Eczema - conceito, sintomas, formas, diagnóstico, tratamento e prevenção
O que é eczema1?
O eczema1, também chamado dermatite2, é um termo que engloba um grupo de condições médicas que fazem com que a pele3 fique inflamada ou irritada. Quando se fala em eczema1, não se está referindo a uma única doença, mas sim a um conjunto de problemas de natureza inflamatória.
Ele pode ser agudo4, subagudo5 ou crônico6. O tipo mais comum de eczema1 é chamado de dermatite2 atópica e é uma condição crônica que faz com que a pele3 fique com coceira, vermelha e inflamada.
Quais são as causas do eczema1?
A causa exata do eczema1 permanece desconhecida. No entanto, sabe-se que ele pode ser desencadeado por vários fatores. Parece seguro atribuir uma participação hereditária, já que 50% a 70% dos doentes relatam terem familiares com eczema1. Frequentemente o eczema1 acontece como resultado de alergia7 a uma substância que tenha entrado em contato com a pele3 ou a um medicamento que tenham sido ingerido.
Além disso, pode também acontecer devido à temperatura ambiente muito quente ou muito fria, o que pode tornar a pele3 mais seca, ou também ser desencadeado pelo estresse ou drogas imunossupressoras. A transpiração8 excessiva e o ar-condicionado parecem favorecer a eclosão das lesões9.
Leia sobre "Dermatite seborreica10", "Dermatite2 atópica" e "Prurido11 ou coceira".
Qual é o substrato fisiopatológico do eczema1?
O eczema1 surge em virtude de uma disfunção da barreira cutânea12. Essa disfunção depende de uma combinação de fatores endógenos e exógenos. Adicionalmente, esses fatores parecem ser influenciados pelos microrganismos que colonizam a pele3. Assim, a resposta inflamatória no eczema1 deve-se a uma resposta imunitária aberrante a antígenos13 que fazem contato com a pele3.
Quais são as características clínicas do eczema1?
O eczema1 pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em crianças. Os sintomas14 incluem pele3 seca, coceira, vermelhidão, inchaço15 e formação de crostas na pele3.
A forma aguda do eczema1 tem lesões9 que começam com marcas avermelhadas e bolhinhas de água na superfície que, ao se romperem, eliminam um líquido claro, o que caracteriza a fase subaguda16 do eczema1. Já na fase crônica, a secreção começa a secar, levando à formação das crostas. Nessa etapa, observa-se também o aumento da espessura da pele3. Nos casos graves, bolhas de maior volume podem se formar.
Existem seis formas diferentes de eczema1:
- Eczema1 atópico ou dermatite2 atópica: é um eczema1 que aparece em áreas específicas do corpo como face17, dobras de braços e pernas. O eczema1 atópico, em geral, começa a partir do segundo mês de vida e pode se manifestar em surtos intermitentes18 por toda vida do paciente. Nesse tipo de eczema1, a coceira é o sintoma19 mais importante, sendo um dos dados que contribuem para o diagnóstico20 diferencial. Fatores genéticos e imunológicos favorecem essa dermatose21.
- Eczema1 de contato ou dermatite2 de contato: surge após o contato de certos materiais ou produtos com a pele3 da pessoa. Algumas substâncias presentes nesses materiais ou produtos causam o eczema1 por terem a capacidade de provocar danos nas células22 da pele3 ou por gerarem uma reação alérgica23 do organismo contra elas. Nos dois casos, as reações se manifestam como eczema1. As localizações mais frequentes da doença são mãos24, face17, pescoço25 e pés.
- Eczema1 por droga ingerida: o eczema1 por drogas ocorre quando o paciente ingere uma droga ou medicamento que provoca uma reação eczematosa na pele3. Antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos26 e outras classes de drogas podem desencadear esse tipo de reação.
- Eczema1 numular: caracteriza-se por placas27 simétricas distribuídas por várias partes do corpo. A causa ainda é desconhecida. Muitos autores consideram o eczema1 numular como uma parte integrante do quadro de dermatite2 atópica.
- Eczema1 de estase28: localizado nas pernas, de modo simétrico e associado a varizes29 de membros inferiores. A má nutrição30 do tecido31, decorrente do comprometimento da circulação32 local, favorece o aparecimento desse tipo de eczema1.
- Eczema1 desidrótico: caracterizado por pequenas bolhas que surgem nas mãos24 e nos pés. Pode ter várias causas, como o eczema1 atópico, a dermatite2 de contato, farmacodermia eczematosa, etc. Além disso, pode haver a presença de micose33 nos pés e bolhas nas mãos24, como uma reação alérgica23 ao fungo34 presente na região plantar. Existe um tipo de disidrose chamada idiopática35, ou seja, sem causa determinada, que está relacionada ao estresse emocional.
Como o médico diagnostica o eczema1?
Não há nenhum exame específico para diagnosticar o eczema1. O diagnóstico20 é eminentemente36 clínico e obtido pela história que o paciente conta ao médico e pela observação das lesões9. A diferenciação entre as diversas formas clínicas do eczema1 nem sempre é fácil. O paciente pode ter apenas uma forma aguda, subaguda16 ou crônica, não sendo necessário observar-se todas as fases para se fazer um diagnóstico20 de eczema1.
Alguns exames clínicos podem ser usados para excluir patologias concorrentes e para determinar fatores subjacentes à doença.
Como o médico trata o eczema1?
O tratamento é realizado de acordo com o tipo de eczema1, em geral oferecendo bom controle para os sintomas14. Embora o eczema1 não tenha cura, é possível manter uma boa qualidade de vida se forem seguidas as orientações específicas para cada caso.
Os medicamentos utilizados podem incluir pomadas hidratantes à base de ureia37, antissépticos38 para as feridas, corticoides tópicos, anti-histamínicos orais, entre outros. Além do tratamento específico, são importantes as orientações que são dadas ao paciente no sentido de evitar ou minimizar as crises, de acordo com o tipo de eczema1.
Algumas boas práticas devem ser aplicadas no dia a dia para conviver melhor com a condição:
- usar hidratante com a pele3 ainda úmida do banho;
- evitar banhos muito quentes;
- caso o paciente precise tomar um segundo banho no mesmo dia, deve fazê-lo sem sabonete;
- evitar lavar constantemente as regiões afetadas;
- usar sabonete neutro de glicerina;
- evitar a exposição a alimentos, objetos e ambientes que podem causar alergia7;
- evitar coçar as feridas;
- e tomar cuidado com o atrito da toalha ao se enxugar após o banho (o melhor é ir enxugando com toques suaves em vez de esfregar a toalha contra a pele3).
É muito importante beber bastante água e outros líquidos, mantendo o organismo bem hidratado.
Como prevenir o eczema1?
A prevenção do eczema1 inclui medidas para evitar a exposição aos alergenos39, materiais e produtos que reconhecidamente provocam os sintomas14.
Veja também sobre "Atopia", "Ictiose", "Corticoides", "Bactérias" e "Fungos".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.