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Pneumonite por hipersensibilidade

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O que é pneumonite1 por hipersensibilidade?

A pneumonite1 de hipersensibilidade, também chamada de alveolite alérgica extrínseca, engloba um grupo de doenças pulmonares em que os pulmões2 ficam inflamados como uma reação à inalação de certas substâncias. Como nem todas as pessoas que inalam essas substâncias desenvolvem pneumonite1, havendo necessidade de uma predisposição, a condição recebeu o nome de pneumonia3 de hipersensibilidade.

Quais são as causas da pneumonite1 por hipersensibilidade?

A pneumonite1 de hipersensibilidade é uma reação alérgica4 causada pela inalação de vários materiais antigênicos5 específicos, como mofo, poeiras, microrganismos e proteínas6 vegetais e animais, ou pela exposição a pássaros (pombos, periquitos, papagaios, calopsitas, canários), entre outras causas.

Em alguns países, é comum o chamado “pulmão7 do fazendeiro” em que pessoas se expõem a bactérias e fungos em silos, geralmente trabalhando ou vivendo em fazendas. A história clínica de alergia8 respiratória não constitui fator predisponente. No entanto, o tabagismo pode exacerbar a doença estabelecida.

Veja sobre "Tabagismo", "Asbestose9", "Pneumoconiose10" e "Silicose11".

Qual é o substrato fisiopatológico da pneumonite1 por hipersensibilidade?

O processo histopatológico da pneumonite1 de hipersensibilidade consiste em inflamação12 crônica dos brônquios13 e tecidos próximos, causando uma alveolite neutrofílica e mononuclear, seguida de infiltração linfocítica intersticial14 e, muitas vezes, granulomatosa não caseosa de células gigantes15, com posterior desenvolvimento de fibrose16 e enfisema17 e possível obliteração bronquiolar.

Quais são as características clínicas da pneumonite1 por hipersensibilidade?

As formas clínicas da pneumonite1 de hipersensibilidade podem ser categorizadas em (1) aguda, (2) subaguda18 ou (3) crônica.

Os sintomas19 da fase aguda começam de 4 a 8 horas após a exposição ao agente responsável pela alergia8 e são similares a uma gripe20: febre21, tosse seca, aperto no peito22, falta de ar e cansaço. Alguns outros sintomas19 comuns são mal-estar, calafrios23, dor de cabeça24, dores pelo corpo e perda de apetite. A fase aguda resolve-se depois de 12h ou em alguns dias evitando o alérgeno25. Ela pode retornar, se houver uma nova exposição.

Na forma subaguda18, os sintomas19 tendem a ser menos graves e mais graduais e incluem tosse produtiva, dificuldade para respirar, cansaço e perda de apetite e de peso. Ao contrário da forma aguda, em que os sintomas19 melhoram rapidamente, nas formas subagudas eles demoram semanas ou meses para melhorar.

A forma crônica pode aparecer com ou sem fases agudas prévias e implicam em perda de peso, diminuição gradual da tolerância ao exercício, dificuldade progressiva para respirar, ponta dos dedos agrandados (dedos em baquete de tambor) e dormentes e crepitação26 na base pulmonar.

Como o médico diagnostica a pneumonite1 por hipersensibilidade?

Na história clínica, o médico deve verificar se os sintomas19 estão relacionados com a exposição ambiental. Ela deve ser complementada por uma tomografia de tórax27 que, em muitos casos, mostrará achados sugestivos. Exames de sangue28 indicarão sinais29 de inflamação12 pouco específicos.

Uma radiografia de tórax27 revelará áreas de opacidade difusa e testes de função pulmonar mostrarão doença pulmonar restritiva, que diminui a função pulmonar. Uma broncoscopia30 com lavagem pulmonar e uma biópsia31 podem selar o diagnóstico32 nos casos em que a tomografia ou a radiografia de tórax27 não mostrem ainda sinais29 de fibrose16. A biópsia31 pode ser feita preferivelmente por videotoracoscopia ou por cirurgia convencional.

A combinação dos resultados dos exames citados permite um diagnóstico32 correto e definitivo na maioria dos casos.

Como o médico trata a pneumonite1 por hipersensibilidade?

Se a condição for precocemente reconhecida, o afastamento da causa é a medida mais importante, porque nas fases iniciais a doença é completamente reversível. Nos casos mais avançados e irreversíveis, o medicamento mais usado é o corticoide. Em casos extremos, pode ser necessário um transplante pulmonar.

