Leucemia mieloide aguda
O que é leucemia1 mieloide aguda?
A leucemia1 mieloide aguda (ou leucemia1 mieloblástica) é um tipo raro de câncer2 do sangue3 e da medula óssea4 em que há uma produção em excesso de glóbulos brancos imaturos, prejudicando as células sanguíneas5 normais e suas funções.
Quais são as causas da leucemia1 mieloide aguda?
Ainda não se conhece as razões do surgimento da leucemia1 mieloide aguda, mas sabe-se que ela não é hereditária. Ela pode acontecer em qualquer idade, mas as pessoas com mais de 65 anos são as mais atingidas. Pessoas com mielodisplasia, mielofibrose6, leucemia1 mieloide crônica e anemia7 de Fanconi têm maior risco de desenvolver a leucemia1 mieloide aguda.
Veja também sobre "Composição e funções do sangue3", "Leucemias", "Leucemia1 linfocítica aguda (LLA)" e "Leucemia1 linfocítica crônica (LLC)".
Qual é o mecanismo fisiológico8 da leucemia1 mieloide aguda?
As células sanguíneas5 nascem e crescem na medula óssea4 (principalmente da bacia e do esterno9) e quando amadurecidas são lançadas na corrente sanguínea. Na leucemia1 mieloide aguda, as células10 precursoras dos linfócitos (glóbulos brancos do sangue3), chamadas blastos, passam a se desenvolver de forma descontrolada, são lançadas ainda imaturas na corrente sanguínea e param de desempenhar as funções das células10 maduras, de proteger o organismo contra as bactérias e vírus11. Em grande quantidade na medula óssea4, essas células10 bloqueiam a formação das demais células10 do sangue3 (glóbulos vermelhos, responsáveis pela oxigenação do corpo) e plaquetas12 (que impedem as hemorragias13).
Quais são as principais características clínicas da leucemia1 mieloide aguda?
A principal característica da leucemia1 mieloide aguda é a produção excessiva de células10 imaturas, também conhecidas por blastos. Os sintomas14 gerais, um tanto inespecíficos, incluem fadiga15, infecções16 recorrentes, perda de peso e apetite, febre17, sudorese18 noturna e fadiga15. Outros sinais19 e sintomas14 da leucemia1 mieloide aguda estão relacionados à diminuição da produção de células sanguíneas5 normais pela medula óssea4, que ocorre quando as células10 leucêmicas assumem o lugar delas na medula óssea4.
Os sintomas14 devidos à diminuição dos glóbulos brancos favorecem as infecções16, com suas repercussões; aqueles devidos à diminuição das plaquetas12 são hematomas20, sangramentos, hemorragias13 nasais frequentes e sangramento nas gengivas.
As células10 cancerígenas da leucemia1 mieloide aguda são maiores do que os glóbulos brancos normais e têm mais dificuldade para passar por pequenos vasos sanguíneos21. Se a quantidade dessas células10 for muito alta, podem entupi-los, tornando difícil que os glóbulos vermelhos normais cheguem aos tecidos. Isso é denominado de leucostase. Os sintomas14 incluem dor de cabeça22, fraqueza em um lado do corpo, fala ininteligível, confusão mental e sonolência.
Alguns pacientes podem ter dores ósseas ou nas articulações23 provocadas pelo acúmulo de células10 leucêmicas nestas regiões. As células10 leucêmicas podem se acumular no fígado24, no baço25, na pele26, nos vasos sanguíneos21 dos pulmões27 e olhos28, nas gengivas, testículos29 e rins30, dando origem a sintomas14 correspondentes a esses órgãos. Em casos raros, a leucemia1 mieloide aguda pode se disseminar para os linfonodos31, aumentando seu tamanho.
Como o médico diagnostica a leucemia1 mieloide aguda?
O diagnóstico32 de leucemia1 mieloide aguda sempre requer exames laboratoriais ou de imagem. O mielograma33, exame essencial nesses casos, consiste na aspiração de uma amostra da medula óssea4 a ser examinada em laboratório. É um exame de grande importância para o diagnóstico32 e para a avaliação da resposta ao tratamento.
A punção lombar consiste na aspiração do líquor34 (líquido que banha e envolve o cérebro35 e a medula espinhal36) para exame citológico ou para injeção37 de quimioterapia38.
Como o médico trata a leucemia1 mieloide aguda?
O tratamento da leucemia1 mieloide aguda deve visar destruir as células10 leucêmicas e restituir à medula39 a capacidade de produzir células10 normais. Os tratamentos incluem quimioterapia38, outras terapias medicamentosas e transplantes de células-tronco40.
O êxito do tratamento depende de uma associação adequada de medicamentos, controle das complicações infecciosas e hemorrágicas41 e prevenção ou combate da doença no cérebro35 e medula espinhal36. Alguns casos requerem transplante de medula39. Durante o tratamento, os pacientes devem receber transfusões de hemácias42 e de plaquetas12 até que a medula óssea4 recupere a produção e maturação das células10 normais do sangue3.
A leucostase é rara, mas é uma emergência43 clínica que precisa ser imediatamente tratada.
Como evolui em geral a leucemia1 mieloide aguda?
A leucemia1 mieloide aguda progride rapidamente, o que torna extremamente importante iniciar o tratamento tão logo seja feito o diagnóstico32.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do NIH - National Institutes of Health e da Encyclopedia Britannica.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.