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Síndrome pós-poliomielite

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O que é a poliomielite1?

poliomielite1 (também conhecida como paralisia2 infantil) é uma doença infecciosa viral aguda, muito contagiosa3, que acomete principalmente crianças pequenas de até 5-6 anos de idade, embora também possa, mais raramente, infectar crianças maiores e até mesmo adultos.

A composição grega do nome descreve precisamente em que consiste a enfermidade: poliós = cinza + myelósmedula espinhal4 + ite = sufixo usado para inflamações5, ou seja, inflamação6 da substância cinzenta da medula espinhal4.

Em geral, a enfermidade deixa como sequela7 irreversível uma paralisia2 flácida da musculatura da área atingida, na maioria das vezes, um dos membros inferiores. Como consequência, resta uma atrofia8 dos músculos9 envolvidos, o que acaba por complicar ainda mais a situação.

Hoje em dia, poucas pessoas nos países desenvolvidos contraem poliomielite1 paralítica, graças à vacina10 introduzida em 1955. No entanto, pessoas que contraíram poliomielite1 em uma idade jovem podem contrair a síndrome11 pós-poliomielite1.

O que é a síndrome11 pós-poliomielite1?

A síndrome11 pós poliomielite1 é um conjunto de sinais12 e sintomas13 que ocorrem, geralmente, após 30 a 50 anos (no mínimo 15 anos) após a infecção14 aguda da poliomielite1, caracterizada principalmente por três sintomas cardinais15: (1) nova fraqueza muscular, (2) fadiga16 e (3) dor.

Menos comumente, a síndrome11 inclui dificuldades respiratórias e de deglutição17, atrofias18 musculares e intolerância ao frio, entre outros sintomas13. Ela é conhecida desde 1875, quando Charcot a descreveu pela primeira vez, porém ficou mais reconhecida após a década de 1980, quando vários trabalhos científicos foram publicados nos Estados Unidos.

Alguns estudos têm tentado estimar a ocorrência da síndrome11 pós poliomielite1, entretanto, devido às diferentes maneiras de defini-la e das metodologias aplicadas, a estimativa da prevalência19 dela varia muito e tem sido calculada entre 22% e 80% dos pacientes que apresentaram poliomielite1 paralítica. O período de estabilidade funcional é também variável nos estudos, mas o menor período encontrado foi de oito anos e o maior de 71 anos, com uma média de 35 anos.

Leia sobre "Doenças que causam cansaço excessivo", "Dor miofascial" e "Poliomielite1: o que é e como pode ser evitada".

Quais são as causas e o mecanismo de produção da síndrome11 pós-poliomielite1?

Existem várias teorias sobre o que causa e como se produz a síndrome11 pós-pólio, mas ninguém sabe ao certo. O que se sabe é que quando o vírus20 da poliomielite1 infecta o corpo, ele afeta os neurônios21 motores, particularmente os da medula espinhal4, que transmitem impulsos elétricos entre o cérebro22 e os músculos9. Cada um desses neurônios21 tem numerosas fibras ramificadas chamadas dendritos, que fazem conexão com outros neurônios21.

A infecção14 de poliomielite1 frequentemente danifica ou destrói muitos desses neurônios21 motores e, para compensar a escassez de neurônios21 resultante dessa destruição, os neurônios21 restantes geram novas fibras e as unidades motoras sobreviventes aumentam de tamanho.

Isso cria a necessidade da célula23 nervosa nutrir um número maior de fibras adicionais. Com o passar dos anos, esse esforço pode ser maior do que o neurônio pode suportar, levando à deterioração gradual das fibras germinadas e, eventualmente, do próprio neurônio.

Quais são as características clínicas da síndrome11 pós-poliomielite1?

Os sinais12 e sintomas13 mais comuns da síndrome11 pós-pólio incluem fraqueza progressiva dos músculos9 e dor nas articulações24, fadiga16 geral e exaustão ante atividade mínima, atrofia8 muscular, problemas de respiração ou deglutição17, distúrbios respiratórios relacionados ao sono, como apneia25 do sono, por exemplo, e tolerância diminuída a temperaturas frias.

