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Obesidade. Conheça mais esta condição.

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O que é obesidade1?

A obesidade1 é o aumento da reserva natural de gordura2 que leva as pessoas a apresentarem um peso corporal superior àquele considerado normal para a sua compleição física e para determinada faixa etária. Esse aumento de gordura2 é fruto de hábitos alimentares inadequados ou de certas doenças, geralmente endócrinas, e tem repercussões às vezes graves sobre a saúde3 geral das pessoas. Embora afete o ser individual, a obesidade1 tem acometido cada vez mais pessoas a ponto de se tornar em alguns países um problema de saúde3 pública. Ela pode acometer os indivíduos desde a infância ou ser adquirida mais tardiamente. É importante que as crianças desde cedo formem hábitos alimentares saudáveis porque depois de adquirirem costumes inconvenientes é muito difícil alterá-los e porque criam células adiposas4 em excesso, que se tornam depósitos adicionais de gordura2.

Do ponto de vista objetivo, a obesidade1 é diagnosticada a partir do índice de massa corporal5 (IMC6), calculado pela divisão do peso em quilogramas do corpo do indivíduo, dividido pelo quadrado da sua altura medida em metros. Um valor acima de 30 kg/m² indica obesidade1, classificada em grau I (30-34,9), grau II (35-39,9) e grau III (acima de 40 kg/m²). Esse último grau geralmente é chamado de obesidade1 mórbida e representa um altíssimo risco para a saúde3.

Os casos de obesidade1 vêm aumentando ano a ano, no mundo inteiro. No Brasil, segundo o IBGE, em 2009 ela já atingia 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres com mais de 20 anos. Nos EUA, onde a obesidade1 constitui verdadeiro flagelo, 1/3 da população está acima do peso normal e estima-se que se o problema continuar crescendo nas proporções atuais, essa taxa atingirá metade da população americana até o ano de 2030.

Quais as consequências da obesidade1?

O obeso carrega consigo um peso excessivo e desnecessário e com isso sobrecarrega suas articulações7 e seu aparelho circulatório8, causando-lhes problemas. Encontra-se também mais propenso às doenças cardiovasculares9 e ao diabetes tipo 210, aos transtornos do sono, ao câncer11 e à hepatite12, entre outros males. Além disso, o obeso tem a sua agilidade diminuída, fatiga-se mais rapidamente e sente mais os efeitos desfavoráveis do calor. Tudo isso, afora os problemas de saúde3 que acarreta, dificulta-lhe sobremaneira as tarefas do dia-a-dia.

Quais as causas da obesidade1?

Fatores genéticos

Há pessoas mais predispostas a engordar que outras e geralmente isso se deve à genética. Filhos de pais obesos têm 80-90% de chance de também serem obesos. Assim, a obesidade1 tem uma incidência13 familiar, embora se deva também conceder importância, além da genética, à incorporação pela criança dos hábitos alimentares dos adultos. No entanto, para tornar-se efetiva essa tendência depende também do aporte calórico e, portanto, do estilo alimentar de cada pessoa.

Fatores alimentares

Em nosso meio, alguns alimentos calóricos que contribuem para a deposição de gorduras estão entre os mais apreciados pelas pessoas. A dieta para emagrecer tanto deve visar uma diminuição do alimento ingerido, quanto um balanceamento calórico adequado. Deve ser orientada por um médico ou nutricionista14, já que a redução excessiva de alimentos ou de aporte calórico pode resultar em problemas.

Fatores psicológicos

Há fatores estressantes, conflituais e ansiogênicos, que levam as pessoas a comerem demais, acarretando-lhes obesidade1. Além disso, há doenças alimentares específicas, como a bulimia15, por exemplo, que podem levar à mesma consequência. Embora em geral os deprimidos diminuam seu apetite e percam peso, alguns depressivos reacionais comem excessiva e compulsoriamente e engordam.

