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Câncer de pulmão. Como é?

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O que é câncer1 de pulmão2?

O câncer1 de pulmão2 é um dos cânceres mais frequentes e graves e um dos que mais mata em todo mundo. É um tumor3 caracterizado pela proliferação descontrolada de células4 do tecido5 pulmonar. A maioria dos tumores do pulmão2 são carcinomas derivados de células4 epiteliais. Os principais tipos de câncer1 de pulmão2 são o carcinoma6 de não pequenas células4 (CNPC) e o carcinoma6 de pequenas células4 (CPC). O câncer1 pulmonar originário é raro em não fumantes e a maioria dos comprometimentos pulmonares nesse caso é de tumores metastáticos.

Quais são as causas do câncer1 de pulmão2?

A causa mais comum do câncer1 de pulmão2 é o hábito de fumar. Cerca de 85 a 90% dos casos de câncer1 de pulmão2 ocorre em fumantes e os demais 10 a 15% dos casos são, frequentemente, atribuídos a fatores genéticos, aspiração de substâncias agressivas (entre elas a fumaça de cigarro pelo tabagismo passivo). Parece também haver uma incidência7 aumentada em pacientes que têm uma história familiar para câncer1 de pulmão2. O pulmão2 é também uma sede frequente de metástases8 originárias de outros órgãos. Quase qualquer câncer1 tem a capacidade de se disseminar pelos pulmões9.

Quais são os principais sinais10 e sintomas11 do câncer1 de pulmão2?

Os principais sinais10 e sintomas11 do câncer1 de pulmão2 são tosse, dispneia12, dor torácica, hemoptise13 (expectoração14 com sangue15), chiado no peito16, dor abdominal, perda de peso, rouquidão, baqueteamento digital (dedos em forma de baquete de tambor), dificuldade ao engolir. Como consequência do crescimento do tumor3 pode haver obstrução do fluxo do ar, dificuldade para respirar e pneumonia17.

Os tumores localizados no ápice do pulmão2 (tumor3 de Pancoast), graças aos comprometimentos do sistema nervoso18 simpático19 e do plexo braquial20, podem levar a problemas nos músculos21 oculares e à fraqueza muscular nas mãos22. Podem também comprimir uma das principais veias23 que chega ao coração24, causando a chamada síndrome25 da veia cava superior.

Como o médico diagnostica o câncer1 de pulmão2?

Em certo número de casos (cerca de 10%) o câncer1 de pulmão2 não apresenta sintomas11 em sua fase inicial e só é suspeitado por meio de radiografias ou tomografias do tórax26 tomadas em virtude de outros motivos. O diagnóstico27 de certeza é confirmado através de broncoscopia28, por biópsia29 cirúrgica ou com agulhas.

Como o médico trata o câncer1 de pulmão2?

O tratamento depende do grau de extensão da doença, do tipo histológico30 do tumor3 (tipo de células4 que formam o tumor3) e do bem-estar geral do paciente, mas na maioria das vezes envolve cirurgia, quimioterapia31 e radioterapia32, sozinhas ou combinadamente. O câncer1 de não pequenas células4 (CNPC) geralmente é tratado com cirurgia, ao passo que o câncer1 de pequenas células4 (CPC), normalmente, responde melhor à quimioterapia31 e à radioterapia32.

Como evolui o câncer1 de pulmão2?

O câncer1 de pequenas células4 (CPC) frequentemente se espalha muito cedo.

A sobrevida33 do paciente com câncer1 de pulmão2 é, no máximo, de cinco anos após o diagnóstico27, mas geralmente não chega a isso.

Como prevenir o câncer1 de pulmão2?

  • Não fumar ou abandonar o fumo. O tabagismo é responsável pela maioria dos casos de câncer1 de pulmão2.
  • Evite a exposição à inalação de substâncias agressivas aos pulmões9, como metais pesados, asbesto, arsênico, sílica, etc.
  • Faça uma radiografia de pulmão2 ou uma tomografia computadorizada34, quando indicada por um médico, a cada um ou dois anos.

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cancer Treatment Centers of AmericaAmerican Cancer SocietyNational Cancer Institute e American Society of Clinical Oncology.

ABCMED, 2013. Câncer de pulmão. Como é?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/cancer/353449/cancer-de-pulmao-como-e.htm>. Acesso em: 19 nov. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
3 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
4 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
5 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
6 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
7 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
8 Metástases: Formação de tecido tumoral, localizada em um lugar distante do sítio de origem. Por exemplo, pode se formar uma metástase no cérebro originário de um câncer no pulmão. Sua gravidade depende da localização e da resposta ao tratamento instaurado.
9 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
10 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
11 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
12 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
13 Hemoptise: Eliminação de sangue vivo, vermelho rutilante, procedente das vias aéreas juntamente com a tosse. Pode ser manifestação de um tumor de pulmão, bronquite necrotizante ou tuberculose pulmonar.
14 Expectoração: Ato ou efeito de expectorar. Em patologia, é a expulsão, por meio da tosse, de secreções provenientes da traqueia, brônquios e pulmões; escarro.
15 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
16 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
17 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
18 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
19 Simpático: 1. Relativo à simpatia. 2. Que agrada aos sentidos; aprazível, atraente. 3. Em fisiologia, diz-se da parte do sistema nervoso vegetativo que põe o corpo em estado de alerta e o prepara para a ação.
20 Plexo Braquial: A maior rede de fibras nervosas que inervam a extremidade superior. O plexo braquial estende-se do pescoço até a axila. Em humanos, os nervos deste plexo usualmente se originam dos segmentos inferior cervival e primeiro torácico da medula espinhal (C5-C8 e T1), porém variações não são incomuns.
21 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
22 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
23 Veias: Vasos sangüíneos que levam o sangue ao coração.
24 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
25 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
26 Tórax: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original Sinônimos: Peito; Caixa Torácica
27 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
28 Broncoscopia: Método de diagnóstico que permite observar através dos brônquios utilizando um dispositivo óptico (fibroendoscópio), obter biópsias e realizar culturas de secreções.
29 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
30 Histológico: Relativo à histologia, ou seja, relativo à disciplina biomédica que estuda a estrutura microscópica, composição e função dos tecidos vivos.
31 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
32 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
33 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
34 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
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