Dores nas pernas
Generalidades sobre as dores nas pernas
As dores nas pernas podem acontecer em qualquer faixa etária, sendo mais frequentes nos idosos. Elas podem se dever ao excesso de esforço físico, a um problema local como as provocadas por varizes1, por exemplo, ou serem reflexo de doenças sistêmicas. Por outro lado, podem ser circunscritas a uma pequena área, como as dores oriundas de traumatismos, ou afetarem segmentos maiores como as panturrilhas2, a parte posterior das coxas3 ou mesmo envolverem toda a perna.
As dores no joelho, por sua frequência e tipicidade, merecem uma consideração especial, a ser feita em outro texto.
Quais são as causas das dores nas pernas?
As causas das dores nas pernas são inumeráveis, mas as mais comuns são:
- Neuropatias: por alterações nos nervos periféricos, causadas por doenças como o diabetes mellitus4 e a AIDS, por exemplo, ou por questões hereditárias, exposição a substâncias tóxicas, deficiências nutricionais e bebidas alcoólicas. Em geral, são acompanhadas por outros sintomas5 como formigamento, cansaço muscular e perda de força. Um caso particular é a dor ciática, correspondente à inflamação6 do nervo ciático7, uma dor muito forte ao longo de toda a perna.
- Cãibras: contraturas repentinas, involuntárias e dolorosas dos músculos8 (geralmente) da panturrilha9, mais comuns durante exercícios físicos intensos. Podem também ser provocadas pela desidratação10 ou pelo uso de diuréticos11, ao diminuir principalmente a taxa de potássio no sangue12, mas também a de outros minerais.
- Inflamações13 articulares: as pessoas que têm inflamações13 nas articulações14, de natureza autoimune15 ou infecciosa, sentem dores nas pernas quando fazem exercícios, mesmo que moderados. As dores articulares se localizam, com maior frequência, nos quadris, joelhos ou tornozelos. Outras dores provenientes das articulações14 são as bursites e tendinites.
- Dores musculares: são dores causadas por exercícios físicos excessivos ou que o indivíduo não esteja habituado ou por problemas musculares tipo distensão.
- Problemas circulatórios: incomuns em crianças. Prevalentes em mulheres a partir dos 40 anos, geralmente associados a varizes1 nas pernas, as quais podem inflamar formando flebites, que adicionalmente provocam mais dor.
- Dores relacionadas à coluna: a compressão de raízes nervosas16 que emergem da coluna lombar, por uma hérnia de disco17, um osteófito18, um tumor19, etc, causa uma dor na região que se irradia para os membros inferiores.
- Dores traumáticas: incluem as causadas por fraturas, hemorragias20 e entorses21 ou simplesmente aquelas causadas pelos impactos de esportes como saltos, corrida, vôlei, etc. Geralmente afetam músculos8 da panturrilha9 e/ou da coxa22.
Quais são as características das dores nas pernas?
As dores nas pernas podem ter várias intensidades, às vezes doem espontaneamente, outras vezes doem apenas se a região dolorida for tocada. Podem ter a característica de queimação, fisgada ou dor contínua e podem às vezes ser dores irradiadas de outras partes do corpo.
As dores de origem ortopédica ou reumatológica são localizadas nas estruturas doentes e referidas como dor latente, em queimação ou cãibra. Pioram com o movimento ou quando o indivíduo fica em pé e melhoram com o repouso, a não ser quando existe inflamação6 ou fratura23 óssea. As dores de origem neurológica se manifestam com formigamentos, dormências, queimação, pontadas, agulhadas, choques, sensação de calor nos pés ou água fria nas pernas. As dores oriundas de doenças da pele24 adquirem caráter de pontada, ardor25 ou latejamento. As circulatórias em geral são associadas a exercícios, sobretudo caminhadas, piorando quando o indivíduo anda e melhorando quando para.
Como o médico trata as dores nas pernas?
O tratamento das dores nas pernas depende das suas causas. Muitas delas se resolvem apenas com repouso, outras com fisioterapia26. Conforme o caso, analgésicos27 e anti-inflamatórios podem ser prescritos. Alguns casos, como as hérnias28 de disco, por exemplo, podem requerer cirurgia.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.