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Espondiloartrites - o que são? Como acompanhar e tratar?

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O que são espondiloartrites?

As espondiloartrites (do grego: spòndylos = vértebra + arthro = articulação1 + ite = inflamação2) englobam um grupo de doenças inflamatórias distintas da coluna vertebral3 que afetam as ênteses (ligamentos4 e tendões5 entre o osso e a cartilagem articular6), levando a entesites (inflamações7 das ênteses). As espondiloartrites podem afetar também as articulações8 sacroilíacas e apresentar manifestações extra-articulares.

Há vários tipos de espondiloartrites, classificadas segundo critérios diversos: (1) artrite9 reativa, (2) artropatias inflamatórias intestinais, (3) espondilite anquilosante, (4) artrite9 psoriásica, (5) espondiloartrites indiferenciadas e (6) espondiloartrites juvenis.

Saiba mais sobre "Artrite9", "Artrite9 reacional", "Artrite9 enteropática" e "Espondilite anquilosante".

Quais são as causas das espondiloartrites?

As espondiloartrites parecem estar relacionadas à maneira como interagem entre si o sistema imunológico10, por um lado, e as bactérias do trato gastrointestinal, geniturinário e pele11, por outro lado. Parece que nas espondiloartrites, particularmente a espondilite anquilosante, há disbiose intestinal12, ou seja, uma alteração da composição do microbioma13 intestinal. Essas alterações ativam células14 de defesa (linfócitos) locais, que migram para articulações8 periféricas e coluna vertebral3, desencadeando uma resposta inflamatória sistêmica. Outro fator causal importante é o estresse mecânico sobre a êntese, levando a microtraumas, inflamação2, mas também neoformação15 óssea independente da inflamação2.

Cerca de metade das artrites reativas pode ser atribuída a patógenos específicos com combinação de cultura e sorologia. Os organismos predominantes são Chlamydia, Salmonella, Shigella, Yersinia e Campylobacter.

Quais são as principais características clínicas de cada uma das espondiloartrites?

De um modo geral, as espondiloartrites são caracterizadas por dor lombar e rigidez pela manhã que pioram com o repouso e no período noturno e melhoram com os movimentos. As manifestações articulares envolvem principalmente o esqueleto16 axial (coluna vertebral3 e articulações8 sacroilíacas). Se houver sacroiliíte o paciente sentirá, bilateralmente, dores nos glúteos17, que podem irradiar-se para a face18 posterior da coxa19 até a fossa poplítea. Perifericamente, a entesite inclui fáscia plantar20, tendão do calcâneo21, tendão patelar22, cristas ilíacas, sacroilíacas e ligamentos4 da coluna vertebral3, causando dor, rigidez e restrição da mobilidade. O atraso no diagnóstico23 e tratamento pode levar à neoformação15 óssea e ossificação, com perda irreversível da amplitude dos movimentos.

Os exercícios físicos são recomendados para melhorar o bem-estar e são seguros para quase todos. Alguns dos benefícios da prática regular de atividades físicas incluem fortalecimento da musculatura, melhora das habilidades atléticas, reforço do sistema cardiovascular24 e pulmonar, perda de peso. É por isso que os exercícios físicos são recomendados como parte do tratamento das Espondiloartrites.

A Espondilite anquilosante afeta principalmente as articulações8 da coluna vertebral3, sacroilíacas e dos quadris, mas também as articulações8 periféricas, especialmente os joelhos. Acomete cerca de 0,3 a 1,5% da população geral. Cerca de 20 a 25% dos indivíduos têm história familiar positiva.

Em geral, o pico de incidência25 da artrite9 psoriásica fica entre os 40 e 55 anos de idade. Dentre os fatores de risco, conta-se a predisposição genética, agentes infecciosos virais e bacterianos, estresse físico ou emocional, algumas medicações, alcoolismo e tabagismo. Clinicamente, o quadro cutâneo26 costuma preceder o envolvimento articular (70 a 80% dos casos), mas pode surgir de modo concomitante ou vir depois.

