Voz baixa e rouca? Pode ser edema de Reinke!
O que é edema1 de Reinke?
O edema1 de Reinke é o inchaço2 das cordas vocais3. Ele é considerado um pólipo4 benigno que representa 10% de todas as patologias laríngeas benignas. Foi identificado pela primeira vez pelo anatomista alemão Friedrich B. Reinke, em 1895.
Quais são as causas do edema1 de Reinke?
A principal causa associada ao edema1 de Reinke é o tabagismo. Cerca de 97% dos pacientes com essa patologia5 são fumantes habituais. Outros fatores de risco identificados incluem uso excessivo das cordas vocais3, refluxo gastroesofágico6 e hipotireoidismo7.
A literatura médica sugere que o edema1 de Reinke pode também ocorrer secundariamente à mudança hormonal, mas as evidências para isso não são conclusivas. A doença é diagnosticada com mais frequência em mulheres do que em homens, porque as alterações na voz mais baixa são mais perceptíveis no sexo feminino.
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Qual é o substrato fisiológico8 do edema1 de Reinke?
O edema1 de Reinke é devido ao fluido coletado no espaço de Reinke. O espaço de Reinke, às vezes chamado de lâmina própria superficial, é uma camada gelatinosa das cordas vocais3 localizada abaixo da lâmina das células9 externas desse órgão. O edema1 de Reinke é caracterizado pela aparência "semelhante a um saco" das cordas vocais3 cheias de líquido. Ele é constituído por um fluido branco translúcido que causa uma protuberância (distensão) das cordas vocais3.
Quando uma pessoa fala, o espaço de Reinke vibra para permitir a produção de som. O inchaço2 das pregas vocais faz com que essa vibração se altere e a voz fique profunda e rouca. Assim, a voz de baixa tonalidade é um resultado direto do aumento do fluido no espaço de Reinke, que vibra em uma frequência mais baixa do que o normal.
Quais são as características clínicas do edema1 de Reinke?
O principal sintoma10 do edema1 de Reinke é uma rouquidão semelhante à que ocorre na laringite11. A maioria dos casos é bilateral, afetando as cordas vocais3 de ambos os lados, embora mais raramente possa ser unilateral. Os sintomas12 são considerados crônicos porque se desenvolvem gradualmente ao longo do tempo e a intensidade deles depende de quanto tempo o indivíduo foi ou é exposto ao fator de risco13.
No caso do tabagismo, por exemplo, desde que o indivíduo continue o hábito de fumar, o edema1 do Reinke continuará a progredir. Isso é verdade também para outros fatores de risco, como refluxo gástrico não tratado e uso excessivo da voz.
O sinal14 mais característico do edema1 de Reinke é uma formação com aparência de "saco" das pregas vocais. O sintoma10 clínico mais comum é uma voz baixa e rouca. Embora a rouquidão seja um problema comum a muitas doenças laríngeas, quando ela está associada ao inchaço2 das cordas vocais3 e à redução da voz, é um sinal14 de alerta para o edema1 de Reinke. Além disso, pode haver problemas para falar (disfonia15), faixa vocal reduzida com limites superiores diminuídos, alongamento da mucosa16 e falta de ar (dispneia17).
Como o médico diagnostica o edema1 de Reinke?
O diagnóstico18 de suspeita é feito a partir dos sintomas12 e de uma inspeção19 do que é visível da laringe20. Características microscópicas podem ser usadas para confirmar o diagnóstico18 de edema1 de Reinke. A esse nível, as cordas vocais3 apresentarão redução de colágeno21, elastina e proteínas22 matriz extracelulares.
Como o médico trata o edema1 de Reinke?
Como o edema1 de Reinke é uma condição benigna e seu tratamento muitas vezes envolve difíceis mudanças no estilo de vida, a primeira coisa a ser levada em conta é se o paciente de fato deseja tratamento. Alguns indivíduos simplesmente optam por conviver com seus efeitos.
O primeiro passo para tratá-lo é eliminar ou controlar os fatores de risco que estejam causando a doença. Como a maioria dos casos é causada pelo uso a longo prazo de cigarros, é importante parar de fumar. Embora apenas isso não melhore o edema1, deterá a sua progressão.
Se a eliminação dos fatores de risco não for suficiente para melhorar os sintomas12 do paciente, pode ser necessária uma cirurgia especializada que é, na verdade, uma microcirurgia. No entanto, ela é indicada principalmente quando os pacientes estão suficientemente motivados para eliminar a causa ou causas do problema, ou quando há um alto risco de câncer23 de prega vocal24, o que é raro.
Como evolui o edema1 de Reinke?
O edema1 de Reinke é considerado um pólipo4 benigno das cordas vocais3, que pode se tornar pré-canceroso se o indivíduo continuar tendo contato com os fatores de rico. Um indicador de câncer23 é o desenvolvimento de leucopláquia, que se manifesta como manchas brancas nas pregas vocais.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da University of Pittsburgh e do National Institutes of Health (USA).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.