Alergia emocional e o papel das emoções negativas
O que é alergia1 emocional?
As alergias são uma resposta do sistema imunológico2 a todas as partículas ou substâncias que adentram ao organismo e que lhe são estranhas. Em algumas pessoas, o organismo parece responder da mesma forma a emoções negativas. Essas pessoas têm também um “sistema imunológico2 emocional” e a alergia1 emocional é uma condição que surge quando o organismo delas reage a situações que geram estresse ou ansiedade.
O conceito de alergia1 emocional ficou mais em voga a partir dos anos de 1950, graças principalmente ao psicossomata francês Paul Silvadon, que pensou que a hipersensitividade a certas emoções era o mecanismo central que desencadeava algumas doenças, inclusive alergias.
Quais são as causas da alergia1 emocional?
Do ponto de vista psicológico, a alergia1 emocional é uma reação a alguma coisa que, no presente, remete o paciente, consciente ou inconscientemente, a um evento traumático do seu passado. Por vezes, um incidente3 do presente traz de volta sentimentos negativos que o paciente teve em momentos sofridos do seu passado. Quando alguma coisa acontece que o “relembra” do passado, o paciente fica emocionalmente afetado, como se seu sentimento fosse reavivado. E isso pode provocar uma crise alérgica.
Alguns pacientes têm reações alérgicas que não guardam relação com fatores estressantes reconhecidos, enquanto outros as têm ante condições estressantes específicas. Por exemplo, uma mãe de meia idade sofre crises alérgicas sempre que o filho deixa a casa por períodos prolongados, o que a remete a situações de separação muito sofridas de seu passado. Os fatores emocionais também podem funcionar como gatilhos que desencadeiam crises alérgicas ou agravam alergias previamente existentes.
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Qual é o substrato fisiopatológico da alergia1 emocional?
É um fato médico bem estabelecido que toda emoção desencadeia a liberação de várias substâncias químicas no corpo. As emoções alegres produzem substâncias químicas saudáveis, enquanto as emoções negativas liberam substâncias químicas causadoras de doenças, inclusive de alergias.
O “sistema imune emocional” das pessoas que sofrem de alergias emocionais atua fisicamente e, quando o corpo está estressado, ele libera hormônios e outras substâncias químicas, incluindo a histamina6, que é uma substância química capaz de gerar sintomas7 alérgicos.
Acredita-se que os hormônios do estresse amplificam as respostas do sistema imunológico2 aos alérgenos8 (agentes que produzem alergias). Ou seja, estímulos que anteriormente não chegavam a produzir alergias passam a dar origem a elas e as alergias preexistentes sofrem uma piora.
Quais são as características clínicas da alergia1 emocional?
O estresse e a ansiedade não só podem dar início a alergias como também podem agravar algumas alergias somáticas preexistentes. O mais comum é que os pacientes tenham alergia1 na pele9, mas elas também podem ocorrer nas vias respiratórias e outros locais do corpo.
As erupções cutâneas10 do estresse geralmente surgem como protuberâncias vermelhas chamadas de urticárias. Elas podem afetar qualquer parte do corpo, mas o mais comum é que se localizem no rosto, no pescoço11, no peito12 ou nos braços, e podem variar de pequenos pontos avermelhados a grandes vergões, e/ou podem se organizar em aglomerados, formando placas13 que podem coçar ou dar uma sensação de queimação ou formigamento.
Além desses sintomas7, pode haver também problemas respiratórios, como espirros, tosses, coriza14 e asma15, além de insônia.
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Como manejar a alergia1 emocional?
O paciente deve se utilizar de alguma técnica para reduzir os fatores emocionais atuantes. O estresse pode ser reduzido por meio de exercícios ou da prática de relaxamentos, os quais podem ajudar a diminuir a pressão arterial17, a frequência cardíaca, a frequência respiratória, o consumo de oxigênio, os níveis de adrenalina18 e o nível do cortisol, que é o hormônio19 do estresse.
Embora a redução do estresse não seja a principal maneira de tratar a alergia1 emocional, deve-se pensar nele como um fator contribuinte de todas elas. Por isso, o acompanhamento psicológico é sempre aconselhável.
As pessoas próximas podem ficar surpresas e não dar importância quando os pacientes são acometidos por uma alergia1 emocional, por desconhecerem o motivo que causou a sua sensibilidade especial. Entretanto, no tratamento, a compreensão e apoio das demais pessoas é fator importante para se obter bons resultados.
Como evolui a alergia1 emocional?
Com o passar dos anos, é frequente que a alergia1 emocional deixe de acontecer. Isso, contudo, não é uma regra absoluta e ela pode persistir mesmo em pessoas idosas, especialmente susceptíveis.
Como prevenir a alergia1 emocional?
É muito difícil prevenir a alergia1 emocional, mas ela talvez possa ser minimizada se o paciente conseguir adotar técnicas eficazes de controle da ansiedade e do estresse.
Quais são as complicações possíveis com a alergia1 emocional?
Se o paciente tiver uma alergia1 somática séria e estiver sob muito estresse, sua resposta pode ser exagerada, de modo a resultar em sintomas7 mais graves, como dificuldade de respirar, choque anafilático20 e mesmo morte, embora isso só aconteça muito raramente.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Cleveland Clinic e da Mayo Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.