A artrite9 reativa é uma sinovite27 estéril secundária à infecção28 extra-articular ou à distância. Na maioria dos casos, a infecção28 ocorre no trato gastrintestinal ou geniturinário, antecedendo até quatro semanas o início do quadro articular. Afeta adultos jovens, podendo apresentar sintomas29 constitucionais, como fadiga30, febre31 e perda ponderal32. Os sintomas29 musculoesqueléticos são de caráter agudo33 e a artrite9 de membros inferiores é assimétrica.

As artrites enteropáticas podem ocorrer em 10 a 25% dos pacientes com doenças daquele setor do corpo e podem preceder a elas, apresentando-se por anos como quadro articular indiferenciado.

A artrite9 axial é mais comum em homens que mulheres. Acomete poucas articulações8, com padrão migratório e não erosivo. A atividade articular periférica está associada à atividade da doença intestinal, mas a colectomia em casos refratários34 pode fazer remitir a doença articular periférica.

As outras formas, menos frequentes, seguem mais ou menos o padrão comum a todas elas.

Como o médico diagnostica as espondiloartrites?

O diagnóstico23 da espondilose anquilosante se baseia nos sintomas29 articulares e extra-articulares anteriormente mencionados, caracterizada, sobretudo, por lombalgia35 inflamatória e rigidez matinal, limitação torácica e lombar. Os aspectos radiográficos da espondilose anquilosante também permitem o diagnóstico23 da doença. Os dados laboratoriais são escassos: costuma-se observar elevação da velocidade de hemossedimentação36 e da proteína C-reativa.

Na artrite9 psoriásica o exame das unhas37 é fundamental para um diagnóstico23 correto. A chance de acometimento articular é incrementada de 5 a 8 vezes quando há envolvimento das unhas37. A artrite9 mutilante representa apenas 5% dos casos. Como em outras doenças inflamatórias, a velocidade de hemossedimentação36, proteína C-reativa e anemia38 podem variar com a atividade da doença. A análise do líquido sinovial39 revela líquido inflamatório com predominância de neutrófilos40.

Não há um diagnóstico23 definitivo para a artrite9 reativa. O quadro de artrite9 inflamatória estéril associada à história de infecção28 e relação temporal entre os eventos é suficiente para o diagnóstico23 na maioria dos casos. As alterações laboratoriais são aumento da velocidade de hemossedimentação36 (VHS41), da proteína C-reativa e de outros marcadores de atividade inflamatória. Na doença ativa, pode haver anemia38, leucocitose42 (aumento de glóbulos brancos) e trombocitose43 (aumento do número de plaquetas44). A análise do líquido sinovial39 mostra aumento do número de células14 inflamatórias e é fundamental realizar a bacterioscopia e cultura.

Como o médico trata as espondiloartrites?

Os principais objetivos do tratamento das espondiloartrites são o alívio da dor, da rigidez, da inflamação2 e da fadiga30, melhorando a função, a mobilidade, a qualidade de vida e minimizando a progressão do dano estrutural. Podem ser utilizados medicamentos anti-inflamatórios não hormonais, analgésicos45, corticoides, que podem ser usados para infiltração intra-articular (nem sempre eficazes), antibióticos (usados quando identificado o sítio e a natureza da infecção28) e outros, para outros sintomas29, conforme orientação médica.

Nas formas enteropáticas, os anti-inflamatórios não hormonais dados para os sintomas29 articulares podem exacerbar a doença inflamatória intestinal e devem ser usados com cautela ou evitados, se possível.

Pacientes com formas graves ou refratárias46 podem receber tratamentos especiais. Do ponto de vista não farmacológico, são recomendados exercícios físicos regulares, parar de fumar e perder peso. As lesões47 de pele11 se beneficiam com a exposição solar, que deve ser estimulada.

