Fungos: como são? Eles podem causar doenças? Como evitá-las?
Generalidades sobre os fungos
Os fungos são organismos eucariotas (constituídos por células1 dotadas de núcleo), microscópicos2 ou não, que não se reúnem para formar tecidos verdadeiros. Incluem as leveduras, os bolores e os mofos, bem como os cogumelos. Constituem um reino de seres separados das plantas, animais e bactérias. As paredes celulares dos fungos contêm quitina, ao invés da celulose das células1 vegetais. Tampouco têm clorofila e por isso não produzem seu próprio alimento, sendo obrigados a absorvê-lo do ambiente. Os fungos se nutrem de matéria orgânica viva ou morta que digerem através de exoenzimas que secretam. Estudos genéticos mostram que eles estão biologicamente mais próximos dos animais do que das plantas. Grande parte dos fungos é simbionte ou parasita3 de plantas, insetos, animais ou outros fungos. Os fungos podem se tornar visíveis quando formam cogumelos ou bolores. Desempenham um papel essencial na decomposição da matéria orgânica, muitos têm importantes papeis sendo utilizados como alimentos, como agentes na fabricação do pão e de vários outros produtos alimentares (vinho, cerveja, molhos, etc.), como agentes biológicos no controle de pragas agrícolas, como enzimas, antibióticos, vitaminas, como drogas anticancerígenas e redutoras do colesterol4, etc. Outros são comestíveis, embora haja algumas espécies que são venenosas para os humanos, com toxicidade5 que pode ir desde problemas digestivos ligeiros até a morte. Alguns fungos aderidos a plantas têm efeitos psicotrópicos6 e alucinógenos e são utilizados em rituais religiosos. Outros são patogênicos para animais e plantas e causam grandes perdas nas colheitas, devido às doenças ou à deterioração de alimentos que causam. Diante de um fungo7 cujo efeito não se conhece, melhor evitá-lo.
Os fungos têm uma distribuição mundial muito ampla e podem desenvolver-se em ambientes extremos como desertos, áreas com elevadas concentrações de sais ou de radiações ionizantes, em sedimentos da profundeza dos mares e até mesmo no ambiente espacial.
Doenças causadas pelos fungos no homem
Os fungos podem causar infecções8 no homem, chamadas micoses, e podem também causar doenças em outros animais, nas plantas e nas bactérias.
Entre as doenças humanas, destacam-se: As frieiras, que surgem nas regiões úmidas do corpo, como as virilhas e entre os dedos dos pés e mãos9. Elas se manifestam como fissuras10, descamações ou feridas. A impingem é uma micose11 que ataca a pele12 e se caracteriza por formar lesões13 arredondadas com bordas vermelhas. As unhas14 também são suscetíveis a infecções8 por fungos. Essas micoses se apresentam como manchas brancas e podem deformar as unhas14 (onicomicoses). Existe um tipo de micose11 chamada pano branco, que forma manchas claras principalmente na região do tronco, rosto, pescoço15 e braços. A candidíase16 (micose11 causada pelo fungo7 Candida albicans) causa muita coceira e vermelhidão na área afetada. O sapinho, que comumente ocorre nas mucosas17 dos bebês18, também é causado por fungos. Os fungos podem também atacar órgãos internos dos seres humanos, como os pulmões19, por exemplo, onde causam a histoplasmose.
Como tratar as doenças causadas por fungos?
Existem várias medicações antifúngicas e antimicóticas sob diversas formas farmacêuticas de apresentação. Todas as micoses humanas quando adequadamente tratadas têm cura.
Como prevenir as doenças causadas por fungos?
- Ter bons hábitos de higiene.
- Enxugar bem o corpo após o banho, principalmente nas regiões de dobras.
- Usar roupas frescas e limpas, sobretudo nas regiões de temperaturas altas.
- Não andar descalço em locais úmidos.
- Não compartilhar instrumentos usados para fazer as unhas14 em salões de beleza.
- Evitar contato com pessoas que estejam com doenças causadas por fungos.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites U.S. National Library of Medicine - National Institutes of Health, Nature - Scientific Reports e American College of Healthcare Sciences.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.