Na maioria das pessoas, a síndrome11 pós-pólio tende a progredir lentamente, com novos sinais12 e sintomas13 seguidos por períodos de relativa estabilidade.

Como o médico diagnostica a síndrome11 pós-poliomielite1?

Não há um exame diagnóstico26 específico para a síndrome11 pós-pólio. O diagnóstico26 é baseado em um histórico médico, exame físico e exclusão de outras condições que possam causar os mesmos sinais12 e sintomas13.

Para diagnosticar a síndrome11 pós-pólio, os médicos devem procurar por três indicadores fundamentais: (1) uma poliomielite1 prévia, (2) longo intervalo após a recuperação e (3) início gradual, geralmente nos mesmos músculos9 que foram afetados no momento da doença inicial.

Além disso, como os sinais12 e sintomas13 da síndrome11 pós-pólio são semelhantes aos de outras doenças, o médico tentará excluir outras causas possíveis, como artrite27, fibromialgia28, síndrome11 da fadiga16 crônica e escoliose29.

Como o médico trata a síndrome11 pós-poliomielite1?

Não há um tratamento único para os vários sinais12 e sintomas13 da síndrome11 pós-pólio. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas13, ajudar a torná-los mais toleráveis e a pessoa o mais independente possível.

Um fisioterapeuta pode indicar a melhor maneira de gastar menos energia nas atividades físicas diárias. Uma bengala, andador ou cadeira de rodas podem ajudar nessa tarefa. Uma barra de apoio para chuveiro ou um assento elevado de vaso sanitário também podem ajudar. Ademais, o fisioterapeuta pode ajudar com exercícios que fortaleçam os músculos9, sem cansá-los.

Um fonoaudiólogo pode mostrar maneiras de compensar as dificuldades de deglutição17. Os exercícios de fortalecimento da voz também podem ser úteis e algumas vezes o paciente pode precisar mudar seus padrões de sono, como evitar dormir de costas30 ou usar um dispositivo que ajuda a abrir suas vias respiratórias quando ele dorme.

Analgésicos31 comuns podem aliviar dores musculares e articulares. Analgésicos31 especiais só devem ser usados sob supervisão médica, devido aos riscos a longo prazo.

Como prevenir a síndrome11 pós-poliomielite1?

A melhor forma de prevenir a síndrome11 pós poliomielite1 é prevenir a poliomielite1. É essencial a vacinação de todas as crianças com a vacina10 da “gotinha” (vacina10 Sabin). É também importante observar todas as medidas higiênicas aconselhadas para a prevenção de doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos.

Quais são as complicações possíveis com a síndrome11 pós-poliomielite1?

A síndrome11 de pós-poliomielite1 raramente é fatal, mas a fraqueza muscular grave pode levar a algumas complicações sérias: a fraqueza nos músculos9 das pernas torna mais difícil manter o equilíbrio e a pessoa pode sofrer quedas; se a pessoa teve uma modalidade de poliomielite1 que afetou músculos9 envolvidos na mastigação e deglutição17 pode ter complicações nessas áreas; a fraqueza do diafragma32 e dos músculos9 torácicos torna mais difícil respirar fundo e tossir.

A obesidade33, o tabagismo, uma curvatura anormal da coluna, anestesia34, imobilidade prolongada e certos medicamentos podem diminuir ainda mais a capacidade de respirar, levando a uma queda nos níveis de oxigênio no sangue35.

Inatividade e imobilidade prolongadas são quase sempre acompanhadas por perda de densidade óssea (osteoporose36), tanto em homens como em mulheres.

Veja também sobre "Hipotonia37 muscular", "Astenia38", "Cinesiologia" e "Fisioterapia39".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, da Mayo Clinic e do NHS – National Health Service.

