O que saber sobre a insuficiência renal crônica?
O que é insuficiência renal1 crônica?
A insuficiência renal1 crônica é a perda lenta e irreversível da capacidade dos rins2 para remover os resíduos excretáveis e o excesso de água do organismo. Ela é a principal e potencialmente mais grave das doenças renais crônicas. Estabelece-se um período de três meses de duração para diferenciá-la da insuficiência renal1 aguda, que pode ser revertida.
Quais são as causas da insuficiência renal1 crônica?
As três causas mais comuns de insuficiência renal1 crônica são o diabetes mellitus3, a pressão arterial4 elevada e as glomerulonefrites, mas muitas outras doenças podem levar ao mesmo resultado, como problemas das artérias5 que irrigam os rins2, o rim6 policístico, substâncias químicas tóxicas, doenças autoimunes7, cálculos e infecções8 renais, etc.
Quais são os principais sinais9 e sintomas10 da insuficiência renal1 crônica?
A insuficiência renal1 crônica agrava-se lentamente com o tempo, mas pode ser assintomática durante muito tempo. Muitas vezes ela só se manifesta quando o tecido11 renal12 que resta íntegro é apenas metade do normal e a terapêutica13 de substituição renal12 só se faz necessária se o tecido11 renal12 diminui a 10-15% do seu total. Ao final da evolução ela leva à falência renal12 absoluta e o paciente necessita de diálise14 ou de um transplante renal12.
A insuficiência renal1 crônica produz uma acumulação de líquidos e resíduos nocivos ao organismo e afeta a maioria das funções orgânicas. Os sintomas10 podem incluir mal-estar geral, fadiga15, prurido16 generalizado, pele17 seca, dores de cabeça18, perda de peso e de apetite e náuseas19. Nos casos mais graves pode aparecer também descoloração da pele17, dor nos ossos, sonolência, confusão mental, fraqueza geral, dormência20 nas mãos21 e nos pés, espasmos22 musculares ou cãibras, mau hálito, aparecimento de vários sangramentos, sede excessiva, amenorreia23, edemas24 nos tornozelos e ao redor dos olhos25 e vômitos26.
Como o médico diagnostica a insuficiência renal1 crônica?
O histórico de saúde27 desses pacientes deve levantar a história clínica da doença, suas possíveis causas e evolução. O diagnóstico28 da insuficiência renal1 crônica pode ser feito por meio de exames de sangue29 e de urina30. Ao exame físico o médico constatará a presença de hipertensão arterial31 e poderá ouvir ruídos anormais no coração32 ou nos pulmões33. A pesquisa de suas causas pode ser feita pela tomografia computadorizada34, ressonância magnética35, ultrassonografia36, arteriografia ou cintilografia37. Casos especiais podem requerer biópsia38 renal12. O nível de funcionamento dos rins2 pode ser verificado pela dosagem no sangue29 da ureia39, da creatinina40, do nitrogênio ureico e da depuração de creatinina40. A insuficiência renal1 crônica altera a concentração sanguínea de vários elementos, como sódio, potássio, albumina41, fósforo, cálcio, colesterol42, magnésio e eletrólitos43, os quais devem ser checados regularmente, pelo menos a cada dois ou três meses. Ela também afeta os resultados do hemograma completo, da eritropoietina44, do hormônio45 da paratireoide (PTH) e do exame de densidade óssea. A análise da urina30 (urinálise) geralmente mostra a presença de proteínas46 ou outras alterações.
Como o médico trata a insuficiência renal1 crônica?
A insuficiência renal1 crônica é uma condição irreversível. As medidas terapêuticas incluirão medicamentos que ajudem a impedir que os níveis de fósforo fiquem muito altos, tratamento para anemia47, suplementos de cálcio e vitamina48 D e transfusões de sangue29. Além disso, pode ser necessário limitar os líquidos, observar uma dieta baixa em proteína com redução de sal, potássio e outros eletrólitos43 e tratar sintomaticamente outras repercussões da doença. Quando a perda da função renal12 se torna muito grande é necessária a diálise14 e um eventual transplante renal12. Mesmo os pacientes que são candidatos a um transplante renal12 precisam de diálise14 até que um rim6 esteja disponível.
Como evolui a insuficiência renal1 crônica?
Não há cura para a insuficiência renal1 crônica e geralmente ela evolui para a falência renal12 total. Os tratamentos recomendados, que devem durar toda a vida, podem controlar ou retardar a evolução da doença.
Como prevenir a insuficiência renal1 crônica?
A medida crucial para evitar ou retardar danos renais é manter controlada a pressão arterial4. Também é muito importante para os diabéticos controlar os níveis de açúcar49 no sangue29. Outros meios de proteger os rins2 são: não fumar, evitar refeições gordurosas, fazer exercícios regulares, manter a glicemia50 dentro de níveis normais.
Quais são as complicações possíveis da insuficiência renal1 crônica?
Em geral a insuficiência renal1 crônica se faz acompanhar de graves complicações, entre as quais anemia47, hemorragias51, alterações da glicemia50, demência52, insuficiência cardíaca53, hipertensão arterial31, distúrbios metabólicos, convulsões etc.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.