Vacina Sabin: o que é? O que ela evita? Quem deve tomar? Quem não deve tomar? Qual a efetividade da vacina? Quais os riscos?
O que é a vacina1 Sabin?
A vacina1 Sabin é uma vacina1 contra a paralisia2 infantil, composta por vírus3 vivos atenuados, aplicada na forma oral e autorizada nos Estados Unidos em 1962. Ela deve ser tomada sob a forma de duas “gotinhas” pingadas na língua4. Essa vacina1 foi desenvolvida pelo médico americano Albert Sabin (1906-1993) e é utilizada no Brasil desde 1964.
O que é a paralisia2 infantil?
A paralisia2 infantil ou poliomielite5 (polio = cinzenta; mielos = medula6, ite = sufixo que indica inflamação7) é resultante de uma infecção8 viral que afeta principalmente crianças pequenas, mas que pode também acometer adultos. Quando ataca o sistema nervoso9 essa infecção8 pode causar paralisias musculares e deformidades no corpo. Em alguns casos a infecção8 pelo vírus3 pode ser mortal, embora a maioria das pessoas infectadas não apresente sintomas10, mas continue contaminando outras pessoas. Graças à simplicidade das vacinas atualmente existentes (Salk – 1955; Sabin - 1962) e às eficientes campanhas de vacinação, a paralisia2 infantil quase foi erradicada em todo o mundo, embora ainda seja comum em certos países da África e da Ásia. Há tempos atrás, anteriormente às vacinas, os hospitais pediátricos viviam repletos de casos graves, muitas vezes dependendo de recursos mecânicos para sobreviver, sobretudo os chamados “pulmões de aço”, recurso a que muitas crianças lúcidas se viam presas para poderem respirar.
Quem deve tomar a vacina1 Sabin?
A vacina1 Sabin contra a poliomielite5 deve ser aplicada a todas as crianças a partir dos dois meses de idade, em três doses, aos 2, 4 e 6 meses e dois reforços, aos 15 meses e entre os 4 e 6 anos de idade. No Brasil, o Ministério da Saúde11 vai substituir gradualmente a gotinha Sabin (vírus3 vivo atenuado) pela injeção12 Salk (vírus3 morto). Essa vacina1 também protege os contactantes susceptíveis do vacinado e é capaz de proporcionar imunidade13 coletiva.
Quem não deve tomar a vacina1 Sabin?
A vacina1 Sabin não deve ser tomada por crianças hospitalizadas, imunodeficientes ou que tenham contato próximo com imunodeficientes e crianças com transplante de medula6. A vacina1 deve ser adiada se a criança apresentar vômitos14 incoercíveis e/ou diarreia15 grave, pois nesses casos os vírus3 contidos na vacina1 serão eliminados precocemente.
Qual é a efetividade da vacina1 Sabin?
Ambas as vacinas, a Salk (injetável) e a Sabin (“gotinha”) são igualmente eficazes contra a poliomielite5. Com a vacina1 Sabin, cerca de 95% dos vacinados ficam imunizados após duas doses e 99 a 100% após a terceira dose.
Quais são os riscos da vacina1 Sabin?
O único risco da vacina1 Sabin é a reprodução16 da paralisia2 infantil, cuja severidade é semelhante à doença causada pelo vírus3 selvagem. Esse risco, no entanto, é bastante raro (1/800.000 ou 3.200.0000, conforme as estatísticas) e ocorre mais em adultos e imunodeprimidos.
Quais são as vantagens e desvantagens da vacina1 Sabin?
Existem duas vacinas contra a poliomielite5: a vacina1 Salk, de vírus3 inativados, e a vacina1 Sabin, de vírus3 atenuados. Uma das grandes vantagens da vacina1 Sabin é a praticidade de seu modo de aplicação. Além disso, promove uma imunidade13 local das mucosas17 orofaríngea18 e intestinal. Ainda compete com os vírus3 selvagens a nível intestinal e na natureza. Proporciona imunidade13 coletiva e tem um baixo custo. Sua maior desvantagem talvez seja a possibilidade de causar poliomielite5 no receptor ou nos seus contatos susceptíveis pela eliminação de vírus3 vacinal pela orofaringe19 e nas fezes, embora seja extremamente raro.
Quais são as complicações possíveis da vacina1 Sabin?
Em raríssimas ocasiões a vacina1 com vírus3 atenuado pode acarretar uma paralisia2 flácida semelhante à doença que pretende evitar. As pessoas que recebem a vacina1 Sabin eliminam vírus3 vivos junto com as fezes por cerca de seis semanas, o que pode resultar em risco para contactantes próximos não imunizados.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.