Leia também sobre "Artrite reumatoide48", "Artralgia49" e "Reumatismos inflamatórios sistêmicos50".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e do American College of Rheumatology

ABCMED, 2020. Espondiloartrites - o que são? Como acompanhar e tratar?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1358388/espondiloartrites-o-que-sao-como-acompanhar-e-tratar.htm>. Acesso em: 29 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Articulação: 1. Ponto de contato, de junção de duas partes do corpo ou de dois ou mais ossos. 2. Ponto de conexão entre dois órgãos ou segmentos de um mesmo órgão ou estrutura, que geralmente dá flexibilidade e facilita a separação das partes. 3. Ato ou efeito de articular-se. 4. Conjunto dos movimentos dos órgãos fonadores (articuladores) para a produção dos sons da linguagem.
2 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
3 Coluna vertebral:
4 Ligamentos: 1. Ato ou efeito de ligar(-se). Tudo o que serve para ligar ou unir. 2. Junção ou relação entre coisas ou pessoas; ligação, conexão, união, vínculo. 3. Na anatomia geral, é um feixe fibroso que liga entre si os ossos articulados ou mantém os órgãos nas respectivas posições. É uma expansão fibrosa ou aponeurótica de aparência ligamentosa. Ou também uma prega de peritônio que serve de apoio a qualquer das vísceras abdominais. 4. Vestígio de artéria fetal ou outra estrutura que perdeu sua luz original.
5 Tendões: Tecidos fibrosos pelos quais um músculo se prende a um osso.
6 Cartilagem Articular:
7 Inflamações: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc. Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
8 Articulações:
9 Artrite: Inflamação de uma articulação, caracterizada por dor, aumento da temperatura, dificuldade de movimentação, inchaço e vermelhidão da área afetada.
10 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
11 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
12 Disbiose intestinal: Definida como o desequilíbrio da flora intestinal, entre os microrganismos benéficos e patogênicos, que resulta em uma situação desfavorável à saúde do indivíduo.
13 Microbioma: Comunidade ecológica de microrganismos comensais, simbióticos e patogênicos que compartilham nosso espaço corporal. Microbioma humano é o conjunto de microrganismos que reside no corpo do Homo sapiens, mantendo uma relação simbiótica com o hospedeiro. O conceito vai além do termo microbiota, incluindo também a relação entre as células microbianas e as células e sistemas humanos, por meio de seus genomas, transcriptomas, proteomas e metabolomas.
14 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
15 Neoformação: 1. Em biologia, é a formação de tecido novo que restaura ou substitui o tecido lesado por feridas ou traumatismos. 2. Em oncologia, é um termo usado usualmente para designar o processo de regeneração, ou uma parte ou um tecido regenerado. 3. Neoplasia.
16 Esqueleto:
17 Glúteos:
18 Face: Parte anterior da cabeça que inclui a pele, os músculos e as estruturas da fronte, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula.
19 Coxa: É a região situada abaixo da virilha e acima do joelho, onde está localizado o maior osso do corpo humano, o fêmur.
20 Fáscia plantar: É uma estrutura de sustentação da sola do pé. A fáscia é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, ela tem a função de prender o músculo ao esqueleto para que este possa exercer eficientemente seu trabalho de tração ao se contrair e ela também permite o fácil deslizamento dos músculos entre si.
21 Tendão do Calcâneo:
22 Tendão Patelar: Fita de tecido fibroso que liga o ápice da PATELA à parte inferior do tubérculo da TÍBIA. Na realidade, o ligamento é a continuação caudal do tendão comum do QUADRÍCEPS FEMORAL, estando a patela implantada no tendão. Assim, o ligamento patelar pode ser considerado como uma conexão entre tendão do quadríceps femoral e tíbia; assim, às vezes é denominado tendão patelar.
23 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
24 Sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular ou sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
25 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
26 Cutâneo: Que diz respeito à pele, à cútis.
27 Sinovite: Inflamação da membrana sinovial, uma fina camada de tecido conjuntivo que reveste estruturas como tendões musculares, cápsulas articulares e bolsas sinoviais.
28 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
29 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
30 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
31 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
32 Ponderal: Relativo a peso, equilíbrio. Exemplos: Perda ponderal = perda de peso, emagrecimento. Ganho ponderal = ganho de peso.
33 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
