Tumores ósseos: o que são? Quais os tipos? Quais as causas e os sintomas? Como são o diagnóstico e o tratamento? Qual é a evolução?
O que é um tumor1 ósseo?
O tumor1 ósseo é um nódulo2 ou uma massa que se forma num osso quando células3 se dividem de forma incontrolável. Alguns tumores ósseos nascem no osso e são ditos primários; outros se originam em outras partes do organismo e se espalham para o osso, o que se denomina de metástases4 ósseas. Progressivamente, os tumores substituem o tecido ósseo5 normal pelas células3 malignas, enfraquecendo os ossos e levando a fraturas patológicas. A maioria dos tumores ósseos é benigna e localizada. Os tumores ósseos primários malignos podem levar a metástases4 à distância, em outros ossos ou em outros órgãos, através do sangue6 ou do sistema linfático7.
Quais são os tipos de tumores ósseos?
Os tumores ósseos podem ser benignos (osteocondromas, encondromas, fibromas condromixoides, osteomas8 osteoides, tumor1 de células gigantes9, condroblastomas) ou malignos (osteossarcomas, tumores de Ewing, condrossarcomas, mielomas múltiplos, plasmocitomas, metástases4 ósseas), originários do próprio osso ou de órgãos à distância e estabelecidos neles como metástases4.
Na medula10 do osso também podem ocorrer tumores de comportamentos diferentes, que podem simular tumor1 ósseo primário, mas que, na verdade, são cânceres das células3 do sangue6, os quais são produzidos dentro da medula óssea11. Os tumores metastáticos no tecido ósseo5 podem provir de outros órgãos como mama12, próstata13, rim14 e intestino, dentre outros.
Os tipos mais comuns de tumores ósseos malignos são:
- Mieloma15 múltiplo: é um tumor1 maligno da medula óssea11. É o tumor1 primário mais comum do osso. A maioria dos casos atinge pacientes com idades compreendidas entre os 50 e os 70 anos e qualquer osso pode ser acometido.
- Osteossarcoma: é o segundo tumor1 ósseo mais comum, mas é um tumor1 raro. A maioria dos casos ocorre em adolescentes.
- Sarcoma16 de Ewing: é mais comum entre os cinco e os 20 anos de idade.
- Condrossarcoma: ocorre mais comumente em pacientes entre 40 e 70 anos de idade.
Quais são as causas dos tumores ósseos?
Os tumores ósseos primários têm causa desconhecida. As causas dos tumores metastáticos dependem de seus órgãos de origem.
Quais são os principais sinais17 e sintomas18 dos tumores ósseos?
Alguns pacientes não têm quaisquer sintomas18 e apenas percebem uma massa indolor. Quando há sintomas18, a dor é o sintoma19 mais frequente dos tumores ósseos. É uma dor, intensa e contínua que pode ocorrer em qualquer período do dia, mas que predomina à noite. Certo número de tumores ósseos geram lesões20 que enfraquecem o osso e levam a microfraturas ou verdadeiras fraturas que se dão espontaneamente ou ante um traumatismo21 mínimo e que pioram a dor. Quando a massa tumoral é próxima a uma articulação22, pode provocar diminuição ou bloqueio de movimentos e, se comprime estruturas vizinhas, pode gerar os sintomas18 correspondentes. A febre23 pode partir do tumor1 em si ou de uma osteomielite24 (inflamação25 do osso) superveniente. Da mesma forma, a íngua (linfonodo26 crescido) também pode estar relacionada ao processo inflamatório, bem como à disseminação do tumor1 ósseo.
Como o médico diagnostica os tumores ósseos?
Os tumores benignos costumam ser assintomáticos e geralmente são descobertos acidentalmente quando radiografias são feitas por outros motivos. Quando o tumor1 é detectado, o médico deve obter uma história clínica completa e fazer um exame físico minucioso. Na maioria das vezes o exame físico revela poucos sintomas18, mas devem ser avaliadas a textura e a localização da massa óssea, se ela é dolorosa ou não, bem como quaisquer alterações nas articulações27 e na amplitude dos movimentos. O exame físico pode determinar também se há ou não fraturas e se há infecções28 e compressão de nervos ou vasos sanguíneos29. As radiografias oferecem imagens bastante precisas dos tumores ósseos e da eventual destruição óssea que possam ter causado, bem como de algumas de suas características e das deformidades que ocasionam. Elas podem ser associadas a exames de tomografia computadorizada30, ressonância magnética31 e cintilografia32 óssea. Entre outros exames laboratoriais, os exames de sangue6 complementam o diagnóstico33. Devem ser analisadas a série vermelha e a série branca, com velocidade de hemossedimentação34 (VHS35), obrigatoriamente, e dosada a fosfatase ácida e alcalina e a proteína C reativa (PCR36). Uma biópsia37, que retire amostras do tecido38 tumoral para serem examinadas em um microscópio, ajuda a selar definitivamente o diagnóstico33.
Como o médico trata os tumores ósseos?
O tratamento dos tumores ósseos malignos depende do estadiamento do câncer39, que fornece uma ideia sobre o grau de sua evolução e se ele é localizado ou se se espalhou. Nos tumores localizados, em que as células3 cancerosas são restritas ao tumor1, o tratamento é mais fácil. No caso de haver metástases4 em outros locais o tratamento é mais difícil. Quase sempre o tratamento é cirúrgico para a remoção do tumor1. A quimioterapia40 e a radioterapia41 podem ser utilizadas em combinação à cirurgia. A amputação42 do membro envolvido pode ser necessária se houver nervos e vasos sanguíneos29 comprometidos.
Como evoluem os tumores ósseos?
A evolução de um tumor1 ósseo depende do seu tipo.
Um minucioso acompanhamento deve ser feito para se ter a certeza de que o câncer39 está sob controle ou para tratá-lo precocemente caso ocorra uma recidiva43, bem como para seguir os efeitos secundários tardios do tratamento.
Um seguimento fisioterápico deve ser feito por pacientes que tenham sofrido mutilações de parte ou da totalidade de um membro e para que os pacientes aprendam a utilizar as suas próteses, se for o caso.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.