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Púrpura: o que é? Quais as causas? E os sintomas? Como é feito o diagnóstico? E o tratamento? Existe prevenção?

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O que é púrpura1?

Púrpura1 é uma condição em que há extravasamento de sangue2 para a pele3 ou mucosas4, ocasionando manchas arroxeadas indolores, de tamanhos variáveis. Se essas manchas forem muito pequenas e em grande número são chamadas petéquias5 e quando maiores são ditas equimoses6. Existem púrpuras7 ditas trombocitopênicas, em que há diminuição das plaquetas8 - também chamadas de trombócitos9 - (células sanguíneas10 que iniciam o processo de coagulação11 do sangue2, fechando as pequenas hemorragias12) e púrpuras7 não-trombocitopênicas, em que não há diminuição das plaquetas8.

Há uma modalidade de púrpura1, chamada púrpura1 trombocitopênica idiopática13. O termo púrpura1 é relacionado às principais manifestações da enfermidade (manchas cutâneas14 de cor púrpura1, arroxeadas); trombocitopênica, faz referência à queda do número de plaquetas8 e à dificuldade de coagulação11 do sangue2 e idiopática13 refere-se ao fato de que a causa da doença ainda não tenha sido identificada.

Quais são as causas da púrpura1?

A púrpura1 tanto pode ser causada pela ruptura de capilares15 (pequeníssimos vasos do sistema circulatório16), chamada genericamente de "fragilidade capilar17" ou por um distúrbio das plaquetas8. A ruptura dos capilares15 ocorre nas formas simples de púrpura1, geralmente ocasionada por traumatismo18 na pele3 ou nas mucosas4. Os motivos dessa fragilidade compreendem causas alérgicas, hormonais e genéticas, assim como deficiência de vitamina19 C e envelhecimento (púrpura1 senil). Em alguns casos não é possível determinar uma causa específica. O distúrbio das plaquetas8 tanto pode ser quantitativo (diminuição do número normal de plaquetas8) como qualitativo (modificações na estrutura delas). Se constatada uma diminuição das plaquetas8, cabe ao médico tentar determinar a causa disso ou a impossibilidade de determiná-la. O número das plaquetas8 pode diminuir em virtude de doenças da medula óssea20 ou se o tecido21 formador de plaquetas8 tiver sido destruído por quimioterapia22 ou radioterapia23 ou, ainda, se elas se tornarem vítimas de destruição acelerada. Os defeitos de função, por seu turno, podem ter causas adquiridas, como a insuficiência renal24 crônica ou certos medicamentos.

A púrpura1 trombocitopênica idiopática13 é uma enfermidade autoimune25 rara (1/10.000), que incide mais nas mulheres em que nos homens e que se caracteriza clinicamente pelo extravasamento espontâneo de sangue2 para fora dos vasos sanguíneos26, devido à diminuição do número de plaquetas8 ou a defeitos estruturais delas. As crianças podem apresentar uma forma aguda da doença, em geral decorrente de um quadro infeccioso viral.

Quais são os principais sinais27 e sintomas28 da púrpura1?

Os sintomas28 mais notórios da púrpura1 comum são manchas arroxeadas na pele3 e mucosas4, de aparecimento pós-traumático ou espontâneo. Nas pernas e coxas29 de mulheres e crianças essas manchas podem aparecer mesmo sem traumatismos ou com traumatismos de mínima intensidade. Com o passar do tempo, essas manchas vão mudando suas tonalidades e passam do roxo ao marrom e ao amarelado, até desaparecerem. A púrpura1 trombocitopênica idiopática13 pode permanecer assintomática por certo tempo se a queda de plaquetas8 não as leva abaixo de 50.000/ml. Porém, abaixo disso, além das manchas roxas na pele3 e/ou mucosas4 também podem ocorrer epistaxe30 (sangramento pelo nariz31), sangramento nas gengivas ou gastrointestinais e no trato urinário32, bem como dores nas pernas e articulações33, junto com hemorragias12 ou coagulação11 mais lenta do sangue2. Mais raramente, ocorrem edemas34 e dores nas pernas e hemorragias12 menstruais. Na púrpura1 trombocitopênica idiopática13 pode ocorrer aumento do baço35 (esplenomegalia36), mas é muito raro que isso aconteça.