34 Refratários: 1. Que resiste à ação física ou química. 2. Que resiste às leis ou a princípios de autoridade. 3. No sentido figurado, que não se ressente de ataques ou ações exteriores; insensível, indiferente, resistente. 4. Imune a certas doenças.
35 Lombalgia: Dor produzida na região posterior inferior do tórax. As pessoas com lombalgia podem apresentar contraturas musculares, distensões dos ligamentos da coluna, hérnias de disco, etc. É um distúrbio benigno que pode desaparecer com uso de antiinflamatórios e repouso.
36 Velocidade de hemossedimentação: É a velocidade com que os glóbulos vermelhos se separam do “soro†e se depositam no fundo de um tubo de ensaio, se este tubo com sangue é deixado parado (com anticoagulante). Os glóbulos vermelhos (hemácias) são puxados para baixo pela gravidade e tendem a se aglomerar no fundo do tubo. No entanto, eles são cobertos por cargas elétricas negativas e, quando vão se aproximando do fundo, repelem-se umas às outras, como cargas iguais de ímãs. Essa força magnética de repulsão se contrapõe à gravidade e naturalmente diminui a velocidade com que as hemácias caem. Se junto com as hemácias, nadando no plasma, haja outras estruturas de cargas positivas, estas vão anular as cargas negativas das hemácias e também a repulsão magnética entre elas, permitindo sua aglutinação. Neste caso a gravidade age sozinha e a velocidade com que elas caem (velocidade de hemossedimentação) é acelerada. O VHS é expresso como o número de milímetros que o sangue sedimentou (no tubo) no espaço de uma hora (mm/h).
37 Unhas: São anexos cutâneos formados por células corneificadas (queratina) que formam lâminas de consistência endurecida. Esta consistência dura, confere proteção à extremidade dos dedos das mãos e dos pés. As unhas têm também função estética. Apresentam crescimento contínuo e recebem estímulos hormonais e nutricionais diversos.
38 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
39 Líquido sinovial: Gel viscoso e transparente que lubrifica as estruturas que banha, minorando o atrito entre elas. Ele é encontrado na cavidade da cápsula articular.
40 Neutrófilos: Leucócitos granulares que apresentam um núcleo composto de três a cinco lóbulos conectados por filamenos delgados de cromatina. O citoplasma contém grânulos finos e inconspícuos que coram-se com corantes neutros.
41 VHS: É a velocidade com que os glóbulos vermelhos se separam do “soro†e se depositam no fundo de um tubo de ensaio, se este tubo com sangue é deixado parado (com anticoagulante). Os glóbulos vermelhos (hemácias) são puxados para baixo pela gravidade e tendem a se aglomerar no fundo do tubo. No entanto, eles são cobertos por cargas elétricas negativas e, quando vão se aproximando do fundo, repelem-se umas às outras, como cargas iguais de ímãs. Essa força magnética de repulsão se contrapõe à gravidade e naturalmente diminui a velocidade com que as hemácias caem. Se junto com as hemácias, nadando no plasma, haja outras estruturas de cargas positivas, estas vão anular as cargas negativas das hemácias e também a repulsão magnética entre elas, permitindo sua aglutinação. Neste caso a gravidade age sozinha e a velocidade com que elas caem (velocidade de hemossedimentação) é acelerada. O VHS é expresso como o número de milímetros que o sangue sedimentou (no tubo) no espaço de uma hora (mm/h).
42 Leucocitose: É o aumento no número de glóbulos brancos (leucócitos) no sangue, geralmente maior que 8.000 por mm³. Ocorre em diferentes patologias como em resposta a infecções ou processos inflamatórios. Entretanto, também pode ser o resultado de uma reação normal em certas condições como a gravidez, a menstruação e o exercício muscular.
43 Trombocitose: É o número excessivo de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitopenia. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é superior a 750.000/mm³ (e particularmente acima de 1.000.000/mm³) justifica-se investigação e intervenção médicas. Quanto à origem, pode ser reativa ou primária (provocada por doença mieloproliferativa). Apesar de freqüentemente ser assintomática (particularmente quando se origina como uma reação secundária), pode provocar uma predisposição para a trombose.
44 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
45 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
46 Refratárias: 1. Que resiste à ação física ou química. 2. Que resiste às leis ou a princípios de autoridade. 3. No sentido figurado, que não se ressente de ataques ou ações exteriores; insensível, indiferente, resistente. 4. Imune a certas doenças.
47 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
48 Artrite reumatóide: Doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.
49 Artralgia: Dor em uma articulação.
50 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
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