Espondilite anquilosante: como ela é?
O que é espondilite anquilosante?
A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica, de etiologia1 desconhecida, do tecido conectivo2 entre os ossos da coluna vertebral3 e das articulações4 entre a coluna vertebral3 e a pelve5. Com o tempo, essa inflamação6 faz com que os ossos da coluna vertebral3 se soldem uns aos outros. O termo deriva do grego spondylos = vértebra e ankylos = enrijecimento.
Quais são as causas da espondilite anquilosante?
A causa da espondilite anquilosante é desconhecida, mas sabe-se que ocorre mais em indivíduos geneticamente predispostos e que sua incidência7 é maior em homens que em mulheres, na proporção de 4:1. A doença é trinta vezes mais comum em pessoas com histórico familiar da doença do que no restante da população. É mais frequente nos indivíduos de raça caucasiana e rara em negros. Pode ser que as células8 autoimunes9 agridam as articulações4, mas também o fato de ser uma doença inflamatória e por vezes febril permite especular que talvez possa se tratar de uma doença de etiologia1 infecciosa.
Quais são os principais sinais10 e sintomas11 da espondilite anquilosante?
A espondilite anquilosante é uma doença de jovens, tendo o seu início geralmente entre os 20 e 40 anos, mas podendo surgir antes. Ela começa com uma dor na região lombar12 que vem e vai, que piora à noite e costuma melhorar com atividades ou exercícios. A dor na coluna pode começar nas articulações4 entre a pelve5 e a coluna vertebral3 e, com o tempo, pode afetar toda a coluna. Há uma rigidez progressiva da coluna e o paciente pode perder a mobilidade na parte inferior da coluna ou não conseguir expandir totalmente o tórax13 quando as articulações4 entre as costelas14 são afetadas. Geralmente ocorre uma curvatura permanente e progressiva da coluna na região dorsal. Outros sintomas11 menos comuns são: fadiga15, uveíte16 (inflamação6 nos olhos17, na úvea18), dor no calcanhar19, rigidez no quadril, dor nas articulações4 dos ombros, joelhos e tornozelos, inapetência20, febre21 baixa. Em casos especialmente graves podem ocorrer lesões22 cardíacas, pulmonares, intestinais e na pele23.
Como o médico diagnostica a espondilite anquilosante?
Os exames complementares ao exame físico visam captar alguns sinais10 típicos da espondilite anquilosante e podem incluir: hemograma completo, sedimentação dos eritrócitos24, dosagem do antígeno25 HLA-B27, radiografias da coluna vertebral3 e da pelve5, ressonância magnética26 da coluna vertebral3 e outros exames da imagem.
Como o médico trata a espondilite anquilosante?
A doença não possui cura, mas com tratamento precoce adequado pode ser bem tolerada. Os tratamentos sintomáticos com medicamentos e fisioterapia27 visam aliviar a dor e reduzir o risco de deformações. Só se recorrerá à cirurgia se for necessário substituir a articulação do quadril28.
Como evolui a espondilite anquilosante?
A espondilite anquilosante é, potencialmente, uma doença incapacitante, embora só 25% dos pacientes evoluam para anquilose29 total da coluna.
A espondilite anquilosante é uma doença evolutiva e pode piorar com o tempo, podendo causar dor crônica e reduzir a capacidade de movimentos.
Esta condição pode provocar o enrijecimento da caixa torácica e reduzir a capacidade respiratória em alguns pacientes.
Excepcionalmente, pode ocorrer morte súbita devido a lesões22 entre as primeiras vértebras cervicais30 (C1-C2).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.