Dor nas juntas - minhas articulações estão doendo
O que é poliartrite?
Chama-se poliartrite qualquer tipo de artrite1 que envolva cinco ou mais articulações2.
Quais são as causas da poliartrite?
A poliartrite geralmente é geneticamente causada por uma doença autoimune3, entre elas, artrite reumatoide4, febre reumática5, lúpus6 eritematoso7, artrite1 psoriática, osteoartrites, espodilopatias (termo genérico para indicar patologia8 das vértebras) e amiloidose9. Algumas vezes, a poliartrite pode ser causada por bactérias ou vírus10.
Qual a fisiopatologia11 da poliartrite?
Quando causada por fatores genéticos autoimunes12, o próprio organismo produz anticorpos13 que atacam e danificam as articulações2 e o corpo se defende desses ataques, danificando ainda mais as articulações2. Os vasos sanguíneos14 se dilatam para permitir a passagem de mais plasma15, que vai levar as células16 de defesa à região da lesão17. Essa concentração de plasma15 causa inchaço18 nas articulações2 e aumenta a dor na região. Quando a causa é infecciosa, por vírus10 ou bactérias, o corpo se defende da mesma maneira: há a dilatação dos vasos e as células16 se direcionam para o local do ataque, resultando em dor e inchaço18.
Quais são as principais características clínicas da poliartrite?
O mais característico da poliartrite é a presença de cinco ou mais articulações2 inflamadas ao mesmo tempo. Os locais mais comuns dessas inflamações19 incluem pescoço20, ombros, cotovelos, mãos21, quadris, joelhos e pés. A inflamação22 se caracteriza por inchaço18, calor, rubor e dor, especialmente quando a articulação23 é movimentada, podendo inclusive ser definitiva ou temporariamente incapacitante para a rotina diária da pessoa.
Como o médico diagnostica a poliartrite?
O diagnóstico24 deve basear-se nos sintomas25 típicos, embora outras doenças também envolvam múltiplas inflamações19 de articulações2 e, assim, dificultam o reconhecimento da poliartrite. Entre elas, doença de Lyme, tuberculose26, infecções27 fúngicas28 e bacterianas, leptospirose, doença de Whipple, gota29, anquilose30, doenças vasculares31 sistêmicas, doenças endócrinas e fibromialgias.
É importante ressaltar que antes de fazer um diagnóstico24 definitivo da doença, outras patologias devem ser descartadas por meio de uma série de exames. O diagnóstico24 dessa e de diversas outras doenças exigirão, em cada caso, exames complementares específicos.
Para mais informações sobre outros tipos de artrites, leia também nossos artigos sobre "Artrite1", "Artrite reumatoide4", "Artrite1 séptica", "Artralgia32" e "Osteoartrite33".
Como o médico trata a poliartrite?
O tratamento não medicamentoso envolve repouso, combinado a exercícios para manter a boa função articular. É especialmente importante perder peso, em casos em que o sobrepeso34 esteja agravando os sintomas25. Bolsa quente ou gelada, dependendo do caso, pode proporcionar alívio em articulações2 afetadas por artrite1 não-inflamatória.
No que se refere a remédios, os analgésicos35 simples podem ser eficazes no controle da dor. As pomadas devem ter preferência por terem menos efeitos colaterais36 gastrointestinais e cardiovasculares. Quando a dor não for adequadamente controlada, analgésicos35 mais fortes podem ser utilizados. Os esteroides intra-articulares não são rotineiramente recomendados, mas podem ser eficazes para surtos agudos da artrite1. Comprimidos de esteroides também podem ser utilizados no tratamento da poliartrite inflamatória.
Os imunossupressores podem ser úteis em caso de doenças autoimunes12. Uma fisioterapia37 deve ser utilizada para manter os músculos38 fortalecidos e alongados e diminuir possíveis deformações. A cirurgia é uma alternativa extrema para tratar a poliartrite. Há casos em que a cirurgia consistirá na troca da articulação23 afetada por uma prótese39. Todos esses tratamentos, no entanto, são meramente sintomáticos. Se for reconhecida, a doença de base deve ser tratada pelos meios apropriados.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.