Cortisol: o hormônio do estresse
O que é cortisol?
O cortisol é um hormônio1 esteroide produzido pelas glândulas2 suprarrenais, localizadas acima dos rins3. Ele exerce um papel essencial em diversos processos fisiológicos, sendo chamado de "hormônio1 do estresse" por ser liberado em maior quantidade em situações estressantes. Todas as células4 do corpo possuem receptores para o cortisol, o que demonstra sua importância no funcionamento geral do organismo.
Quais são as principais funções do cortisol?
O cortisol é multifuncional e impacta diversas áreas do organismo. Ele ajuda o corpo a responder ao estresse ao elevar os níveis de glicose5 no sangue6, fornecendo energia para lidar com desafios. Além disso, prioriza funções essenciais, como o fornecimento de energia ao cérebro7, enquanto suprime atividades menos urgentes, como a digestão8 e a reprodução9. Quando em excesso, porém, pode gerar problemas de saúde10.
Outro papel importante do cortisol está no metabolismo11, ao regular como o corpo utiliza gorduras, proteínas12 e carboidratos como fontes de energia, especialmente em períodos de jejum ou estresse prolongado. O hormônio1 também tem um potente efeito anti-inflamatório, sendo usado em medicamentos para tratar condições inflamatórias e imunológicas.
No que diz respeito à pressão arterial13, o cortisol atua em conjunto com outros hormônios para manter o equilíbrio de sal e água no organismo, garantindo a estabilidade da pressão arterial13. Ele também desempenha um papel relevante no ciclo sono-vigília, com níveis mais altos pela manhã, facilitando o despertar, e mais baixos à noite, promovendo o sono reparador.
No âmbito psicológico, o cortisol influencia o estado emocional, a memória e a atenção. Um nível adequado contribui para o equilíbrio emocional, enquanto variações podem impactar o humor e a saúde10 mental.
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Como são medidos os níveis de cortisol?
Os níveis de cortisol podem ser avaliados por exames de sangue6, saliva ou urina15, e os valores normais variam de 5 a 25 mcg/dL. Por ser um hormônio1 com grande variação ao longo do dia, seu pico ocorre entre 7h e 9h, e os níveis mais baixos à noite, por volta das 23h.
O exame de sangue6 é geralmente feito pela manhã, mas em casos específicos, uma coleta à tarde pode ser solicitada para avaliar o ritmo circadiano16. A saliva é coletada à noite para verificar o menor nível de cortisol, sendo necessário evitar alimentos, bebidas, fumo ou escovação dental pelo menos 30 minutos antes do teste. Já a urina15 mede o cortisol excretado ao longo de 24 horas. Em situações específicas, o médico pode solicitar testes de estímulo, com administração de ACTH, ou de supressão, utilizando dexametasona, para investigar disfunções mais detalhadamente.
O que causa níveis altos de cortisol?
Níveis elevados de cortisol, conhecidos como hipercortisolemia, podem ocorrer devido à produção excessiva pelo corpo ou por fatores externos, como o uso prolongado de corticoides. A síndrome de Cushing17 é a condição mais comum associada a níveis altos de cortisol, causada por tumores nas glândulas2 suprarrenais ou na hipófise18. Outras causas incluem estresse crônico19, insônia, obesidade20, depressão e exercícios extremos.
Os sintomas21 de níveis altos incluem ganho de peso, especialmente no tronco, fraqueza muscular, hipertensão22, alterações de humor, rosto arredondado, irregularidades menstruais, manchas na pele23 e enfraquecimento ósseo.
O que causa níveis baixos de cortisol?
A redução dos níveis de cortisol, conhecida como hipocortisolismo, pode indicar disfunção das glândulas2 suprarrenais ou problemas no eixo hipotálamo24-hipófise18-adrenal. Na insuficiência25 adrenal primária, como na Doença de Addison, a produção de cortisol é insuficiente devido a doenças autoimunes26, infecções27 como tuberculose28 ou condições genéticas. Já na insuficiência25 adrenal secundária, a deficiência de ACTH, geralmente causada por tumores, traumas ou uso prolongado de corticoides, resulta em baixa produção do hormônio1.
Os sintomas21 de cortisol baixo incluem fadiga29 crônica, perda de peso inexplicada, tontura30, desejo por sal, náuseas31, vômitos32, hipoglicemia33, fraqueza muscular e alterações emocionais, como depressão e irritabilidade. Casos graves podem levar à queda de imunidade34, osteoporose35 e desregulação do metabolismo11.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Cleveland Clinic e da Healthline.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.