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Hipertensão intracraniana idiopática

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O que é hipertensão1 intracraniana idiopática2?

A hipertensão1 intracraniana idiopática2, também conhecida como pseudotumor cerebral, em virtude da semelhança dos sintomas3 entre ela e um tumor4 cerebral, é uma condição caracterizada por um aumento anormal da pressão dentro do crânio5 de um paciente lúcido e orientado, sem que haja uma causa orgânica conhecida.

Quais são as causas da hipertensão1 intracraniana idiopática2?

A causa exata da hipertensão1 intracraniana idiopática2 ainda é desconhecida. O que se sabe é que há um excesso de volume do cérebro6 no interior do crânio5 do paciente, que se torna, assim, excessivo em relação ao seu continente, a caixa craniana. Os motivos conhecidos desse excesso em geral são:

  1. aumento da produção ou diminuição da absorção do líquido cérebro6-espinhal;
  2. obstrução relativa do fluxo venoso, possivelmente em virtude de que os seios7 venosos sejam menores que o normal ou estejam impedidos;
  3. e aumento da massa cerebral por um tumor4.

No entanto, na hipertensão1 intracraniana idiopática2 nenhum desses motivos pode ser claramente demonstrado.

Leia sobre "Zumbido no ouvido8 ou tinnitus9", "Hérnias10 cerebrais", "Edema11 cerebral" e "Hemorragia subaracnoidea12".

Qual é o substrato fisiopatológico da hipertensão1 intracraniana idiopática2?

O crânio5 é uma caixa rígida, inextensível, formada pelos ossos do crânio5 e preenchida por líquido cefalorraquidiano13, vasos sanguíneos14 e massa cerebral. Qualquer um desses elementos que sofra um aumento de volume faz aumentar a pressão intracraniana. Portanto, postula-se que a hipertensão1 intracraniana idiopática2 possa estar relacionada a algum motivo não detectado de uma das três teorias sobre o motivo pelo qual a pressão intracraniana possa estar elevada:

  1. Excesso de produção de líquor15 (líquido cefalorraquidiano13) ou déficit na reabsorção dele. Dessas teorias, a mais antiga delas propõe um aumento da produção ou diminuição da reabsorção do líquido cefalorraquidiano13, com consequente aumento dele nos ventrículos cerebrais.
  2. Aumento do volume de sangue16 no cérebro6. Essa teoria postula que o aumento do fluxo sanguíneo para o cérebro6 pode resultar numa pressão intracraniana elevada. No entanto, poucas evidências apoiam essa sugestão, embora estudos recentes tenham mostrado um aumento do teor de água do tecido17 cerebral nessas situações. Essa ideia foi proposta desde as primeiras descrições da doença, no entanto, não há dados experimentais que a sustentem como ocorrendo sempre.
  3. Aumento de volume do tecido17 cerebral devido a um ciclo de retroalimentação positivo, em que o aumento da pressão intracraniana causa estreitamento venoso nos seios7 transversais, resultando em mais hipertensão1 venosa, diminuição da reabsorção do líquido cefalorraquidiano13 e ainda mais aumento adicional da pressão intracraniana.

Quais são as características clínicas da hipertensão1 intracraniana idiopática2?

A hipertensão1 intracraniana idiopática2 afeta mulheres jovens e obesas, ainda em idade fértil, embora possa afetar qualquer pessoa, incluindo crianças e homens. Os sintomas3 mais comuns são como os de um tumor4 no cérebro6, mas não há tumor4, e incluem dor de cabeça18 intensa, zumbido nos ouvidos, visão19 embaçada e, em casos mais graves, perda transitória de visão19.

Como o médico diagnostica a hipertensão1 intracraniana idiopática2?

O diagnóstico20 de hipertensão1 intracraniana idiopática2 deve partir de dados da história clínica e do exame físico. Para confirmar o diagnóstico20 e para excluir outras causas concorrentes, diversas investigações laboratoriais e de imagens se fazem necessárias. Na pressão intracraniana idiopática2, esses exames podem parecer normais, embora vistos com atenção, os ventrículos estão apequenados e em forma de fenda e há dilatação das bainhas do nervo óptico e achatamento21 da glândula22 pituitária, devido ao aumento da pressão.

Tomografia computadorizada23 ou ressonância magnética24 podem ser usadas para excluir quaisquer lesões25 de massa. Uma venografia feita com o auxílio da ressonância magnética24 deve ser realizada para excluir a possibilidade de estenose26/obstrução do seio27 venoso ou trombose28 do seio27 venoso cerebral.

A pressão intracraniana, geralmente além dos 15 mmHg (milímetros de mercúrio), deve ser medida por punção lombar, a qual é usada também para obter líquido cefalorraquidiano13 para exame em laboratório e para excluir diagnósticos alternativos. Nos casos de pressão intracraniana idiopática2, a composição do líquido cérebro6-espinhal é normal, sem indícios de infecção29 ou sangramento.

Como o médico trata a hipertensão1 intracraniana idiopática2?

O tratamento da hipertensão1 intracraniana idiopática2 visa, num primeiro momento, reduzir a pressão dentro do crânio5 e proporcionar uma melhora dos sintomas3. Casos graves podem exigir uma cirurgia para aliviar a pressão no cérebro6. Um objetivo principal no tratamento da hipertensão1 intracraniana idiopática2 é evitar a perda visual e a cegueira, bem como proporcionar o controle dos demais sintomas3.

