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Diabetes gestacional: como ela é?

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O que é diabetes gestacional1?

A diabetes gestacional1 é caracterizada por um alto nível de açúcar2 circulante no sangue3 que começa durante a gestação e quase sempre se normaliza espontaneamente depois que o bebê nasce. É uma condição que afeta mãe e bebê e que pode causar complicações para os dois.

Quais são as causas da diabetes gestacional1?

Os hormônios produzidos durante a gravidez4 podem impedir a ação da insulina5 e elevar os níveis de glicose6 no sangue3 durante a gestação. Alguns fatores de risco parecem contribuir para a diabetes gestacional1:

  • Idade da mulher superior a 25 anos, ao engravidar.
  • Ter diabetes mellitus7 na família.
  • Quando a paciente teve anteriormente um bebê com mais de quatro quilos ao nascer.
  • Quando a paciente apresentar glicose6 na urina8 no pré-natal.
  • Gestantes hipertensas.
  • Excesso de líquido amniótico9.
  • História de aborto espontâneo.
  • Gestantes que estavam acima do peso antes de engravidar ou que ganham peso excessivamente durante a gravidez4.
  • Ingestão de alimentos doces em demasia.
  • Ser sedentária.
  • Ser fumante.

Quais são os principais sinais10 e sintomas11 da diabetes gestacional1?

Comumente não há sintomas11 ou eles são leves, podendo incluir: visão12 borrada; fadiga13; infecções14 frequentes; aumento da sede e da micção15; náuseas16 e vômitos17; perda de peso, apesar do aumento de apetite.

Deve-se considerar, no entanto, os problemas que o excesso de glicose6 pode causar ao feto18 e ao parto. O açúcar2 no sangue3 atravessa a placenta e chega ao bebê, fazendo com que o feto18 cresça em demasia, dificultando o parto. O bebê também fica mais propenso a ter icterícia19 e hipoglicemia20 após o nascimento e a apresentar problemas respiratórios. O líquido amniótico9 pode aumentar muito de volume.

Como o médico diagnostica a diabetes gestacional1?

Geralmente a diabetes gestacional1 se inicia na metade do período gestacional. Por isso todas as mulheres grávidas devem fazer um teste oral de tolerância à glicose6 entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação. Se possuírem fatores de risco, devem fazê-lo antes desse período e, sendo ele positivo, verificar o nível da glicose6 em casa, em um aparelho que faz a análise dessa substância, conforme orientação do médico. Já nas primeiras vezes de uma consulta pré-natal o médico pedirá uma medição da glicemia de jejum21 e se o resultado não for normal, pedirá um teste de tolerância à glicose6, que avalia melhor sua reação à glicose6. A ultrassonografia22 ajuda a monitorar o crescimento do feto18.

Como o médico trata a diabetes gestacional1?

Em geral a diabetes gestacional1 pode ser tratada apenas com orientação dietética, mas nos casos mais graves pode ser necessária a administração de insulina5. O uso de hipoglicemiantes orais23 é contraindicado. Exercícios físicos orientados podem ajudar no controle da glicose sanguínea24.

Como evolui a diabetes gestacional1?

Com frequência, nas pessoas que não tenham propensão para diabetes25 o nível de glicose6 no sangue3 volta ao normal após o parto. A mulher deve ser submetida a novas medições da glicose6 45 dias após o parto, para avaliar a situação.

A diabetes gestacional1 geralmente é de controle simples, mas os casos graves ou não tratados podem ocasionar problemas no bebê.

ABCMED, 2013. Diabetes gestacional: como ela é?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/gravidez/514102/diabetes-gestacional-como-ela-e.htm>. Acesso em: 4 nov. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Diabetes gestacional: Tipo de diabetes melito que se desenvolve durante a gravidez e habitualmente desaparece após o parto, mas aumenta o risco da mãe desenvolver diabetes no futuro. O diabetes gestacional é controlado com planejamento das refeições, atividade física e, em alguns casos, com o uso de insulina.
2 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
3 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
4 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
5 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
6 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
7 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
8 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
9 Líquido amniótico: Fluido viscoso, incolor ou levemente esbranquiçado, que preenche a bolsa amniótica e envolve o embrião durante toda a gestação, protegendo-o contra infecções e choques mecânicos e térmicos.
10 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
11 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
12 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
13 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
14 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
15 Micção: Emissão natural de urina por esvaziamento da bexiga.
16 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
17 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
18 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
19 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
20 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
21 Glicemia de jejum: Teste que checa os níveis de glicose após um período de jejum de 8 a 12 horas (frequentemente dura uma noite). Este teste é usado para diagnosticar o pré-diabetes e o diabetes. Também pode ser usado para monitorar pessoas com diabetes.
22 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
23 Hipoglicemiantes orais: Medicamentos usados por via oral em pessoas com diabetes tipo 2 para manter os níves de glicose próximos ao normal. As classes de hipoglicemiantes são: inibidores da alfaglicosidase, biguanidas, derivados da fenilalanina, meglitinides, sulfoniluréias e thiazolidinediones.
24 Glicose sanguínea: Também chamada de açúcar no sangue, é o principal açúcar encontrado no sangue e a principal fonte de energia para o organismo.
25 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
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