Cerclagem do colo do útero
O que é cerclagem do colo do útero1?
A cerclagem do colo do útero1, também conhecida como cerclagem uterina ou cerclagem cervical, é uma cirurgia que ajuda a prevenir o parto prematuro ou a perda da gravidez2. Esse procedimento é indicado para mulheres com incompetência (ou insuficiência3) cervical, uma condição que faz o colo do útero1 abrir antes da hora, sem sintomas4 de trabalho de parto.
O que é incompetência cervical?
A incompetência cervical, também chamada de insuficiência3 cervical, ocorre quando o colo do útero1 se dilata precocemente, colocando a gravidez2 em risco. Entre as causas estão:
- Alterações congênitas5 no útero6 ou colo do útero1.
- Exposição a substâncias nocivas na gestação.
- Trauma no colo7 devido a cirurgias ou partos anteriores.
Os sintomas4 costumam ser discretos ou inexistentes até que ocorra um aborto ou parto prematuro, mas alguns sinais8 de alerta incluem:
- Sensação de pressão ou peso na pelve9.
- Dor leve na lombar.
- Alteração nas secreções vaginais ou sangramento leve.
- Dilatação do colo7 detectada por ultrassom ou exame físico, sem dor ou contrações.
O diagnóstico10 é feito com base no histórico de abortos tardios ou partos prematuros inexplicáveis. A ultrassonografia11 transvaginal pode medir o comprimento do colo7 e verificar se ele está afunilado ou dilatado.
Saiba mais sobre "Aborto", "Parto prematuro" e "Curetagem12 uterina".
Por que fazer a cerclagem do colo do útero1?
A cerclagem é indicada para:
- Parto prematuro anterior causado por incompetência cervical.
- Abortos espontâneos no segundo trimestre, associados à insuficiência3 cervical.
- Colo do útero1 curto (menos de 25 mm) durante a gravidez2, aumentando o risco de parto prematuro.
- Cirurgias uterinas anteriores, que podem deixar o colo7 mais frágil.
- Gravidez2 gemelar, que aumenta o risco de parto prematuro.
A cirurgia consiste em costurar o colo do útero1 para mantê-lo fechado até o fim da gestação. Existem três tipos principais de cerclagem:
- Transvaginal: feita pela vagina13, sendo a mais comum.
- Transabdominal: feita pelo abdômen, quando a via vaginal não é eficaz ou não é possível.
- Profilática: realizada antes da gravidez2, em mulheres com histórico significativo de insuficiência3 cervical.
A decisão de realizar a cerclagem deve ser discutida com um obstetra, que avaliará os benefícios e riscos para cada caso.
Como é feito o procedimento de cerclagem?
Quando a cirurgia é planejada, é importante:
- Esclarecer todas as dúvidas com o médico sobre o procedimento e a recuperação.
- Evitar relações sexuais por, pelo menos, uma semana antes da cirurgia.
- Fazer uma ultrassonografia11 para verificar os sinais vitais14 do bebê e outros exames, se necessário.
A cerclagem é geralmente realizada após o terceiro mês de gestação. Durante o procedimento:
- A paciente é posicionada como em um exame ginecológico.
- É aplicada anestesia15, que pode ser geral, regional (raqui ou epidural16) ou local.
- O colo7 é exposto com um espéculo17 e limpo com antisséptico18.
- Um fio resistente é inserido ao redor do colo7 e amarrado firmemente, mantendo-o fechado.
- A ponta do fio é deixada acessível para facilitar sua remoção no fim da gestação.
Após a cirurgia, a paciente é monitorada para detectar possíveis complicações, como infecção19 ou contrações. Nos dias seguintes, é comum apresentar leve sangramento vaginal e cólicas20. Medicações para evitar contrações podem ser prescritas, e recomenda-se repouso relativo por 24 a 48 horas.
A volta às atividades físicas e sexuais deve seguir orientação médica. A cerclagem transvaginal é removida por volta da 37ª semana ou antes, se houver sinais8 de parto prematuro. Já a cerclagem transabdominal pode ser mantida para futuras gestações, mas sua retirada exige nova cirurgia.
Quais são os riscos e complicações da cerclagem?
Embora a cerclagem seja considerada um procedimento seguro, existem alguns riscos e complicações possíveis. Entre eles, destaca-se a possibilidade de infecção19 e de ruptura precoce das membranas, o que pode precipitar o trabalho de parto. Também pode ocorrer laceração do colo do útero1, sangramento e, em alguns casos, a sutura21 pode desencadear contrações uterinas.
O acompanhamento regular com o obstetra é essencial para monitorar o colo do útero1 e o desenvolvimento do bebê até o final da gestação.
Leia sobre "Dieta saudável na gravidez2", "Sinais8 precoces de gravidez2" e "Menstruação22 durante a gravidez2".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Rede D’Or São Luiz, da Cleveland Clinic e do American College of Obstetricians and Gynecologists.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.