Um primeiro medicamento normalmente prescrito é um diurético30, que pode reduzir a produção de fluido espinhal. Vários analgésicos31 podem ser usados no controle das dores de cabeça18 da hipertensão1 intracraniana, sem muita efetividade. O uso de esteroides deve ser restrito ao papiledema grave, porque fora disso seu uso é controverso e geralmente desencorajado.

Uma porção do líquido cefalorraquidiano13 pode ser removida por meio de uma punção lombar, para aliviar momentaneamente a pressão. Punções lombares repetidas às vezes são necessárias para controlar a pressão intracraniana com urgência32, se a visão19 da pessoa está se deteriorando rapidamente.

Se for suspeitada uma estenose26 do seio27 venoso, um implante33 de stent pode resolver a hipertensão1 venosa, levando à melhora da hipertensão1 intracraniana idiopática2.

A cirurgia deve ficar reservada apenas para duas situações: (1) descompressão34 da bainha do nervo óptico e (2) derivação da circulação35 liquórica. Ela, no entanto, só deve ser prescrita se as terapias médicas não forem bem-sucedidas.

Quais são as complicações possíveis com a hipertensão1 intracraniana idiopática2?

A complicação mais temível da hipertensão1 intracraniana idiopática2 não tratada é o papiledema, que pode causar sérios prejuízos à visão19 ou mesmo cegueira. Ele é susceptível de ocorrer em 10 a 25% dos pacientes.

Saiba mais sobre tumores cerebrais: "Astrocitoma", "Meduloblastoma" e "Meningiomas".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do PubMed e da Mayo Clinic.

ABCMED, 2023. Hipertensão intracraniana idiopática. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1434535/hipertensao-intracraniana-idiopatica.htm>. Acesso em: 5 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
2 Idiopática: 1. Relativo a idiopatia; que se forma ou se manifesta espontaneamente ou a partir de causas obscuras ou desconhecidas; não associado a outra doença. 2. Peculiar a um indivíduo.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
5 Crânio: O ESQUELETO da CABEÇA; compreende também os OSSOS FACIAIS e os que recobrem o CÉREBRO. Sinônimos: Calvaria; Calota Craniana
6 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
7 Seios: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
8 Zumbido no ouvido: Pode ser descrito como um som parecido com campainhas no ouvido ou outros barulhos dentro da cabeça que são percebidos na ausência de qualquer fonte de barulho externa.
9 Tinnitus: Pode ser descrito como um som parecido com campainhas no ouvido ou outros barulhos dentro da cabeça que são percebidos na ausência de qualquer fonte de barulho externa.
10 Hérnias: É uma massa circunscrita formada por um órgão (ou parte de um órgão) que sai por um orifício, natural ou acidental, da cavidade que o contém. Por extensão de sentido, excrescência, saliência.
11 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
12 Hemorragia subaracnoidea: Hemorragia subaracnoide ou subaracnoidea é um derramamento de sangue que se dá no espaço subaracnoideo compreendido entre duas meninges, a aracnoide e a pia-máter. Este espaço contém o líquor. Essas meninges, além da dura-máter, são membranas que envolvem o sistema nervoso. A origem habitual deste sangue é a ruptura de um vaso sanguíneo enfraquecido (quer seja por uma malformação arteriovenosa, quer por um aneurisma). Quando um vaso sanguíneo está afetado pela aterosclerose ou por uma infecção, pode produzir-se a rotura do mesmo. Tais rupturas podem ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequentes entre os 25 e os 50 anos. Raramente ela ocorre por um traumatismo craniano.
13 Líquido cefalorraquidiano: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
14 Vasos Sanguíneos: Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
15 Líquor: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
16 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
17 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
18 Cabeça:
19 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
20 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
21 Achatamento: 1. Ato ou efeito de achatar (-se); achatadura, depressão, rebaixamento. 2. Na astronomia, trata-se de um parâmetro geralmente muito pequeno, que caracteriza a não esfericidade de um astro em rotação, igual à variação relativa de uma grandeza quando se passa do equador ao polo. 3. Que tem ou tomou forma chata, plana.
22 Glândula: Estrutura do organismo especializada na produção de substâncias que podem ser lançadas na corrente sangüínea (glândulas endócrinas) ou em uma superfície mucosa ou cutânea (glândulas exócrinas). A saliva, o suor, o muco, são exemplos de produtos de glândulas exócrinas. Os hormônios da tireóide, a insulina e os estrógenos são de secreção endócrina.
23 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
24 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
25 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
26 Estenose: Estreitamento patológico de um conduto, canal ou orifício.
27 Seio: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
28 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
29 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
30 Diurético: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
31 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
32 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
33 Implante: 1. Em cirurgia e odontologia é o material retirado do próprio indivíduo, de outrem ou artificialmente elaborado que é inserido ou enxertado em uma estrutura orgânica, de modo a fazer parte integrante dela. 2. Na medicina, é qualquer material natural ou artificial inserido ou enxertado no organismo. 3. Em patologia, é uma célula ou fragmento de tecido, especialmente de tumores, que migra para outro local do organismo, com subsequente crescimento.
34 Descompressão: Ato ou efeito de descomprimir, de aliviar o que está sob efeito de pressão ou de compressão.
35 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
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