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Disfunções sexuais

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O que são disfunções sexuais?

As disfunções sexuais são problemas comuns relacionados ao desempenho sexual ou à satisfação sexual que podem afetar homens e mulheres.

Quais são as causas das disfunções sexuais?

As disfunções sexuais podem ser causadas por uma variedade de fatores, incluindo:

  • Doenças físicas, como doenças cardíacas ou diabetes1.
  • Uso de medicamentos, como antidepressivos ou medicamentos para pressão arterial2.
  • Problemas emocionais ou psicológicos, como ansiedade ou estresse.
  • Ou mesmo por fatores ligados ao relacionamento entre os parceiros, como falta de comunicação ou problemas de confiança.
Veja sobre "Sadismo", "Masoquismo", "Agressão sexual" e "Afrodisíacos, desejo e excitabilidade sexual".

Quais são as características clínicas das disfunções sexuais?

As disfunções sexuais podem incluir:

  1. Transtorno do interesse sexual
  2. Dificuldade de obter o orgasmo (anorgasmia3)
  3. Ejaculação4 precoce, retardada ou ausente (anejaculação)
  4. Transtorno erétil (dificuldades de obter ou manter uma ereção5)
  5. Transtorno da dor gênito-pélvica6 (dispareunia e vaginismo) e ansiedade
  6. Medo em relação ao ato sexual (fobia7 sexual)
  7. Transtornos sexuais induzidos por medicamentos

Transtorno do interesse sexual

Os transtornos do interesse sexual geralmente são representados por uma ausência ou redução do interesse pela atividade sexual e ausência ou redução dos pensamentos ou fantasias eróticas. Embora a ausência ou diminuição do interesse sexual possa existir nos dois sexos, ela é mais comum nas mulheres.

Ao contrário, a hipersexualidade é a condição de ter um desejo sexual ou uma atividade sexual muito frequente ou intensa. Ela é mais comum nos homens (donjuanismo), mas também pode ocorrer nas mulheres (ninfomania).

Dificuldade de obter o orgasmo

O transtorno do orgasmo feminino é caracterizado pelo retardo, baixa frequência, intensidade muito reduzida ou completa ausência de orgasmo. Em muitos casos, as causas são multifatoriais ou não podem ser determinadas. Ele pode ser um problema em si, ser permanente ou episódico, e pode decorrer dos efeitos de uma substância ou medicamento, ou de uma condição mórbida qualquer.

Ejaculação4 precoce, retardada ou ausente

Os problemas de ejaculação4 são problemas que, obviamente, só ocorrem nos homens. A ejaculação4 precoce consiste em um padrão persistente ou recorrente de ejaculação4 que ocorre a menos de um minuto de iniciada a penetração vaginal, antes do momento desejado pelo indivíduo. Também pode ocorrer mesmo antes da penetração, durante as preliminares do sexo. Os homens com ejaculação4 precoce queixam-se de falta de controle sobre a ejaculação4. Embora o diagnóstico8 também possa ser aplicado a indivíduos envolvidos em atividades sexuais não vaginais, não há critérios específicos para o tempo de duração dessas atividades que antecedam à ejaculação4.

Na ejaculação4 retardada, o paciente apresenta demora acentuada de ejaculação4, a despeito da presença de estimulação sexual adequada e do desejo de ejacular.

A ausência de ejaculação4 é um transtorno que se caracteriza pela incapacidade de ejacular durante a relação sexual ou mesmo durante a masturbação9. Pode ser um problema temporário ou crônico10 e pode ter várias causas, tais como problemas de saúde11, uso de medicamentos, estresse ou ansiedade.

Transtorno erétil

O transtorno erétil é a impossibilidade ou dificuldade acentuada em obter ereção5 durante a atividade sexual ou uma diminuição relevante na rigidez erétil. Esse pode ser um problema primário, associado a causas emocionais ou a um desejo e satisfação sexual reduzido, ou a uma satisfação sexual diminuída da parceira, ou ser decorrente de alguma patologia12 subjacente. Muitos homens com esse problema podem apresentar um senso diminuído de masculinidade e, consequentemente, passam a ter medo e a evitar encontros sexuais.

Transtorno da dor gênito-pélvica6

Uma dor gênito-pélvica6 pode ocorrer no homem quando da penetração vaginal durante a relação sexual, ou uma dor vulvovaginal intensa pode ocorrer na mulher durante a relação sexual vaginal ou nas tentativas de penetração, em geral devido a medo ou ansiedade intensa, ou à contração acentuada dos músculos13 do assoalho pélvico14 durante tentativas de penetração vaginal. Às vezes, o desejo e o interesse são preservados em situações sexuais que não exigem penetração. É comum a essas mulheres evitar exames ginecológicos, a despeito de recomendações médicas.

