Esclerose subcondral - como ela é?
O que é esclerose1 subcondral2?
A esclerose1 subcondral2 é uma doença que tem impacto nos ossos das pessoas que sofrem de osteoartrites. É o endurecimento do osso logo abaixo da superfície da cartilagem3, especificamente nas zonas das articulações4, em decorrência do aumento da massa e da densidade óssea por uma camada fina de osso localizada logo abaixo da cartilagem3 da articulação5.
Quais são as causas da esclerose1 subcondral2?
A causa da esclerose1 subcondral2 ainda não é claramente compreendida. No entanto, sabe-se que ela aparece nas fases adiantadas e finais da osteoartrite6, quando há uma degeneração7 da cartilagem articular8.
Contudo, estudos mais recentes têm mostrado que pode haver alterações no osso subcondral2 nos estágios iniciais da osteoartrite6 e que essas mudanças iniciais podem ser uma das causas, não um resultado, da artrite9. Uma visão10 mais antiga prega o contrário: à medida que a ponta do osso se torna mais espessa, pode danificar a cartilagem3 da articulação5, levando à osteoartrite6.
Os fatores de risco para a esclerose1 subcondral2 são os mesmos da osteoartrite6: genética, idade avançada, mulheres na pós-menopausa11, obesos, lesões12 nas articulações4, estresse repetitivo nas articulações4 e ossos desalinhados.
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Qual é o substrato fisiológico14 da esclerose1 subcondral2?
O tecido ósseo15 de uma pessoa está constantemente sendo reparado e substituído, especialmente na parte próxima à articulação5. Quando a pessoa tem esclerose1 subcondral2, algo faz com que o novo tecido16 se torne mais denso e tenha mais colágeno17 do que o osso normal. A esclerose1 subcondral2 ocorre devido a esse espessamento.
A junção osteocondral é a transição entre os tecidos moles e duros e, portanto, é crítica para absorver as tensões durante a atividade articular. A esclerose1 subcondral2 envolve a degradação da cartilagem3 e a remodelação óssea devido a uma resposta ativa dos condrócitos18 na cartilagem articular8 e das células19 inflamatórias nos tecidos circundantes. A liberação de enzimas dessas células19 decompõe o colágeno17, destruindo a cartilagem articular8. A exposição do osso subcondral2 subjacente resulta em esclerose1, seguida por alterações reativas de remodelação que levam à formação de cistos e osteófitos20 do osso subcondral2. O espaço articular é progressivamente perdido ao longo do tempo.
Quais são as características clínicas da esclerose1 subcondral2?
A esclerose1 subcondral2 aparece nas fases adiantadas da osteoartrite6 e não apresenta sintomas21 separados dos sintomas21 dessa doença. Ela é comum nos ossos envolvidos nas articulações4 que suportam cargas, como joelhos e quadris, mas outras articulações4 também podem ser afetadas, incluindo a mão22, o pé ou a coluna.
A esclerose1 subcondral2 pode acompanhar o agravamento da dor nas articulações4 próprias da osteoartrite6. Outros sinais23 e sintomas21 decorrentes da esclerose1 subcondral2 são a formação de cistos e os osteófitos20 (esporões ósseos). Um cisto subcondral2 é um espaço cheio de líquido dentro de uma articulação5, que se estende a partir de um dos ossos que formam a articulação5. Os osteófitos20 são uma das principais características clínicas dessa doença e podem se formar desde o início dela e ser uma fonte de dor e perda da função articular. Em geral, podem ser vistos antes de ocasionarem estreitamento do espaço articular.
Como o médico diagnostica a esclerose1 subcondral2?
À medida que a artrite9 piora, a área do osso logo abaixo da cartilagem3 torna-se mais densa, mas a pessoa não sente que isto está acontecendo, o que só pode ser detectado por radiografias ou ressonância magnética24. Os cistos aparecem pela primeira vez nas radiografias como pequenos sacos cheios de líquido logo abaixo da superfície da cartilagem3 da articulação5. Os esporões podem ser denunciados por dores e serem detectados igualmente por estes mesmos exames complementares.
Como o médico trata a esclerose1 subcondral2?
Não existem tratamentos específicos para a esclerose1 subcondral2, mas existem alguns para a osteoartrite6, e a esclerose1 subcondral2 é tratada como parte do tratamento daquela. São incluídos medicamentos anti-inflamatórios, fisioterapia25 para fortalecer os músculos26 ao redor de uma articulação5 comprometida, exercícios de baixo impacto, perda de peso, injeções de corticoide e ácido hialurônico.
Os cistos ósseos podem requerer aspiração, mas a condição de artrite9 também deve ser tratada para evitar a formação de novos cistos. Os esporões podem ser removidos por cirurgia. A cirurgia é o último recurso quando todos os outros tratamentos falham. A cirurgia de substituição de quadril e joelho atualmente é comum.
Quais são as complicações possíveis com a esclerose1 subcondral2?
Um estudo recente sugere que, em pessoas com osteoartrite6 do joelho, os cistos do osso subcondral2 podem indicar aumento da taxa de perda de cartilagem3 e progressão para piora da osteoartrite6. O estudo também descobriu que as pessoas com esses cistos têm, em média, o dobro da probabilidade de necessitarem de uma prótese27 de joelho dentro de um período de dois anos.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Science Direct e da Mayo Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.