Os cinco venenos brancos
O que são e quais são os “venenos brancos”?
Cinco alimentos muito comuns na nossa dieta cotidiana são extremamente prejudiciais à saúde1 e, segundo os médicos e nutricionistas, deveriam passar bem longe da nossa boca2 ou, no mínimo, serem muito restringidos, tanto que foram apelidados de “venenos brancos”. Os cinco produtos são:
- A farinha de trigo branca
- O arroz branco
- O leite de vaca pasteurizado
- O açúcar3 branco refinado
- O sal de mesa refinado
Todos eles têm sido muito usados e se tornaram tradicionais a partir de uma época em que a ciência ainda não tinha compreendido seus reais efeitos sobre o organismo humano.
Por que não consumir esses “venenos brancos”?
Vários alimentos presentes no cotidiano das pessoas não são considerados saudáveis. Contudo, os ingredientes mencionados acima, embora pareçam dar um toque especial à comida, representam um nítido perigo à saúde1 das pessoas. Muitas pessoas os consomem não por gostar deles, mas porque se tornaram um hábito vindo de seus pais e avós, ou foram induzidos a eles pela indústria de alimentos.
Na verdade, nem todos deviam ser chamados de alimentos. Alguns não passam de carboidratos vazios, amidos ricos em calorias4, sem vitaminas, minerais e proteínas5. Eles destroem o físico em silêncio e devagar e alteram o equilíbrio normal do organismo até produzirem doenças.
O ideal é evitá-los o máximo possível, mas, se for necessário consumi-los, deve-se ingerir somente quantidades moderadas e nunca fazer deles um hábito de consumo. O resultado da ingestão prolongada desses produtos é uma carência de nutrientes e, quase sempre, o diabetes mellitus6 e a hipertensão arterial7.
Os estudos mostram que as pessoas que comem esses alimentos rotineiramente são mais propensas a terem doenças crônicas. Todos eles podem ser substituídos por alternativas saudáveis, que oferecem mais nutrientes e não afetam negativamente a saúde1.
Leia sobre "Macronutrientes8", "Micronutrientes9", "Alimentação saudável" e "Alimentos ricos em fibras".
Qual é o malefício de cada um dos “venenos brancos”?
Farinha de trigo branca
Durante o processamento da farinha, todos os nutrientes necessários são perdidos. Além disso, os tratamentos químicos dos grãos resultam na formação de um subproduto chamado aloxano, um veneno utilizado na medicina para produzir diabetes10 em ratos saudáveis. Quanto mais fina e branca for a farinha, pior: tem menos fibra, vitaminas e minerais. Por isso é que se costuma dizer que se deve optar pelo pão mais escuro. Na verdade, os pães mais recomendáveis são os de centeio e os integrais.
O consumo excessivo de farinha refinada pode provocar uma série de problemas, nomeadamente: excesso de açúcar3 no sangue11 e, consequentemente, colesterol12 alto e diabetes10; complicações inflamatórias em vários órgãos; e distúrbios gastrointestinais. O preocupante é que a farinha branca está cada vez mais presente na mesa dos brasileiros, com seu uso aumentando dia após dia. As pessoas são “obrigadas” a consumi-la em pães, bolos, bolachas, biscoitos, massas, pizzas e até em fast food.
Arroz branco
Para produzir o arroz branco, o grão inteiro é submetido a um processo de refinamento, pelo qual a camada exterior e o gérmen são removidos. Com isso, basicamente o que resta é o endosperma, que consiste principalmente de amido. O arroz branco provoca aumento repentino no nível de glicose13 do sangue11, gerando um risco de desenvolver diabetes10. Ademais, o amido presente no arroz branco não se “quebra” (digere) facilmente, o que é um grande problema para pacientes14 cardíacos e vigilantes do peso.
O arroz branco também pode conter arsênico, que é ruim para a saúde1 por ter um efeito negativo nos nervos e no funcionamento do cérebro15, podendo causar câncer16 e derrames cerebrais. Para substituir o arroz branco pode ser escolhida uma variedade mais saudável de arroz, como arroz integral, arroz vermelho, arroz preto ou arroz selvagem.
Leite de vaca pasteurizado
O leite é um produto altamente perecível, por causa da rápida proliferação de microrganismos que o fazem “azedar” rapidamente. O processo de pasteurização visa permitir a ele uma vida útil mais longa. Esse processo consiste em submeter o leite a um nível de aquecimento no qual todos os microrganismos patogênicos presentes sejam destruídos. No entanto, o calor, ao mesmo tempo, destrói suas enzimas ativas, de modo que a lipase, enzima17 necessária para a digestão18 das gorduras do leite, e a fosfatase, que é essencial para a absorção de cálcio, são destruídas juntamente a muitos outros nutrientes essenciais. O processo de pasteurização destrói também as bactérias benéficas do leite.
Entre os danos causados pelo leite pasteurizado está a alergia19, sendo ele a principal causa de alergias em crianças, segundo a Academia de Alergia19, Asma20 e Imunologia dos Estados Unidos. O leite também é rico em gordura saturada21 e colesterol12, que fazem mal ao coração22, e alguns estudos incluem também uma relação desfavorável com a diabetes10 e a osteoporose23, devido à sua baixa em cálcio e magnésio.
Açúcar3 branco refinado
O açúcar3 branco não pode ser considerado um alimento, mas sim uma substância química, que é extraída de fontes vegetais como a cana-de-açúcar3 ou a beterraba. Para ficar branquinho, adicionam a ele sulfato de cálcio (cal) e ácido sulfúrico, o que remove completamente todas as proteínas5 formadoras de fibras e 90% dos nutrientes saudáveis. Com isso, o açúcar3 branco refinado não contém nutrientes essenciais e é um dos piores ingredientes da dieta.
É rico em calorias4 e está presente em quase todos os alimentos processados24. É a principal causa de obesidade25 e diabetes tipo 226. O alto nível de açúcar3 de frutose27 pode também afetar o fígado28. Ainda mais: o açúcar3 arrefece o potencial do sistema imunológico29, tornando a pessoa mais propensa e vulnerável a infecções30 e outras doenças.
A pessoa deve verificar nos rótulos dos produtos se há fontes ocultas de açúcar3. Mas deve ter cuidado, ele pode ser mencionado por nomes diferentes, como açúcar3 de malte, açúcar3 invertido, mel, açúcar3 mascavo, maltose, dextrose31, glicose13 ou sacarose.
Sal de mesa refinado
O sal de mesa comum é basicamente cloreto de sódio, o que aumenta o risco de hipertensão32, doenças cardiovasculares33 e renais. Embora o sal de mesa tenha iodo adicionado, que é necessário para a boa saúde1, principalmente da tireoide34, muitos alimentos processados24 contêm sal e não contêm iodo adicionado. O flúor é outro aditivo incluído no processo de refino do sal que pode ser ruim para a saúde1 quando a pessoa consome muito. Se você consumir muito sal, pode acabar com problemas de pressão alta que, mesmo se não é causada por ele, recebe dele uma grande contribuição.
Veja também sobre "O que afeta o comportamento da glicemia35", "Pré-diabetes36" e "Prevenção do diabetes10 e suas complicações".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site Foods and Nutrition Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.