Hipertonia em bebês
O que é hipertonia1 em bebês2?
O tônus muscular3 é o estado de contratilidade em que os músculos4 se encontram. Hipertonia1 é o aumento do tônus muscular3 normal, comum nos músculos4 dos membros superiores e inferiores de bebês2. Todos os bebês2 nascem com uma hipotonia5 axial (parte central do corpo) e uma hipertonia1 dos membros superiores e inferiores, mas à medida que se desenvolvem, ambas as condições devem desaparecer entre o 3º e o 18º mês de vida. Caso contrário, isso pode envolver um problema que exigirá tratamento.
Quais são as causas da hipertonia1 anormal em bebês2?
A hipertonia1 é mais frequente em bebês2 prematuros, pois seus músculos4 ainda não estavam prontos para nascer e, à medida que amadurecem fora do ambiente líquido do útero6 da mãe, eles o fazem de maneira diferente do normal. Como no útero6 o bebê ficou flexionado, a hipertonia1 dos músculos4 extensores é normal em bebês2 nascidos antes da 32ª semana de gestação. No entanto, a hipertonia1 pode acontecer também nos bebês2 nascidos a termo (após 37 semanas de gestação) porque o sistema nervoso7 deles ainda não está completamente amadurecido.
Quais são as principais características clínicas da hipertonia1 em bebês2?
Há uma hipertonia1 transitória benigna que desaparece por volta dos 18 meses de vida e não é causada por nenhum dano cerebral. Por outro lado, se ela se torna mais prolongada ou se é permanente, geralmente é devida a lesões8 cerebrais.
Os principais sinais9 e sintomas10 da hipertonia1 são:
- Bebê está em constante tensão.
- Mantém punhos cerrados e apertados.
- As pernas ficam em flexão tripla ou extensão total.
- Os pés em flexão plantar e com os dedos flexionados e apertados.
- Bebê geralmente é muito ereto11 desde o nascimento e com grande força no pescoço12.
- Bebê oferece resistência ao tentar mover um de seus membros.
- Apresenta-se em contração permanente e perde a elasticidade13, o que pode causar contraturas e deformidades esqueléticas.
A hipertonia1 patológica em lactentes14 geralmente é um dos sintomas10 que leva ao diagnóstico15 de paralisia16 cerebral, embora se saiba que a hipertonia1 também pode ser causada por uma variedade de outros fatores. As lesões8 comuns que ocorrem no útero6, durante o parto ou logo após o parto que levam à hipertonia1 incluem: lesões8 na cabeça17, infecção18 no sistema nervoso central19, falta de oxigênio, acidente vascular20 encefálico, desnutrição21 e ingestão de metais pesados. Bebês2 com sinais9 de hipertonia1 grave devem estar sob os cuidados de um médico qualificado o mais rápido possível, para evitar complicações. Levá-los ao neuropediatra é fundamental para avaliação e acompanhamento adequados. A hipertonia1, com ou sem paralisia16 cerebral, pode resultar em cuidados médicos e fisioterápicos de longo prazo.
Saiba mais "Paralisia16 cerebral infantil", "Microcefalia22" e "Meningites23".
Como o médico diagnostica a hipertonia1 em bebês2?
Após uma cuidadosa história clínica são realizados o exame físico geral e o exame neurológico. Os dados do exame físico geral podem dar pistas sobre o diagnóstico15 neurológico. A presença de alterações no histórico de saúde24 e ao exame neurológico leva à classificação sindrômica desses achados.
Como o médico trata a hipertonia1 em bebês2?
Para tratar a hipertonia1 fisiológica25, é essencial que o bebê seja assistido por um fisioterapeuta. As crianças têm a capacidade de redirecionar seus cérebros se começarem a terapia suficientemente cedo. Mas também há exercícios que os pais podem fazer em casa, sempre sob orientação de profissionais qualificados para evitarem danos maiores ao bebê e ao seu desenvolvimento: massagens relaxantes nas extremidades; movimentação de todas as articulações26, especialmente as das extremidades; verificação da higiene postural da criança para evitar deformidades na coluna e estímulo sensorial com vários objetos que devem ser passados em suas extremidades.
Como evolui a hipertonia1 em bebês2?
A tensão muscular sustentada interfere com o desenvolvimento normal das habilidades motoras da criança e pode levar a um atraso no desenvolvimento físico. A hipertonia1 fisiológica25 geralmente desaparece com o tempo.
Quais são as complicações possíveis da hipertonia1 em bebês2?
O fato de o músculo estar em contração contínua faz com que, ao longo do tempo, ele perca sua elasticidade13, terminando em contraturas, se não for tratado. Isso leva à presença de desalinhamentos ósseos que podem gerar deformidades esqueléticas, como pé torto ou flexão de joelho, por exemplo. É importante detectar o problema e fazer o tratamento correto a tempo de evitar essas consequências.
Leia também "Teste de Apgar", "Baixo peso ao nascer" e "Hipoglicemia27 neonatal".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.