Como o médico diagnostica a púrpura1?

Uma história clínica bem feita revelará se o extravasamento sanguíneo é único ou se existem outros e investigará os dois fatores causais principais da púrpura1: o próprio capilar17 ou o distúrbio da hemostasia37 (capacidade do organismo estancar sangramento) devido a um defeito ou baixo número de plaquetas8, que pode ser detectado por meio de um simples exame de sangue2 ou através de testes que estudem a função dessas células38. É importante fazer-se um cuidadoso diagnóstico39 diferencial porque outras enfermidades como AIDS, lúpus40, leucemias e certas infecções41 virais também podem ocasionar queda no número de plaquetas8.

Como o médico trata a púrpura1?

O tratamento da púrpura1 dependerá da sua causa. Sintomaticamente, podem ser usados alguns cremes ou pomadas com o objetivo de facilitar a reabsorção do sangue2 extravasado. As púrpuras7 simples, traumáticas, tendem a desaparecer espontaneamente. A púrpura1 trombocitopênica idiopática13 é de tratamento mais complicado. Costuma-se usar corticoides para diminuir a destruição das plaquetas8. A imunoglobulina42 em altas doses poder ser usada por via venosa, como meio de conter sangramentos agudos. Nos casos mais severos pode ser aconselhável a remoção cirúrgica do baço35, órgão que fabrica anticorpos43 que causam a destruição das plaquetas8. As transfusões de plaquetas8 só são indicadas em caso de risco iminente de morte, uma vez que elas serão destruídas muito rapidamente.

Como prevenir a púrpura1?

A púrpura1 não é uma manifestação de doença grave, apesar dos transtornos estéticos que possa acarretar.

A pessoa com púrpura1 trombocitopênica idiopática13 deve evitar atividades em que possa haver traumas ou impactos.

Como evolui a púrpura1?

A púrpura1 simples quase sempre evolui para uma remissão completa, independentemente de tratamento.

A púrpura1 trombocitopênica idiopática13, tratada apropriadamente, em geral também tem bom prognóstico44.

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da American Association of Dermatology, do site The Dermatology Specialists e do site da Primary Care Dermatology Society.