Fobia7 sexual

A fobia7 sexual, também conhecida como genofobia ou erotofobia, é um tipo de fobia7 que envolve um medo intenso de atividade sexual ou situações sexuais. Esse medo pode ser tão grave que interfere na capacidade de uma pessoa de formar e manter relacionamentos e pode levar à evitação de intimidade e contato sexual. A fobia7 sexual pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo traumas passados, experiências negativas e crenças culturais ou religiosas.

Transtornos sexuais induzidos por medicamentos

A disfunção sexual também pode ser induzida pelo uso de algumas drogas ilícitas15, como a cocaína e a maconha, ou medicamentos, como os psicotrópicos16, remédios para a pressão arterial2, para o câncer17 e para o colesterol18.

Como o médico trata as disfunções sexuais?

O tratamento das disfunções sexuais dependerá da natureza de cada uma delas, mas no geral tratar as disfunções sexuais pode envolver mudanças na dieta e estilo de vida, terapia sexual, medicamentos ou cirurgia.

A psicoterapia sexual pode ser útil para tratar as disfunções sexuais, especialmente aquelas que são causadas por problemas emocionais ou de relacionamento, e ainda contribui para que o indivíduo possa conviver melhor com as suas dificuldades temporárias ou definitivas, bem como ajuda a melhorar a comunicação com o parceiro e aumentar a confiança em si mesmo.

Medicamentos também podem ser usados para tratar as disfunções sexuais. Por exemplo, os medicamentos para a disfunção erétil podem ajudar os homens a ter e manter uma ereção5. No entanto, esses medicamentos podem ter efeitos colaterais19 e não são adequados para todas as pessoas, portanto é importante falar com um médico antes de tomar qualquer tipo de medicamento.

A cirurgia também pode ser uma opção para algumas pessoas com determinadas disfunções sexuais. Por exemplo, a cirurgia de próstata20 pode ajudar a tratar a disfunção erétil em homens que têm problemas de próstata20. No entanto, a cirurgia pode ter riscos e não é uma opção para todas as pessoas.

Leia também sobre "Ninfomania", "Satiríase", "Transtorno do desejo sexual hipoativo" e "Ejaculação4 precoce".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site da Associação para o Planejamento da Família – Portugal.

ABCMED, 2023. Disfunções sexuais. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1433460/disfuncoes-sexuais.htm>. Acesso em: 18 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
2 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
3 Anorgasmia: Ausência de orgasmo ou incapacidade para obtê-lo.
4 Ejaculação: 1. Ato de ejacular. Expulsão vigorosa; forte derramamento (de líquido); jato. 2. Em fisiologia, emissão de esperma pela uretra no momento do orgasmo. 3. Por extensão de sentido, qualquer emissão. 4. No sentido figurado, fartura de palavras; arrazoado.
5 Ereção: 1. Ato ou efeito de erigir ou erguer. 2. Inauguração, criação. 3. Levantamento ou endurecimento do pênis.
6 Pélvica: Relativo a ou próprio de pelve. A pelve é a cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ilíacos), sacro e cóccix; bacia. Ou também é qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
7 Fobia: Medo exagerado, falta de tolerância, aversão.
8 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
9 Masturbação: 1. Estimulação manual dos órgãos genitais que geralmente leva ao orgasmo. 2. No sentido figurado, inutilidade de tratar os mesmos temas (considerados infecundos), numa discussão ou pesquisa intelectual ou artística, de modo repetitivo, complacente e inconcludente.
10 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
11 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
12 Patologia: 1. Especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. 2. Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença. 3. Por extensão de sentido, é o desvio em relação ao que é próprio ou adequado ou em relação ao que é considerado como o estado normal de uma coisa inanimada ou imaterial.
13 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
14 Assoalho Pélvico: Tecido mole, formado principalmente pelo diafragma pélvico (composto pelos dois músculos levantadores do ânus e pelos dois coccígeos). Por sua vez, o diafragma pélvico fica logo abaixo da abertura (outlet) pélvica e separa a cavidade pélvica do PERÍNEO. Estende-se do OSSO PÚBICO (anteriormente) até o COCCIX (posteriormente).
15 Ilícitas: 1. Condenadas pela lei e/ou pela moral; proibidas, ilegais. 2. Qualidade das que não são legais ou moralmente aceitáveis; ilicitude.
16 Psicotrópicos: Que ou o que atua quimicamente sobre o psiquismo, a atividade mental, o comportamento, a percepção, etc. (diz-se de medicamento, droga, substância, etc.). Alguns psicotrópicos têm efeito sedativo, calmante ou antidepressivo; outros, especialmente se usados indevidamente, podem causar perturbações psíquicas.
17 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
18 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
19 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
20 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
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