Rompimento de um vaso sanguíneo
O que acontece quando um vaso sanguíneo se rompe?
O sangue1 de uma pessoa normalmente fica contido dentro do sistema vascular2. Quando um vaso se rompe ou é seccionado, num corte, por exemplo, o sangue1 extravasa para fora desse continente e ocorre uma hemorragia3.
As características clínicas e as repercussões dessa hemorragia3 dependem de vários fatores: se o vaso danificado foi uma artéria4 ou uma veia; do local em que ocorre; se foi um vaso de grande, médio ou pequeno calibre ou um capilar5; se o sangue1 flui para o exterior do corpo (hemorragia3 externa) ou para órgãos ou cavidades no interior do corpo (hemorragia3 interna).
Algumas hemorragias6 são simples e autorresolutivas e outras são graves e devem ser objeto de atenção médica urgente, podendo mesmo levar à morte. O nível baixo da coagulabilidade do sangue1 (hemofilia7, plaquetopenia8, uso de anticoagulantes9, etc.) adiciona outras variáveis à hemorragia3.
É comum adjetivar-se a hemorragia3 de acordo com o local em que ocorre: hemorragia3 nasal, hemorragia3 gástrica, hemorragia3 cerebral, etc. Embora não haja uma correspondência absoluta entre a localização e o volume da hemorragia3, ela sugere uma correlação aproximada entre as duas coisas.
Saiba mais sobre "Plaquetas10 baixas - o que fazer", "Hemorragia digestiva alta11" e "Hemorragia3 pós-parto".
Quais são as causas e consequências do rompimento de um vaso sanguíneo?
São muitas as razões pelas quais um vaso sanguíneo pode se romper: traumatismos violentos, ruptura de aneurismas arteriais ou de varizes12 dos membros inferiores ou do esôfago13, secção acidental ou criminosa de vasos sanguíneos14, tosse violenta, espirros poderosos, fragilidade constitucional dos vasos, etc. Em alguns casos, a pressão elevada dentro do sistema circulatório15 arterial (pressão arterial16) é um importante fator contribuinte para a formação de aneurismas e a ruptura de um vaso arterial.
As consequências do rompimento de um vaso sanguíneo dependem em grande parte do calibre e localização dele. O sangramento resultante pode variar desde hemorragias6 subcutâneas mínimas que aparecem apenas como pontilhados escuros na pele17 (petéquias18) até volumosos sangramentos como os que ocorrem, por exemplo, nas seções da artéria4 femoral.
Enquanto as primeiras são, em si mesmas, irrelevantes e só adquirem sua importância como sinal19 de alguma doença subjacente, a outra pode levar à morte.
Algumas formas mais comuns de hemorragias6 são os extravasamentos subcutâneos de maior volume que as petéquias18, chamadas púrpuras20, e as manchas roxas na pele17, chamadas também hematomas21 ou equimoses22, em geral devido a traumatismos.
Quais são as características clínicas do rompimento de um vaso sanguíneo?
Mais comumente, o rompimento de uma veia é representado pelo rompimento de varizes12, mas pode ser também devido a um trauma ou corte. A consequência imediata é a perda de grande quantidade de sangue1 que em casos graves pode levar à morte. Portanto, trata-se em geral de uma urgência23 médica. Também não é infrequente que haja o rompimento de uma veia no cérebro24, causando um acidente vascular cerebral25.
Já os rompimentos arteriais em geral são devidos a uma pressão arterial16 muito elevada. As consequências desse rompimento dependem do calibre do vaso rompido e do local onde ele se deu. O rompimento de uma pequena artéria4 do coração26 ou do cérebro24 pode levar a consequências graves ou à morte e esse rompimento com idênticas consequências pode ser ocasionado pelo rompimento de um aneurisma27 da aorta28 ou um rompimento acidental da artéria4 femoral.
Tão logo ocorra um sangramento, como decorrência da ruptura de um vaso sanguíneo, se inicia naturalmente o processo de hemostasia29. O processo da hemostasia29 é mobilizado pela lesão30 vascular2 que ocasiona a hemorragia3. A primeira coisa que ocorre é uma vasoconstrição31, que reduz o fluxo sanguíneo no vaso lesado. Em seguida, as plaquetas10 e os fatores de coagulação32 formam um tampão, que perdura até que o tecido33 vascular2 lesado se regenere, por ação dos fibroblastos34 e, em seguida, o sistema fibrinolítico35, pela lise36 progressiva do coágulo37 dissolve o trombo38, enquanto o vaso se regenera. A eficiência deste sistema de eventos depende de uma ação localizada, da não extensão e da rapidez do processo.
Se a lesão30 ocasionada ao vaso é de pequena monta, esse processo dá conta de estancar o sangramento. Mas, se é de maiores proporções, uma intervenção médica frequentemente urgente se faz necessária.
Leia sobre "Púrpura39", "Púrpura39 trombocitopênica imune", "Aneurisma27 de aorta abdominal40", "Aneurisma27 cerebral" e "Aneurisma27 da artéria4 coronária".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic Proceedings e da Mayo Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.