ABCMED, 2021. Síndrome pós-poliomielite. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1403545/sindrome-pos-poliomielite.htm>. Acesso em: 29 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Poliomielite: Doença viral que afeta as raízes anteriores dos nervos motores, produzindo paralisia especialmente em crianças pequenas e adolescentes. Sua incidência tem diminuído muito graças ao descobrimento de uma vacina altamente eficaz (Sabin), e de seu uso difundido no mundo inteiro.
2 Paralisia: Perda total da força muscular que produz incapacidade para realizar movimentos nos setores afetados. Pode ser produzida por doença neurológica, muscular, tóxica, metabólica ou ser uma combinação das mesmas.
3 Contagiosa: 1. Que é transmitida por contato ou contágio. 2. Que constitui veículo para o contágio. 3. Que se transmite pela intensidade, pela influência, etc.; contagiante.
4 Medula Espinhal:
5 Inflamações: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc. Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
6 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
7 Sequela: 1. Na medicina, é a anomalia consequente a uma moléstia, da qual deriva direta ou indiretamente. 2. Ato ou efeito de seguir. 3. Grupo de pessoas que seguem o interesse de alguém; bando. 4. Efeito de uma causa; consequência, resultado. 5. Ato ou efeito de dar seguimento a algo que foi iniciado; sequência, continuação. 6. Sequência ou cadeia de fatos, coisas, objetos; série, sucessão. 7. Possibilidade de acompanhar a coisa onerada nas mãos de qualquer detentor e exercer sobre ela as prerrogativas de seu direito.
8 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
9 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
10 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
11 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
12 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
13 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
14 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
15 Sintomas cardinais: Sintomas principais ou fundamentais.
16 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
17 Deglutição: Passagem dos alimentos desde a boca até o esôfago; ação ou efeito de deglutir; engolir. É um mecanismo em parte voluntário e em parte automático (reflexo) que envolve a musculatura faríngea e o esfíncter esofágico superior.
18 Atrofias: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
19 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
20 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
21 Neurônios: Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO. Sinônimos: Células Nervosas
22 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
23 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
24 Articulações:
25 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
26 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
27 Artrite: Inflamação de uma articulação, caracterizada por dor, aumento da temperatura, dificuldade de movimentação, inchaço e vermelhidão da área afetada.
28 Fibromialgia:
29 Escoliose: Deformidade no alinhamento da coluna vertebral, que produz uma curvatura da mesma para um dos lados. Pode ser devido a distúrbios ósteo-articulares e a problemas posturais.
30 Costas:
31 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
32 Diafragma: 1. Na anatomia geral, é um feixe muscular e tendinoso que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. 2. Qualquer membrana ou placa que divide duas cavidades ou duas partes da mesma cavidade. 3. Em engenharia mecânica, em um veículo automotor, é uma membrana da bomba injetora de combustível. 4. Na física, é qualquer anteparo com um orifício ou fenda, ajustável ou não, que regule o fluxo de uma substância ou de um feixe de radiação. 5. Em ginecologia, é um método contraceptivo formado por uma membrana de material elástico que envolve um anel flexível, usado no fundo da vagina de modo a obstruir o colo do útero. 6. Em um sistema óptico, é uma abertura que controla a seção reta de um feixe luminoso que passa através desta, com a finalidade de regular a intensidade luminosa, reduzir a aberração ou aumentar a profundidade focal.
33 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
34 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
35 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
36 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
37 Hipotonia: 1. Em biologia, é a condição da solução que apresenta menor concentração de solutos do que outra. 2. Em fisiologia, é a redução ou perda do tono muscular ou a redução da tensão em qualquer parte do corpo (por exemplo, no globo ocular, nas artérias, etc.)
38 Astenia: Sensação de fraqueza, sem perda real da capacidade muscular.
39 Fisioterapia: Especialidade paramédica que emprega agentes físicos (água doce ou salgada, sol, calor, eletricidade, etc.), massagens e exercícios no tratamento de doenças.

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