Hipotonia muscular
O que é hipotonia1 muscular?
A hipotonia1 muscular é um estado de baixo tônus muscular e baixa resistência ao alongamento do músculo, geralmente envolvendo redução da força muscular. A hipotonia1 pode ser uma condição por si só ou pode ser devida a uma doença subjacente. Nesses casos, é uma manifestação potencial de muitas doenças e distúrbios diferentes que afetam o controle do nervo motor pelo cérebro2 ou a força muscular.
A hipotonia1 não é a mesma coisa que fraqueza muscular. A hipotonia1 é uma falta ou diminuição de resistência ao movimento passivo, enquanto a fraqueza muscular resulta em um movimento ativo prejudicado, mesmo com tônus normal.
Há dois tipos de hipotonia1: (1) a hipotonia1 central, que se origina do sistema nervoso central3 e a (2) a hipotonia1 periférica, que está relacionada a problemas na medula espinhal4, nervos periféricos e/ou músculos5 esqueléticos.
Quais são as causas da hipotonia1 muscular?
A hipotonia1 pode ser causada por uma variedade de condições, incluindo aquelas que envolvem o sistema nervoso central3, distúrbios musculares e distúrbios genéticos. Algumas causas comuns podem incluir, mas não estão limitadas a essas causas:
- Síndrome de Down6
- Distrofia7 muscular
- Paralisia8 cerebral
- Síndrome9 de Prader-Willi
- Distrofia7 miotônica
- Síndrome9 de Marfan
- Doença de Tay-Sachs
Qual é o substrato fisiopatológico da hipotonia1 muscular?
Acredita-se que a hipotonia1 esteja associada à interrupção da entrada aferente dos receptores de estiramento e/ou à falta da influência eferente facilitadora do cerebelo10 no sistema fusimotor do músculo, o sistema que inerva as fibras musculares11 intrafusais, controlando assim a sensibilidade do fuso muscular.
Conheça mais sobre "Paralisia8 cerebral", "Tônus muscular12", "Atrofia13 muscular", "Astenia14" e "Síndrome da cauda equina15".
Quais são as características clínicas da hipotonia1 muscular?
A hipotonia1 muscular é detectada durante a infância. Um bebê com hipotonia1 exibe uma sensação de moleza ou sensação de "boneca de pano" quando é segurado. Por isso, a hipotonia1 severa na infância é comumente conhecida como “síndrome do bebê flexível”.
O bebê pode ficar para trás na aquisição de certos marcos de desenvolvimento motor que permitem a ele manter a cabeça16 erguida quando colocado de bruços, equilibrar-se ou sentar-se e permanecer sentado sem cair. Há também uma tendência à ocorrência de luxações de quadril, mandíbula17 e pescoço18.
Algumas crianças com hipotonia1 podem ter problemas para se alimentar, se não conseguirem sugar ou mastigar por longos períodos. Uma criança com hipotonia1 também pode ter problemas de fala ou apresentar respiração superficial.
Como o médico diagnostica a hipotonia1 muscular?
O reconhecimento da hipotonia1, mesmo na primeira infância, é relativamente simples, mas o diagnóstico19 da causa subjacente pode ser difícil e malsucedido. No exame físico, observa-se uma resistência diminuída ao movimento passivo e os músculos5 podem ficar anormalmente moles e flácidos à palpação20. Também podem ser observados reflexos tendinosos profundos diminuídos.
A hipotonia1 é uma condição que pode ser ajudada com uma intervenção precoce.
Como o médico trata a hipotonia1 muscular?
Atualmente, não há tratamento ou cura conhecidos para a hipotonia1, e as manifestações dela podem durar a vida toda. O resultado em um caso particular de hipotonia1 depende muito da natureza da doença subjacente.
Em alguns casos, o tônus muscular melhora com o tempo ou o paciente pode criar mecanismos de enfrentamento que o ajudem a superar os aspectos mais incapacitantes do distúrbio. No entanto, a hipotonia1 causada por disfunção cerebelar ou doenças do neurônio motor pode ser progressiva e potencialmente fatal.
Juntamente com o atendimento pediátrico normal, o atendimento de uma criança com hipotonia1 deve incluir:
- neurologistas
- neonatologistas
- geneticistas
- terapeutas ocupacionais
- fisioterapeutas
- fonoaudiólogos terapeutas
- ortopedistas
- patologistas
- cuidados de enfermagem especializados
Se a causa subjacente for conhecida, o tratamento deve ser feito para a doença específica, acompanhado por terapia sintomática21 e de suporte para a hipotonia1. Em casos muito graves, o tratamento pode ser principalmente de suporte, como assistência mecânica às funções vitais básicas como respiração e alimentação, fisioterapia22 para prevenir atrofia13 muscular e manter a mobilidade articular e medidas para tentar prevenir infecções23 oportunistas, como pneumonia24.
Os tratamentos para melhorar o estado neurológico podem envolver medicamentos para um distúrbio convulsivo, medicamentos ou suplementos para estabilizar um distúrbio metabólico ou cirurgia para ajudar a aliviar a pressão da hidrocefalia25, por exemplo, se for o caso.
A fisioterapia22 pode melhorar o controle motor e a força corporal geral em indivíduos com hipotonia1. Um fisioterapeuta pode desenvolver programas de treinamento específicos para o paciente para otimizar o controle postural, a fim de aumentar o equilíbrio e a segurança, e usar técnicas de estimulação neuromuscular, facilitando ou intensificando a contração muscular em pacientes com hipotonia1. Para pacientes26 que demonstram fraqueza muscular, são indicados exercícios de fortalecimento da hipotonia1, que não sobrecarreguem os músculos5. A estimulação elétrica também pode ser usada para ativar os músculos5 hipotônicos, melhorar a força e gerar movimento em membros paralisados, evitando a atrofia13 por desuso.
A terapia ocupacional27 pode ajudar o paciente a aumentar a independência nas tarefas diárias por meio da melhoria das habilidades motoras, força e resistência funcional. A terapia de fala e linguagem pode ajudar com qualquer dificuldade de respiração, fala e/ou deglutição28 que o paciente possa ter.
A terapia para bebês29 e crianças pequenas também pode incluir programas de estimulação sensorial. Um fisioterapeuta pode recomendar uma órtese30 de tornozelo31 ou pé para ajudar o paciente a compensar os músculos5 fracos da perna.
Alguns distúrbios têm um tratamento específico, mas o principal tratamento para a maioria das hipotonias de causa idiopática32 ou neurológica é a fisioterapia22 e/ou terapia ocupacional27 para remediação.
Como evolui a hipotonia1 muscular?
Os efeitos a longo prazo da hipotonia1 no desenvolvimento e na vida posterior de uma criança dependem principalmente da gravidade da fraqueza muscular e da natureza da causa.
Leia também sobre "Fisioterapia22", "Reeducação postural global (RPG)", "Reabilitação funcional" e "Terapia ocupacional27".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do NHS – National Health Service (UK) e da Cleveland Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.