HIV7, ela é portadora do vírus5. Isto significa que ela tem o vírus5, pode transmitir a doença a outras pessoas, mas pode viver anos sendo portadora sem apresentar doença oportunista relacionada ou definidora de AIDS.

A AIDS se manifesta após algum tempo da contaminação pelo HIV7 (este tempo depende da resposta do organismo de cada pessoa ao vírus5). Quando a resistência do organismo começa a ficar debilitada pelo vírus5 e surgem as chamadas doenças oportunistas, podemos dizer que a pessoa tem AIDS. Estas doenças são chamadas oportunistas, pois se aproveitam da destruição das células23 de defesa do organismo pelo vírus5 HIV7 para se instalarem.

Como a AIDS evolui?

O indivíduo contaminado pode permanecer assintomático por longo tempo (às vezes por anos) e embora nada sinta já é transmissor.

Como se reconhece o vírus5 HIV7 no organismo?

No Brasil, para o diagnóstico15 laboratorial da infecção24 pelo HIV7 devem ser utilizados testes registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Anticorpos25 específicos contra o HIV7 começam a ser produzidos após o contágio26. No entanto, o tempo exato para o seu aparecimento depende de fatores relacionados ao hospedeiro e ao agente viral. Esses anticorpos25 podem estar presentes em níveis baixos durante a infecção24 recente, mas não no limite de detecção por alguns testes laboratoriais. Existe um período conhecido como janela imunológica, que é o período total para a detecção de anticorpos25 anti-HIV7 nesses testes.

Os anticorpos25 anti-HIV7 são detectados mais precocemente nos testes ELISA do que nos testes Western Blot.

O Ministério da Saúde27 recomenda que o teste anti-HIV7 seja realizado 60 dias após uma possível infecção24. O diagnóstico15 precoce é fundamental para aumentar a sobrevida28 do portador do vírus5 HIV7.

Como é feito o tratamento da AIDS?

O desenvolvimento de tratamentos cada vez mais eficazes tem possibilitado aos portadores do HIV7 terem uma sobrevida28 e uma qualidade de vida cada vez melhores. Um clínico geral ou um infectologista são os médicos mais indicados para avaliar o tratamento necessário em cada caso.

As doenças oportunistas devem ser combatidas pelos meios conhecidos da medicina.

Existem diversos medicamentos utilizados no controle da AIDS, como a zidovudina (AZT), a didanosina (DDI), o abacavir (ABC) e a lamivudina (3TC), por exemplo, que são inibidores de protease.

A AIDS ainda não tem cura. A decifração do genoma humano possivelmente permitirá novas possibilidades de tratamento e talvez a cura no futuro. Por enquanto, a melhor forma de combate à doença ainda é a prevenção.

ABCMED, 2011. O que é a AIDS?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/233855/o-que-e-a-aids.htm>. Acesso em: 25 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
2 Imunodeficiência: Distúrbio do sistema imunológico que se caracteriza por um defeito congênito ou adquirido em um ou vários mecanismos que interferem na defesa normal de um indivíduo perante infecções ou doenças tumorais.
3 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
4 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
5 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
6 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
7 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
8 Mutação: 1. Ato ou efeito de mudar ou mudar-se. Alteração, modificação, inconstância. Tendência, facilidade para mudar de ideia, atitude etc. 2. Em genética, é uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
9 Transfusão: Introdução na corrente sangüínea de sangue ou algum de seus componentes. Podem ser transfundidos separadamente glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, fatores de coagulação, etc.
10 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
11 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
12 Mão: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
13 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
14 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
15 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
16 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
17 Cabeça:
18 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
19 Protozoários: Filo do reino animal, de classificação suplantada, que reunia uma grande parcela dos seres unicelulares que possuem organelas celulares envolvidas por membrana. Atualmente, este grupo consiste em muitos e diferentes filos unicelulares incorporados pelo reino protista.
20 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
21 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
22 Sarcoma: Neoplasia maligna originada de células do tecido conjuntivo. Podem aparecer no tecido adiposo (lipossarcoma), muscular (miossarcoma), ósseo (osteosarcoma), etc.
23 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
24 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
25 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
26 Contágio: 1. Em infectologia, é a transmissão de doença de uma pessoa a outra, por contato direto ou indireto. 2. Na história da medicina, aplica-se a qualquer doença contagiosa. 3. No sentido figurado, é a transmissão de características negativas, de vícios, etc. ou então a reprodução involuntária de reação alheia.
27 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
28 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
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Comentários

15/09/2011 - Comentário feito por ISRAEL
Re: O que é a AIDS?
A AIDS, é uma doença que além de causar baixa imunidade, ela também causa outros diversos problemas, sito o que aconteceu comigo, ENCEFALITE POR HIV, ele destriu grande parte do meu cérebro, me causando atrofia cereral, com SÍNDROME DEMENCIAL, isto é perda de memória (principalmente de fixação)e dificuldades de raciocínio. Além dos mais diversos tipos de neoplasias (cânceres), falência, renal.
Os anti-retrovirais (coquetel anti-aids), também causas várias reações adversas, como neuropatias periféricas (dores nas pernas), mialgias (dores musculares) e artralgias (dores nas articulações). Não se sabe ao certo se são em consequências dos medicamentos ou da própria doença, ou de ambos.

14/09/2011 - Comentário feito por Fernanda
Re: O que é a AIDS?
Achei bem esclarecedora a matéria sobre Aids, mas acho que as pessoas não dão tanta importância para uma doença tão séria. Chegam até ser preconceituosas. Acham que nunca irão acontecer com elas e é nessa que nos enganamos. Se deixam levar por aparência, as mulheres por um braço forte, abdômen sarado, já os homens uma mulher com o bumbum grande, sarada, cheirosa, enfim, mas todos nós estamos propícios a ter. Aids não tem cara e as pessoas não andam com letreiros. Meu atual parceiro teve uma vida sexual muito ativa, com isso, minha atenção é redobrada, me cuido e muito. Muita gente acha que é prova de amor ter relação sexual sem proteção, prova de amor é se amar, respeitar seu corpo, se cuidar. Já ouvi que ter relação com proteção é como chupar uma bala com papel, mas prefiro ter essa sensação do que ter que pagar com minha própria saúde o resto da minha vida. Desde nova sempre tive muito medo, por isso, me previno. Pode ser pelo fato de ter uma irmã que trabalha na área da saúde e vê essa realidade de perto, por isso, fica o alerta se cuidem. Sexo é muito bom, mas cuide-se. Faça a sua parte!!

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