Um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que pacientes com pneumonite1 por hipersensibilidade crônica submetidos a transplante pulmonar têm uma sobrevida33 de 89% em cinco anos, muito melhor que a observada nos pacientes transplantados com fibrose16 pulmonar idiopática34.

Como evolui a pneumonite1 por hipersensibilidade?

As alterações fisiopatológicas da pneumonite1 por hipersensibilidade são reversíveis se detectadas precocemente e se a exposição ao antígeno35 for eliminada. Os sintomas19 da doença aguda geralmente diminuem em horas com a interrupção da exposição ao antígeno35.

A doença crônica tem um prognóstico36 mais complicado: normalmente a fibrose16 é irreversível, mas não continua progredindo se os pacientes eliminarem a exposição ao antígeno35. Se não for possível evitar o alérgeno25, as alterações pulmonares continuarão evoluindo até chegarem ao estágio de fibrose16 pulmonar, que continuará a progredir até ser fatal, mesmo com terapia agressiva de corticoides.

Quais são as complicações possíveis com a pneumonite1 por hipersensibilidade?

As principais complicações são a fibrose16 pulmonar progressiva, parcialmente irreversível, a destruição dos alvéolos37 e a instalação do quadro de enfisema17 pulmonar, insuficiência cardíaca38 direita e pneumotórax39, com altos níveis de mortalidade40.

Leia também sobre "Tosse seca persistente", "Biópsia31 pulmonar", "Broncoscopia30" e "Oximetria".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Revista Médica de Minas Gerais e do National Institutes of Health.

