Síndrome de Bechterew
O que é Síndrome1 de Bechterew?
A síndrome1 de Bechterew, mais conhecida como espondilite anquilosante (do grego: spondylo = vértebra + ankylos = torto + -itis = inflamação2) é um tipo de artrite3 na qual há uma inflamação2 crônica das articulações4 da coluna e das articulações4 entre a coluna e a pelve5. Ocasionalmente, outras articulações4, como ombros ou quadris, por exemplo, também são envolvidas.
Entre 0,1% e 0,8% das pessoas são afetadas pela doença, em variados graus. A condição foi descrita pela primeira vez no final de 1600 por Bernard Connor, mas esqueletos com espondilite anquilosante são encontrados em múmias egípcias muito mais antigas.
Quais são as causas da Síndrome1 de Bechterew?
Embora as causas da espondilite anquilosante sejam desconhecidas, acredita-se que elas envolvam uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Qual é o substrato fisiopatológico da Síndrome1 de Bechterew?
A espondilite anquilosante é uma condição de artrite3 na qual há inflamação2 das articulações4 da coluna vertebral6. Ela está dentro de uma categoria mais ampla conhecida como espondiloartrite axial. Acredita-se que o mecanismo subjacente a ela seja autoimune7 ou autoinflamatório. Cerca de 85% das pessoas afetadas têm um antígeno8 leucocitário humano específico.
Pesquisadores médicos têm concluído que a síndrome1 de Bechterew seja uma condição com grande carga genética herdada.
Saiba mais sobre "Artrites", "Artroses" e "Artralgias9 ou dores nas juntas".
Quais são as características clínicas da Síndrome1 de Bechterew?
A síndrome1 de Bechterew pode afetar tecidos em todo o corpo e resultar em inflamação2 e danos a outras articulações4 que não as da coluna, bem como a outros órgãos, incluindo olhos10, coração11, pulmões12 e rins13. O início da doença geralmente ocorre em adultos jovens, homens ou mulheres. Os homens são mais propensos do que as mulheres a sofrer alterações nos ossos e a fusão deles, já as mulheres são mais propensas do que os homens a apresentar inflamação2 em vez de fusão óssea.
Uma dor nas costas14 que geralmente vem e vai é um dos sintomas15 mais constantes e característicos da síndrome1.
Ainda outros sinais16 e sintomas15 associados podem incluir:
- fadiga17;
- inflamação2 ocular;
- fusão óssea com perda de mobilidade da coluna ao longo do tempo;
- inflamação2 dos pulmões12, levando a falta de ar;
- dor e inchaço18 em outras articulações4 fora da coluna.
Em estágios avançados da síndrome1 de Bechterew pode haver deposição de proteína amiloide nos rins13, causando insuficiência renal19.
Mais sinais16 e sintomas15 possíveis da síndrome1 de Bechterew são:
- tosse;
- entesite (inflamação2 no local onde os tendões20 se “ligam” ao osso);
- febre21;
- postura encurvada;
- doença inflamatória intestinal;
- irite22;
- uveíte23;
- perda de apetite;
- perda de amplitude dos movimentos da coluna;
- fasceíte plantar;
- dedos em forma de salsicha;
- rigidez e dor na coluna, pescoço24, região lombar25 e nádegas26 superiores;
- tendinite27.
Como o médico diagnostica a Síndrome1 de Bechterew?
O diagnóstico28 da síndrome1 de Bechterew geralmente é baseado nos sinais16 e sintomas15, auxiliado por exames de imagens e exames de sangue29. A síndrome1 de Bechterew é um tipo de espondiloartropatia soronegativa, o que significa que os exames de sangue29 não mostrarão a presença de anticorpos30 do fator reumatoide.
Se houver casos de espondilite anquilosante ou outras doenças autoimunes31 na família, ou se houver indicadores específicos de espondilite anquilosante, é especialmente importante insistir no exame de sangue29 e no diagnóstico28 por imagem.
A maneira mais eficaz de visualizar as alterações típicas nas articulações4 e as transições osso-tendão32 é por meio de ressonância magnética33 ou tomografia computadorizada34. Uma ressonância magnética33 da articulação sacroilíaca35 é atualmente o método preferido. No entanto, as imagens de raios-X também podem revelar alterações avançadas em áreas afetadas da coluna.
Como o médico trata a Síndrome1 de Bechterew?
Não há cura para a espondilite anquilosante, mas os tratamentos disponíveis podem melhorar os sintomas15 e prevenir o agravamento da condição. Isso pode incluir medicamentos, exercícios, fisioterapia36 e, em casos raros, cirurgia. Os medicamentos usados incluem anti-inflamatórios, esteroides e outros agentes terapêuticos, conforme o caso.
Como evolui a Síndrome1 de Bechterew?
A evolução de longo prazo da espondilite anquilosante varia e é difícil de prever. Em muitos casos, no início da doença, os sintomas15 não são constantes e limitam-se a um lado do corpo. À medida que a doença progride, a dor e a rigidez se tornam mais intensas e mais regulares.
Quais são as complicações possíveis com a Síndrome1 de Bechterew?
As complicações mais comuns da síndrome1 de Bechterew incluem dor, rigidez e incapacidade funcional limitada da coluna. Essas complicações podem ser reduzidas por meio de um plano de tratamento adequado, envolvendo medicamentos, exercícios e reeducação postural global.
Pacientes com a síndrome1 de Bechterew muitas vezes têm doenças coexistentes adicionais, incluindo outras espondiloartropatias.
Leia sobre "Reumatismos inflamatórios sistêmicos37", "Artrite3 reacional", "Artrite reumatoide38" e "Tendinite27".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da U.S. National Library of Medicine e da Schoen Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.