Apneia do sono em bebê
O que é a apneia1 do sono em bebê?
A apneia1 infantil é um distúrbio respiratório relacionado ao sono (apneia1 do sono). Consiste em pausas na respiração que ocorrem durante o sono da criança. Quando as reduções da respiração são apenas parciais elas são chamadas de “hipopneias”.
Quais são as causas da apneia1 do sono em bebê?
As apneias do sono infantil podem se dever a uma força frágil para respirar, a obstruções das vias aéreas ou a causas que combinem os dois fatores. Na infância, as apneias aumentam de frequência durante o estágio do sono do movimento rápido dos olhos2 (REM). Às vezes, ocorre em bebês3 prematuros maiores ou a termo, mas bebês3 prematuros menores têm maior probabilidade de apresentar a condição. Contudo, é mais comum em bebês3 com menos de seis meses.
Uma variedade de condições médicas pode favorecer a apneia1 do sono infantil: refluxo ácido, anemia4, anestesia5, drogas usadas pela mãe, infecção6, doença pulmonar, distúrbios metabólicos, problemas neurológicos, convulsões e vias aéreas superiores de pequena conformação.
Saiba mais sobre "Apneia1 do sono", "Ciclos do sono", "Prematuridade" e "Sono do bebê e da criança".
Qual é o mecanismo fisiológico7 da apneia1 do sono em bebê?
Geralmente há alguma instabilidade normal no desenvolvimento da respiração de uma criança, mesmo em bebês3 saudáveis, devido à imaturidade cerebral. Pausas na respiração podem acontecer como eventos isolados, com duração de no máximo 20 segundos. No entanto, elas podem, também, ser mais frequentes e mais intensas, caracterizando verdadeiras apneias do sono.
Quais são as principais características clínicas da apneia1 do sono em bebê?
As apneias do sono infantil podem ser (1) centrais, (2) obstrutivas ou (3) mistas. Apneias centrais ocorrem quando o corpo diminui ou interrompe os esforços para respirar que resultam de um problema no cérebro8 ou no coração9. As apneias obstrutivas ocorrem quando o tecido10 mole na parte de trás da garganta11 colapsa e bloqueia as vias aéreas durante o sono. As apneias mistas envolvem um fator central que é diretamente seguido por um fator obstrutivo.
As apneias que ocorrem em prematuros maiores e bebês3 nascidos a termo tendem a ser apneias centrais. Verdadeiras apneias obstrutivas são raras em lactentes12 saudáveis. A maioria das apneias que ocorrem em pequenos prematuros são apneias mistas. Na infância, as apneias aumentam de frequência durante o estágio do sono do movimento rápido dos olhos2 (REM).
Como reconhecer a apneia1 do sono em bebê?
As crianças que apresentam ronco durante o sono devem ser suspeitas de sofrerem de apneia1 do sono. As pausas na respiração também podem ser observadas enquanto a criança está dormindo. Um médico, de preferência um especialista em sono, analisará a história e os sintomas13 do bebê e se necessário recomendará uma polissonografia14, que é um exame do sono durante toda a noite. Este exame mapeia as ondas cerebrais, os batimentos cardíacos e a respiração do bebê durante o sono e também registra os movimentos dos braços e das pernas.
É importante também saber se há outros fatores causando problemas ao sono do bebê, como alguma outra patologia15 clínica orgânica, uso de medicação ou distúrbios da saúde16 mental. O médico deve ser informado sobre quaisquer complicações que a mãe ou o bebê tiveram durante ou após o parto.
Leia sobre "Polissonografia14", "Síndrome17 da dificuldade respiratória dos recém-nascidos", "Desvio de septo nasal18" e "Falta de ar".
Como o médico trata a apneia1 do sono em bebê?
Com os resultados da polissonografia14, o médico será capaz de desenvolver um plano adequado de tratamento. Bebês3 com apneia1 do sono infantil podem precisar de uma máquina para fornecer suporte respiratório, mas o tratamento também envolve medicamentos. Ambas as opções, contudo, tendem a ser tratamentos de curto prazo porque a apneia1 do sono do bebê tende a desaparecer à medida que a criança amadurece, dentro de 40 semanas após a concepção19.
É mais provável que o problema persista por mais tempo em bebês3 que nasceram com menos de 28 semanas após a concepção19. Se houver alguma condição médica que cause ou piore a apneia1 do sono infantil esta condição também precisa ser tratada.
Como evolui a apneia1 do sono em bebê?
As crianças portadoras de apneias do sono têm um desempenho pior nos testes de QI20 que as demais e apresentam danos em estruturas do cérebro8 relacionadas à memória, aprendizado e desenvolvimento das capacidades mentais e físicas, limitando até a habilidade de ler. A síndrome17 da apneia1 do sono também pode levar a um retardo no crescimento e até a uma alteração cardiorrespiratória, como hipertensão21 pulmonar.
Uma pequena percentagem de crianças que morrem de síndrome17 da morte súbita infantil tem sintomas13 de apneia1 antes da morte, mas a apneia1 do sono infantil não foi estabelecida como um fator de risco22 para a morte súbita infantil.
Quais são as complicações possíveis da apneia1 do sono em bebê?
As apneias do sono em bebês3 podem causar complicações graves: a criança pode ter "hipoxemia23" (baixa de oxigênio no sangue24) e desenvolver “bradicardia25” (lentificação dos batimentos cardíacos). O bebê pode até mesmo perder a consciência e precisar ser ressuscitado.
Complicações a longo prazo são raras. É de prever que os problemas sejam mais prováveis para bebês3 que precisaram de uma ressuscitação frequente. Os problemas de saúde16 também serão mais comuns se a apneia1 do sono infantil estiver relacionada a alguma outra condição médica grave.
Veja também sobre "Hipertensão21 pulmonar", "Morte súbita do lactente26", "Hipóxia27" e "Bradicardia25".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.