ABCMED, 2022. Pneumonite por hipersensibilidade. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1409695/pneumonite-por-hipersensibilidade.htm>. Acesso em: 6 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Pneumonite: Inflamação dos pulmões que compromete principalmente o espaço que separa um alvéolo de outro (interstício pulmonar). Pode ser produzida por uma infecção viral ou lesão causada por radiação ou exposição a diferentes agentes químicos.
2 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
3 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
4 Reação alérgica: Sensibilidade a uma substância específica, chamada de alérgeno, com a qual se entra em contato por meio da pele, pulmões, deglutição ou injeções.
5 Antigênicos: 1. Relativos a ou próprios de antígenos, que são substâncias que, introduzidas no organismo, provocam a formação de anticorpos. 2. Que possuem antigenicidade.
6 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
7 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
8 Alergia: Reação inflamatória anormal, perante substâncias (alérgenos) que habitualmente não deveriam produzi-la. Entre estas substâncias encontram-se poeiras ambientais, medicamentos, alimentos etc.
9 Asbestose: É a cicatrização disseminada do tecido pulmonar causada pela aspiração de pó de asbesto (amianto). Quando inaladas, as fibras de asbesto depositam-se profundamente nos pulmões, provocando a formação de cicatrizes. A inalação de asbesto pode acarretar o espessamento das pleuras. Os indivíduos que trabalham com asbesto apresentam risco de desenvolver uma doença pulmonar. Os operários do setor de demolição, que trabalham em edifícios com isolamento que contém asbesto, também correm risco, embora menor. Quanto mais o indivíduo se expõe às fibras de asbesto, maior é o risco de ele desenvolver uma doença relacionada a esse material.
10 Pneumoconiose: Reação fibrosa crônica dos pulmões à inalação de poeiras, marcada especialmente por perda da expansibilidade, fibrose e pigmentação. Ela recebe nomes diversos segundo o tipo de poeira inalada.
11 Silicose: É a formação de cicatrizes permanentes nos pulmões provocada pela inalação do pó de sílica (quartzo). Ocorre em indivíduos que inalaram pó de sílica durante muitos anos. Comum entre os trabalhadores de minas de metais, cortadores de arenito e de granito, operários de fundições e ceramistas. Normalmente, os sintomas manifestam-se somente após vinte a trinta anos de exposição ao pó. No entanto, em ocupações que envolvem a utilização de jatos de areia, a escavação de túneis e a produção de sabões abrasivos, que produzem quantidades elevadas de pó de sílica, os sintomas podem ocorrer em menos de dez anos.
12 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
13 Brônquios: A maior passagem que leva ar aos pulmões originando-se na bifurcação terminal da traquéia. Sinônimos: Bronquíolos
14 Intersticial: Relativo a ou situado em interstícios, que são pequenos espaços entre as partes de um todo ou entre duas coisas contíguas (por exemplo, entre moléculas, células, etc.). Na anatomia geral, diz-se de tecido de sustentação localizado nos interstícios de um órgão, especialmente de vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
15 Células Gigantes: Massas multinucleares produzidas pela fusão de muitas células; freqüentemente associadas com infecções virais. Na AIDS, há indução destas células quando o envelope glicoproteico do vírus HIV liga-se ao antígeno CD4 de células T4 vizinhas não infectadas. O sincício resultante leva à morte celular explicando então o efeito citopático do vírus.
16 Fibrose: 1. Aumento das fibras de um tecido. 2. Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte de um processo de cicatrização ou de degenerescência fibroide.
17 Enfisema: Doença respiratória caracterizada por destruição das paredes que separam um alvéolo de outro, com conseqüente perda da retração pulmonar normal. É produzida pelo hábito de fumar e, em algumas pessoas, pela deficiência de uma proteína chamada Antitripsina.
18 Subaguda: Levemente aguda ou que apresenta sintomas pouco intensos, mas que só se atenuam muito lentamente (diz-se de afecção ou doença).
19 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
20 Gripe: Doença viral adquirida através do contágio interpessoal que se caracteriza por faringite, febre, dores musculares generalizadas, náuseas, etc. Sua duração é de aproximadamente cinco a sete dias e tem uma maior incidência nos meses frios. Em geral desaparece naturalmente sem tratamento, apenas com medidas de controle geral (repouso relativo, ingestão de líquidos, etc.). Os antibióticos não funcionam na gripe e não devem ser utilizados de rotina.
21 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
22 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
23 Calafrios: 1. Conjunto de pequenas contrações da pele e dos músculos cutâneos ao longo do corpo, muitas vezes com tremores fortes e palidez, que acompanham uma sensação de frio provocada por baixa temperatura, má condição orgânica ou ainda por medo, horror, nojo, etc. 2. Sensação de frio e tremores fortes, às vezes com bater de dentes, que precedem ou acompanham acessos de febre.
24 Cabeça:
25 Alérgeno: Substância capaz de provocar reação alérgica em certos indivíduos.
26 Crepitação: 1. Ato ou efeito de crepitar 2. Estalo ou estalido provocado pelas fagulhas provenientes do fogo ou da brasa que chamusca ou queima alguma coisa. 3. Qualquer ruído semelhante ao estalo seco e rápido provocado pelo fogo. 4. Em medicina, é a sensação tátil semelhante a um estalido que se tem à palpação da pele, quando ocorre infiltração gasosa devida a enfisema subcutâneo ou a gangrena gasosa. 5. Em ortopedia, é o estalido que fazem as partes de um osso fraturado sob estímulo de certos movimentos. 6. Em pneumologia, é o ruído semelhante a pequenos estalidos que se percebe na ausculta pulmonar em casos de pneumonia ou edema, provocado pela fricção dos alvéolos pulmonares uns contra os outros.
27 Tórax: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original Sinônimos: Peito; Caixa Torácica
28 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
29 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
30 Broncoscopia: Método de diagnóstico que permite observar através dos brônquios utilizando um dispositivo óptico (fibroendoscópio), obter biópsias e realizar culturas de secreções.
31 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
32 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
33 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
34 Idiopática: 1. Relativo a idiopatia; que se forma ou se manifesta espontaneamente ou a partir de causas obscuras ou desconhecidas; não associado a outra doença. 2. Peculiar a um indivíduo.
35 Antígeno: 1. Partícula ou molécula capaz de deflagrar a produção de anticorpo específico. 2. Substância que, introduzida no organismo, provoca a formação de anticorpo.
36 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
37 Alvéolos: Pequenas bolsas poliédricas localizadas ao longo das paredes dos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos terminais. A troca gasosa entre o ar alveolar e o sangue capilar pulmonar ocorre através das suas paredes. DF
38 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
39 Pneumotórax: Presença de ar na cavidade pleural. Como o pulmão mantém sua forma em virtude da pressão negativa existente entre a parede torácica e a pleura, a presença de pneumotórax produz o colapso pulmonar, podendo levar à insuficiência respiratória aguda. Suas causas são traumáticas (ferida perfurante no tórax, aumento brusco da pressão nas vias aéreas), pós-operatórias ou, em certas ocasiões, pode ser espontâneo.
40 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
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