Fibrose peniana
O que é a fibrose1 peniana?
A fibrose1 peniana é um problema que se caracteriza pelo desenvolvimento de nódulos fibróticos na parte interna do pênis2, podendo causar mudanças em sua conformação ou funcionamento normais. A fibrose1 é a substituição de um tecido3 saudável de qualquer parte do corpo por um tecido3 cicatricial e disfuncional4 que, quando acontece no órgão sexual masculino, é conhecida por fibrose1 peniana. Mesmo sendo um problema que afeta a parte interna do pênis2, é fácil identificar a fibrose1 peniana através da palpação5.
Quais são as causas da fibrose1 peniana?
A causa exata da fibrose1 peniana é desconhecida, mas o fator mais comum que a acompanha são os traumas penianos, sobretudo lesões6 quando o pênis2 está ereto7. Alguns fatores de risco têm sido identificados como:
- envelhecimento;
- infecções8;
- fatores genéticos;
- problemas vasculares9;
- reações a certas drogas;
- diabetes10;
- e pressão alta.
Quanto menos oxigênio no interior do pênis2, ou seja, quanto menos sangue11 circulante, maior a chance da ocorrência de fibrose1.
As situações que mais frequentemente causam lesões6 que levam à fibrose1 peniana são:
- traumatismos do pênis2;
- priapismo12;
- falta de oxigenação;
- diabetes10;
- relação sexual;
- masturbação13;
- rolar sobre o órgão sexual durante as ereções noturnas; etc.
Leia sobre "Fratura14 do pênis2", "Impotência15 sexual", "Ejaculação16 precoce" e "Ejaculação16 retrógrada".
Qual é o substrato fisiopatológico da fibrose1 peniana?
A fibrose1 peniana tem sido conceitualmente identificada como a placa17 fibrótica que se desenvolve na túnica albugínea do pênis2 ou com processos localizados induzidos nos corpos cavernosos por eventos isquêmicos ou traumáticos.
Recentemente, foi proposto que uma fibrose1 intracorporal do pênis2, difusa, progressiva e mais leve, que afeta também a camada média das artérias18 penianas, é responsável pela disfunção erétil de origem vascular19, associada ao envelhecimento, tabagismo, diabetes10, hipertensão20 e pós prostatectomia radical.
Esses processos diferem em etiologia21, curso de tempo, células22-alvo e tratamento, mas têm muitas características em comum.
Estudos sugerem que o TGF-β1 (transforming growth factor beta 1) é um importante mediador da fibrose1 peniana. Estudos em animais mostraram que a injeção23 de TGF-β1 no tecido3 peniano induz fibrose1 in vivo. Com o aumento da idade, os níveis penianos de TGF-β1 aumentam, ligando assim a fibrose1 à disfunção erétil.
Além disso, algumas condições que causam diminuição de oxigenação no interior do pênis2 podem causar lesões6 e posteriores fibroses24. É o caso, por exemplo, de pessoas diabéticas que tenham sofrido cirurgias da próstata25 ou não tenham ereção26 noturna regular.
Quais são as características clínicas da fibrose1 peniana?
Muitas vezes, a fibrose1 peniana é completamente assintomática. É mais comum em homens acima de 50 anos, mas pode aparecer em qualquer idade. Os principais sinais27 e sintomas28 que podem ocorrer são uma curvatura ou deformidade do pênis2, presença de um módulo fibroso no interior do pênis2, perda de elasticidade29 do órgão, dor durante a ereção26 e disfunção erétil.
A dor causada pela fibrose1 peniana, quando existe, geralmente resulta em impossibilidade de manter as relações sexuais.
Como o médico diagnostica a fibrose1 peniana?
Assim como as mulheres são incentivadas a fazer o autoexame da mama30 para detectar possíveis nódulos no seio31, os homens devem incluir em seu cotidiano a palpação5 peniana. Mesmo sendo um problema que afeta a parte interna do pênis2, é fácil identificá-lo através da palpação5.
O autoexame deve ser feito com o pênis2 flácido, desde a base até o topo, na busca de qualquer evidência de caroço na região interna, que pode ser do tamanho de uma ervilha, do caroço de uma azeitona ou, eventualmente, do tamanho de uma moeda de um real. Algumas vezes as fibroses24 não são facilmente palpáveis, mas ao autoexame também podem ser notadas perda de elasticidade29, curvatura anormal, afilamento ou encurtamento do órgão.
Diante de qualquer desses problemas o paciente deve procurar um urologista32 para um diagnóstico33 mais específico. Para chegar a um diagnóstico33 mais preciso, o especialista fará um exame físico, procurando avaliar a inflamação34, o tecido3 fibroso, a curvatura e o comprimento do pênis2. Ele também procurará colher a história médica do paciente. Caso esses dados não forem suficientes para um diagnóstico33 definitivo, ele pode pedir uma ressonância magnética35, uma ultrassonografia36 e radiografias.
Como o médico trata a fibrose1 peniana?
Nos estágios iniciais, em que a fibrose1 peniana ainda não causou grande deformidade do pênis2, a ponto de comprometer a possibilidade de ter e manter ereções, ela pode ser tratada farmacologicamente. Porém, se a doença progrediu para uma fase crônica e a severidade da curvatura peniana se tornou grave, medicações orais não mais farão efeito e a intervenção cirúrgica pode ser necessária para evitar futuras complicações.
Como evolui a fibrose1 peniana?
A fibrose1 peniana não é uma condição que ameaça a vida, mas ela afeta de modo significativo a qualidade de vida. Contudo, com o tratamento adequado, todas as pessoas com fibrose1 peniana podem viver uma vida normal.
Quais são as complicações possíveis com a fibrose1 peniana?
Se não for tratada por um período prolongado, a fibrose1 peniana pode levar a dificuldade em ter relações sexuais, disfunção erétil, ansiedade ou estresse sobre as habilidades sexuais e aparência do pênis2, problemas de relacionamento devido ao estresse, etc.
Veja também sobre "Prótese37 peniana", "Micropênis" e "Priapismo12".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site do NIH - National Institutes of Health.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.