Quais medicamentos podem ou não podem ser tomados durante a gravidez?
Medicamentos e gravidez1
A gravidez1 é um período especial da vida em que certos remédios devem ser tomados em benefício da mulher e do feto2 em gestação e outros devem ser evitados ou definitivamente proscritos para não gerarem situações (às vezes graves) em desfavor de ambos. A maioria dos medicamentos tomados durante a gravidez1 atravessa a placenta e atinge o bebê, tendo efeitos também sobre eles. Em cerca de 50% dos casos, as gravidezes são não-planejadas e encontram muitas mulheres tomando remédios. A questão, então, é se eles devem ser interrompidos ou não.
Alguns medicamentos são seguros durante a gravidez1; outros não, e seus efeitos sobre a grávida ou sobre o bebê podem ser deletérios. Pelo contrário, há também remédios benéficos e até necessários durante a gestação. Na verdade, alguns desses incentivos e proibições devem começar ainda antes da gravidez1 ter início, quando a mulher está apenas planejando ficar grávida. A mulher que está planejando uma gravidez1 deve consultar um médico para se informar sobre que medicamentos podem ou não podem ser tomados e quais são convenientes ou necessários durante a gestação.
Mais da metade das mulheres que engravidam estão tomando medicamentos ou usando drogas lícitas (como tabaco e álcool, por exemplo) ou ilícitas3 (maconha, cocaína, crack, etc.). Aproximadamente 2 a 3% de todas as deficiências congênitas4 resultam de medicamentos ou drogas tomadas durante a gravidez1. Por isso, como regra geral, nenhum medicamento deve ser tomado durante a gravidez1, a menos que aconselhados ou permitidos pelo médico.
Alguns medicamentos podem ser indispensáveis para um bom desenvolvimento do feto2 e para a saúde5 da grávida. Nesses casos, devem ser analisados os riscos e benefícios do uso do medicamento.
Saiba mais sobre "Gravidez1", "Teste de gravidez1", "Malformações6 fetais" e "Gestação semana e semana".
Quais medicamentos podem ou não podem ser tomados durante a gravidez1?
Muitas vezes as mulheres adoecem de condições transitórias e às vezes simples (gripes, reações alérgicas, constipação7 intestinal, etc.), mas que demandam algum tipo de medicação. Consulte seu médico sobre quais medicações podem ou não ser utilizadas. Se a grávida adoecer de algo mais grave (hipertensão8, diabetes gestacional9, sangramentos, etc.), o próprio médico escolherá as medicações possíveis.
As vitaminas, em geral são medicações seguras e importantes durante a gestação. Também alguns remédios de ervas e suplementos podem ser tomados sem problemas, mas um grande número de preparações e suplementos fitoterápicos não se mostram seguros. A paciente deve consultar o médico sobre a segurança de tomá-los.
Muitas vezes, certas terapias alternativas podem ser utilizadas em substituição a medicamentos. As náuseas10 do início da gravidez1 podem ser tratadas sem problemas com acupuntura, acupressão, raiz de gengibre e vitamina11 B6. Bebericar a calda grossa de frutas como pêssegos, peras, abacaxis ou laranja também pode ajudar. As dores nas costas12 podem ser manejadas com quiropraxia. Outra opção possível é a massagem, mas é importante certificar-se de que o seu massagista está adequadamente treinado na massagem pré-natal.
Para modificar uma apresentação pélvica13 do bebê, exercícios orientados podem ajudar. Para aliviar as dores do trabalho de parto, as anestesias epidurais são mais eficazes, mas a imersão em um banho quente também colabora. Durante o trabalho de parto, técnicas de relaxamento e respiração, apoio emocional e auto hipnose são amplamente utilizadas. Para algumas mulheres, a acupuntura também pode funcionar.
Mas também há alternativas a serem evitadas porque podem prejudicar a mãe ou o bebê. Algumas podem causar defeitos congênitos14 e, potencialmente, incentivar o parto precoce. Certos suplementos e grandes doses de vitamina11 A (grandes doses podem causar defeitos congênitos14) e alguns óleos essenciais usados em aromaterapia devem ser evitados. Em caso de dúvida sobre qualquer medicação, suplemento ou terapia, consulte seu médico.
Leia sobre "Diabetes gestacional9", "Hipertensão8", "Pré-natal" e "Trabalho de parto".
O ácido fólico e a gravidez1
Há muito se sabe que a suplementação15 dietética com ácido fólico na época da concepção16 reduz o risco de defeitos congênitos14 na prole. O ácido fólico, folato ou vitamina11 B9 é um nutriente essencial e necessário para a replicação do DNA, como substrato para uma gama de reações enzimáticas envolvidas na síntese de aminoácidos e no metabolismo17 da vitamina11. Essa suplementação15 deve ser iniciada pelas mulheres que planejam engravidar, deve ser continuada pelo menos durante os primeiros três meses ou durante toda a gravidez1. Os Institutos Nacionais de Saúde5 dos EUA recomendam que a dose seja de 600 µg de ácido fólico por dia, durante toda a gravidez1, e que seja reduzida a 500 µg durante a lactação18.
As demandas de folato aumentam durante a gravidez1, porque ele também é necessário para o crescimento e desenvolvimento do feto2. A deficiência de folato tem sido associada a anormalidades tanto em mães, como anemia19 e neuropatia periférica20, por exemplo, quanto nos fetos, como anomalias congênitas4. A suplementação15 de ácido fólico na época da concepção16 reduz o risco de defeitos do tubo neural21 na prole.
O folato (vitamina11 B9) é considerado uma das 13 vitaminas essenciais, não pode ser sintetizado pelo corpo e deve ser obtido a partir da dieta ou de suplementação15. Ele é um nutriente encontrado em alimentos como verduras, legumes, gema de ovo22, fígado23 e frutas cítricas. O ácido fólico também pode ser obtido de um suplemento dietético sintético, ser enriquecido artificialmente e estar em vitaminas farmacêuticas.
Leia também sobre "Dieta saudável na gravidez1", "Ácido fólico", "Parto vaginal" e "Cesárea".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.