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Insônia. Informações básicas para quem sofre com ela

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O que é insônia?

A insônia se caracteriza pela dificuldade de iniciar ou manter o sono ou pela sensação de não ter um sono reparador. O registro gráfico do sono, tomado em laboratórios especializados (polissonografia1), mostra que a insônia pode ser acompanhada de alterações na indução, na continuidade e na estruturação fisiológica2 do sono.

A insônia geralmente aparece no adulto jovem, mais frequentemente na mulher que no homem e na maioria das vezes tem um desenvolvimento crônico3. É incomum na criança e no adolescente e se torna mais frequente no idoso.

O contrário da insônia é a hipersonia, uma condição em que a pessoa dorme mais que o normal. É o que acontece em certas enfermidades neurológicas e no hipotireoidismo4, por exemplo.

Quais são os tipos de insônia?

A insônia é dita primária quando não é consequência de nenhuma outra doença e secundária quando decorre de uma doença orgânica.

Segundo a duração, pode-se classificar a insônia em transitória, de curta duração, como aquela que acontece em virtude de uma tensão momentânea, intermitente5 quando se alterna com períodos normais de sono e crônica, quando tem uma longa duração.

Também se fala de insônia inicial, quando há dificuldades de iniciar o sono, intermediária, quando se acorda várias vezes durante a noite e terminal quando se desperta muito cedo, pela madrugada.

O reconhecimento desses tipos é importante porque orienta as possíveis causas e tratamentos desta condição.

Quais são as causas da insônia?

As insônias podem ter causas físicas ou psicológicas.

Entre as causas físicas podem ser considerados o excesso de luz ou barulho, cama desconfortável e algumas doenças que causam dor ou dificultam a respiração.

As causas psicológicas podem estar relacionadas a estresse, excesso de preocupações ou emoções (inclusive alegria excessiva), depressão e ansiedade.

Quais são os sinais6 e sintomas7 da insônia?

A pessoa que sofre de insônia apresenta dificuldade para começar a dormir ou para manter o sono. Uma vez adormecida, ou acorda seguidamente durante a noite ou não sente o sono como reparador.

As pessoas que não conseguem dormir em virtude de um desconforto orgânico podem voltar facilmente a pegar no sono se esse desconforto cessar.

As insônias dos neuróticos são principalmente insônias iniciais e aquelas dos deprimidos endógenos tendem a ser insônias terminais. Nas fases maníacas, os pacientes superexcitados não conseguem dormir, podendo mesmo chegar a estados de grande esgotamento.

Como o médico diagnostica a insônia?

A insônia pode ser avaliada com a ajuda de históricos de sono, os quais podem ser obtidos por meio de um diário a ser preenchido pelo paciente ou por seu parceiro de cama. Investigações especializadas do sono podem ser feitas com o paciente dormindo em laboratórios de sono, mas elas só são recomendadas se houver suspeita de que o paciente possa ter desordens primárias do sono.

Como é o tratamento da insônia?

O tratamento da insônia engloba desde a modificação dos hábitos para dormir até o tratamento da causa da insônia. No caso de depressões ou ansiedade podem ser necessários medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos, além de psicoterapia, em alguns casos. Quase todos os ansiolíticos são usados também pelo seu efeito de produzirem sono. Em muitos casos, é necessário tratar as doenças causadoras da insônia.

Algumas medidas podem ajudá-lo a dormir melhor:

  • Evite o consumo de bebidas que contenham cafeína (café, chás, colas, chocolates, etc.).
  • Evite medicamentos que possam ter efeitos estimulantes.
  • Faça exercícios, mas evite fazê-los perto da hora de dormir.
  • Mantenha uma rotina de horários de dormir e de despertar.
  • Use técnicas de relaxamento antes de ir para cama.
  • Tome um banho morno antes de ir para cama.
  • Tome um copo de leite morno antes de ir para cama.
  • Use uma luminosidade confortável. Muita claridade ou pouca luz podem atrapalhar o sono.
  • Escolha um colchão adequado a seu peso e altura.
  • Evite ler, ver TV, trabalhar e conversar no quarto.
  • Se não conseguir dormir em 30 minutos, levante-se e se dedique a alguma atividade.

Quais são as principais consequências das insônias?

  • Sensação de mal-estar e indisposição, no dia seguinte.
  • Sonolência diurna.
  • Diminuição da capacidade de coordenação motora, da concentração, da atenção e da memória.
  • Diminuição da capacidade do sistema imunológico8 no combate às infecções9.
  • Diminuição da capacidade de dirigir veículos automotores e operar máquinas perigosas.
ABCMED, 2012. Insônia. Informações básicas para quem sofre com ela. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/298125/insonia-informacoes-basicas-para-quem-sofre-com-ela.htm>. Acesso em: 25 nov. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Polissonografia: Exame utilizado na avaliação de algumas das causas de insônia.
2 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
3 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
4 Hipotireoidismo: Distúrbio caracterizado por uma diminuição da atividade ou concentração dos hormônios tireoidianos. Manifesta-se por engrossamento da voz, aumento de peso, diminuição da atividade, depressão.
5 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
6 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
7 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
9 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.

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Comentários

11/05/2012 - Comentário feito por Jefferson
Re: Insônia. Informações básicas para quem sofre com ela
Excelente matéria,sofro com a insônia.Fiquei muito feliz pelo modo como vocês expuseram o tema.Foi direto e claro.Obrigado por me ajudarem, vocês são muito competentes.

08/05/2012 - Comentário feito por Cleonice
Re: Insônia. Informações básicas para quem sofre com ela
Gostei muito da materia pois me ajudou bastante. Estive observando que tem pessoas que avacalham na hora de comentar pois tenho certeza que as materias escritas por vcs são de grande valia para todos nós. Estes que falam que não ajudou estão mentindo ou não conhece nada sobre o assunto, e ainda falam besteiras no mundo de hoje. Parece que não sabem para que serve o computador e que tem mtas crianças fazendo pesquisas sobre diversos assuntos. Amei tudo que li e tirei proveito. Nota DEZ.

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