Fatores mórbidos

Algumas doenças, geralmente endócrinas, alteram o metabolismo16 e provocam ganho de peso. Entre elas as disfunções hipotalâmicas, o hipotireoidismo17, a síndrome de Cushing18, os ovários19 policísticos e a deficiência do hormônio20 do crescimento. No entanto, estas doenças são responsáveis por uma pequena porcentagem de casos de obesidade1.

Medicações

Entre os efeitos colaterais21 indesejáveis de algumas medicações conta-se o aumento de peso e a obesidade1. É, por exemplo, o caso dos corticoides, dos neurolépticos22 e de alguns antidepressivos. O médico deve informar ao paciente quais os possíveis efeitos da medicação que receita sobre o seu peso.

Fatores sócioculturais

Ultimamente o consumo de calorias23 cresceu muito nas sociedades desenvolvidas e o sedentarismo24 das pessoas aumentou na mesma proporção, ou ainda mais. Isso responde em parte pelo aumento recente da obesidade1. Além disso, muitas sociedades estimulam hábitos alimentares favorecedores da obesidade1, em maior ou menor grau, e algumas criam e mantêm hábitos que levam os indivíduos a se alimentarem além do biologicamente necessário. Outras até mesmo fazem apologia de tal fato.

A obesidade1 nunca é causada por um único fator, mas por uma concorrência de vários deles. Por isso, o tratamento também deve ser multifatorial.

Existe tratamento para a obesidade1?

Nos casos em que haja uma enfermidade de base, esta deve ser tratada antes de tudo.

O tratamento da obesidade1 implica em medidas para perder e para conservar o peso no nível desejado. As dietas e os exercícios físicos devem ser priorizados entre os demais recursos. É importante não ficar só no plano de restrições alimentares, que geralmente são desagradáveis e não duram muito. Além da diminuição da ingestão de alimentos, uma verdadeira reeducação alimentar é fundamental para que após incorporada passe a ser seguida com naturalidade.

Os medicamentos para emagrecer devem ser evitados, mas podem ser usados, se necessário, com estrita indicação e supervisão médicas. Nesses casos, os pacientes devem ser advertidos dos riscos e dos possíveis efeitos colaterais21 desses remédios.

Para pessoas com índice de massa corporal5 (IMC6) acima de 40 kg/m² e que tenham dificuldade de perder peso pode estar indicada a cirurgia bariátrica25. Também nesse caso o paciente deve ser informado sobre os possíveis riscos e complicações do procedimento.

Onde haja um problema psicológico de relevância, uma psicoterapia é indicada.

Um profissional de saúde3 (médico ou nutricionista14) deve ser consultado para aconselhar, diante de cada caso específico, quais providências são as mais recomendadas.