ABCMED, 2013. Púrpura: o que é? Quais as causas? E os sintomas? Como é feito o diagnóstico? E o tratamento? Existe prevenção?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/pele-saudavel/379449/purpura-o-que-e-quais-as-causas-e-os-sintomas-como-e-feito-o-diagnostico-e-o-tratamento-existe-prevencao.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Púrpura: Lesão hemorrágica de cor vinhosa, que não desaparece à pressão, com diâmetro superior a um centímetro.
2 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
3 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
4 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
5 Petéquias: Pequenas lesões da pele ou das mucosas, de cor vermelha ou azulada, características da púrpura. São lesões hemorrágicas, que não desaparecem à pressão, cujo tamanho não ultrapassa alguns milímetros.
6 Equimoses: Manchas escuras ou azuladas devido à infiltração difusa de sangue no tecido subcutâneo. A maioria aparece após um traumatismo, mas pode surgir espontaneamente em pessoas que apresentam fragilidade capilar ou alguma coagulopatia. Após um período de tempo variável, as equimoses desaparecem passando por diferentes gradações: violácea, acastanhada, esverdeada e amarelada.
7 Púrpuras: Lesões hemorrágicas de cor vinhosa, que não desaparecem à pressão, com diâmetro superior a um centímetro.
8 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
9 Trombócitos: Células em formato de discos e que não apresentam núcleo. São formadas no megacariócito e são encontradas no sangue de todos os mamíferos. Encontram-se envolvidas principalmente na coagulação sangüínea. Sinônimos: Trombócitos
10 Células Sanguíneas: Células encontradas no líquido corpóreo circulando por toda parte do SISTEMA CARDIOVASCULAR.
11 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
12 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
13 Idiopática: 1. Relativo a idiopatia; que se forma ou se manifesta espontaneamente ou a partir de causas obscuras ou desconhecidas; não associado a outra doença. 2. Peculiar a um indivíduo.
14 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
15 Capilares: Minúsculos vasos que conectam as arteríolas e vênulas.
16 Sistema circulatório: O sistema circulatório ou cardiovascular é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
17 Capilar: 1. Na medicina, diz-se de ou tubo endotelial muito fino que liga a circulação arterial à venosa. Qualquer vaso. 2. Na física, diz-se de ou tubo, em geral de vidro, cujo diâmetro interno é diminuto. 3. Relativo a cabelo, fino como fio de cabelo.
18 Traumatismo: Lesão produzida pela ação de um agente vulnerante físico, químico ou biológico e etc. sobre uma ou várias partes do organismo.
19 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
20 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
21 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
22 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
23 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
24 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
25 Autoimune: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
26 Vasos Sanguíneos: Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
27 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
28 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
29 Coxas: É a região situada abaixo da virilha e acima do joelho, onde está localizado o maior osso do corpo humano, o fêmur.
30 Epistaxe: Hemorragia de origem nasal.
31 Nariz: Estrutura especializada que funciona como um órgão do sentido do olfato e que também pertence ao sistema respiratório; o termo inclui tanto o nariz externo como a cavidade nasal.
32 Trato Urinário:
33 Articulações:
34 Edemas: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
35 Baço:
36 Esplenomegalia: Aumento tamanho do baço acima dos limites normais
37 Hemostasia: Ação ou efeito de estancar uma hemorragia; mesmo que hemóstase.
38 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
39 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
40 Lúpus: 1. É uma inflamação crônica da pele, caracterizada por ulcerações ou manchas, conforme o tipo específico. 2. Doença autoimune rara, mais frequente nas mulheres, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico. Nesta patologia, a defesa imunológica do indivíduo se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, podem confundir e retardar o diagnóstico. Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especializados no assunto.
41 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
42 Imunoglobulina: Proteína do soro sanguíneo, sintetizada pelos plasmócitos provenientes dos linfócitos B como reação à entrada de uma substância estranha (antígeno) no organismo; anticorpo.
43 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
44 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.

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Comentários

28/07/2016 - Comentário feito por Flaviana
O melhor a se fazer com suspeita de púr...
O melhor a se fazer com suspeita de púrpura é procurar ajuda médica. Tive a doença aos oito anos de idade fiquei internada 14 dias, fiz transfusão de sangue e estou curada. É uma doença perigosa.

31/05/2016 - Comentário feito por Issa
Tive essa doença com 14 anos , no come&c...
Tive essa doença com 14 anos , no começo era apenas nas pernas, com medo escondi dos meus pais , mas logo tive que contar pois estava subindo , e minhas pernas estavam horríveis, quando cheguei no hospital o medico me xingou, pois eu podia ter morrido , isso iria subir ate a garganta e me poderia me sufocar , fiquei 8 dias internada tomando um remédio chamado corticoide e foi desaparecendo ,o medico falou que poderia voltar daqui a 5 anos graças a Deus ja se passaram 7 anos e estou bem ! Por isso não deixe de ir ao medico , qualquer suspeita corra pra um hospital !

25/05/2016 - Comentário feito por iva
Minha filha vai fazer um ano com essa doen&cced...
Minha filha vai fazer um ano com essa doença, ela faz acompanhamento todo mês ela tem treze anos e já se fala em cirurgia, estou muito preocupada e não vejo a hora que isso acabe, pois ela é minha unica filha e não aguento mias vê-la sofrer.

21/10/2015 - Comentário feito por alana
gostei de saber da história da pú...
gostei de saber da história da púrpura, póis um filho de uma amiga minha está internado por causa dessa doença, por isso que eu quis pesquisar sobre a púrpura

01/06/2014 - Comentário feito por Dina
minha prima morreu com essa doença, qdo ...
minha prima morreu com essa doença, qdo foi diagnosticado com 15 dias veio a falecer, foi feito ate transfusão de sangue mas não resolveu

16/05/2014 - Comentário feito por edna
ola estou muito preocupada faz algum tempo que ...
ola estou muito preocupada faz algum tempo que apresento manchas roxas pelo corpo nas pernas braços e são muitos sem que eu bata ou machuque e não sinto dores,e agora esou tento dores nos ombros esquerdo e braço sinto fraqueza.

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