ABCMED, 2011. Obesidade. Conheça mais esta condição.. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/obesidade/235900/obesidade-conheca-mais-esta-condicao.htm>. Acesso em: 27 nov. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
2 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
3 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
4 Células Adiposas: Células do corpo que geralmente armazenam GORDURAS na forma de TRIGLICERÍDEOS. Os ADIPÓCITOS BRANCOS são os tipos predominantes encontrados, na maioria das vezes, na cavidade abdominal e no tecido subcutâneo. Os ADIPÓCITOS MARRONS são células termogênicas que podem ser encontradas em recém-nascidos de algumas espécies e em mamíferos que hibernam.
5 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
6 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
7 Articulações:
8 Aparelho circulatório: O aparelho circulatório ou cardiovascular é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
9 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
10 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
11 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
12 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
13 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
14 Nutricionista: Especialista em nutricionismo, ou seja, especialista no estudo das necessidades alimentares dos seres humanos e animais, e dos problemas relativos à nutrição.
15 Bulimia: Ingestão compulsiva de alimentos, em geral seguida de indução do vômito ou uso abusivo de laxantes. Trata-se de uma doença psiquiátrica, que faz parte dos chamados Transtornos Alimentares, juntamente com a Anorexia Nervosa, à qual pode estar associada.
16 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
17 Hipotireoidismo: Distúrbio caracterizado por uma diminuição da atividade ou concentração dos hormônios tireoidianos. Manifesta-se por engrossamento da voz, aumento de peso, diminuição da atividade, depressão.
18 Síndrome de Cushing: A síndrome de Cushing, hipercortisolismo ou hiperadrenocortisolismo, é um conjunto de sinais e sintomas que indicam excesso de cortisona (hormônio) no sangue. Esse hormônio é liberado pela glândula adrenal (também conhecida como suprarrenal) em resposta à liberação de ACTH pela hipófise no cérebro. Níveis elevados de cortisol (ou cortisona) também podem ocorrer devido à administração de certos medicamentos, como hormônios glicocorticoides. A síndrome de Cushing e a doença de Cushing são muito parecidas, já que o que a causa de ambas é o elevado nível de cortisol no sangue. O que difere é a origem dessa elevação. A doença de Cushing diz respeito, exclusivamente, a um tumor na hipófise que passa a secretar grande quantidade de ACTH e, consequentemente, há um aumento na liberação de cortisol pelas adrenais. Já a síndrome de Cushing pode ocorrer, por exemplo, devido a um tumor presente nas glândulas suprarrenais ou pela administração excessiva de corticoides.
19 Ovários: São órgãos pares com aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura cada um. Eles estão presos ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos. Na puberdade, os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno.
20 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
21 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
22 Neurolépticos: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
23 Calorias: Dizemos que um alimento tem “x“ calorias, para nos referirmos à quantidade de energia que ele pode fornecer ao organismo, ou seja, à energia que será utilizada para o corpo realizar suas funções de respiração, digestão, prática de atividades físicas, etc.
24 Sedentarismo: Qualidade de quem ou do que é sedentário, ou de quem tem vida e/ou hábitos sedentários. Sedentário é aquele que se exercita pouco, que não se movimenta muito.
25 Cirurgia Bariátrica:

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Comentários

11/09/2013 - Comentário feito por maria
Re: Obesidade. Conheça mais esta condição.
marquei minha consulta na medical clinica em Juazeiro Do Norte para o dia 24/10/13 estou bastante ansiosa esta e a minha ultima tentativa de emagrecer porque desde a minha infancia que sofro.agora ja estou com 46 anos sinto bastante dores nas pernas estou prejudicando meu trabalho (agente de saúde) tomo bastante medicamentos sou depressiva mim sinto só.creio que Deus vai mim dar esta vitoria,não temos condiçoes de fazer esta cirurgia meu eposso vai fazes um emprestimo para a cirurgi e o pos cirurgico. este saite tem nus ajudado bastante a conhecer os pontos negativos e positivos,e dado esperança de consseguir se feliz tambem.sera que em dezembro ja vou estar operada?

11/04/2012 - Comentário feito por Natalia
Re: Obesidade. Conheça mais esta condição.
Ola meu nome e Natalia tenho 22 anos estou pesando mais de Kg tenho vontade de fazer um regime mas estou passando por varias frustações pois não tenho condições pisicologicas tipo uma depressão diabete e pressão alta são uns dos principios desta trite fase da minha vida gostaria de saber mais bobre cirurgia bariatrica

10/02/2012 - Comentário feito por SHIRLEIY
Re: Obesidade. Conheça mais esta condição.
TENHO DIABETES TIPO 2 ,E SOU IPERTENÇA ESTOU DE CIRURGIA MARCADA,FICO FELIZ COMESTA MATERIA.

10/02/2012 - Comentário feito por SHIRLEIY
Re: Obesidade. Conheça mais esta condição.
FIQUEI FELIZ ESTOUCOM A CIRURGIA MARCADA ,E TINHA AINDA UM MEDO ,MS AGORA ESCLARESEU TUDO.OBRIGADO.

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