Zumbido no ouvido ou tinnitus. Você tem?
O que é zumbido no ouvido1 ou tinnitus2?
O zumbido no ouvido1 ou tinnitus2 afeta 28 milhões de brasileiros e 15% da população mundial. Ele é um som incomodativo, que nasce dentro da via auditiva, sem a presença de um estímulo externo e cuja intensidade não pode ser medida. É um sintoma3 muito comum, que traz prejuízos à qualidade de vida e que deve ser pesquisado e tratado adequadamente pelos profissionais de saúde4.
O zumbido significa que a via auditiva está funcionando em ritmo mais acelerado que o normal em resposta a alguma agressão que o ouvido possa ter sofrido, mesmo que pequena.
O ruído percebido pode ser contínuo ou intermitente5 e compara-se a qualquer tipo de som, sendo os mais comuns: chiado, apito, cachoeira, panela de pressão, canto de cigarra ou grilo, zunido de abelha, etc. Algumas pessoas só o escutam quando tudo está em silêncio, outras o ouvem o dia inteiro.
Quais são as causas do zumbido no ouvido1?
O zumbido no ouvido1 é um sintoma3 e não uma doença específica, ele pode ocorrer em diversas patologias. Existem mais de 200 causas associadas ao tinnitus2.
Não se consegue determinar todas as causas do zumbido, mas várias delas podem ser identificadas:
- Perda auditiva.
- Problemas metabólicos.
- Estresse ou problemas emocionais.
- Disfunções na articulação temporomandibular6.
- Cera em excesso.
- Reação a medicamentos.
- Abuso de cafeína, de doces ou de alimentos gordurosos.
- Exposição a sons muito altos ao longo da vida ou de forma aguda.
- Otites7 e labirintites8.
- Envelhecimento.
- Diabetes mellitus9.
- Hipertensão arterial10 (pressão alta).
- Doenças da tireoide11.
Uma mesma pessoa pode ter mais de uma causa de zumbido.
Quais os sintomas12 experimentados por uma pessoa que sofre de zumbido no ouvido1?
Além do ruído incômodo, que interfere no sono e na concentração da atenção, a pessoa geralmente fica ansiosa ou deprimida.
Como o médico faz o diagnóstico13 do zumbido no ouvido1?
O médico faz uma detalhada história clínica, exames complementares audiológicos, laboratoriais, eletrofisiológicos e de imagem e avalia a vida psíquica do paciente.
Muitas vezes é necessário uma equipe multidisciplinar para dar apoio a uma pessoa com tinnitus2.
Como é o tratamento do zumbido?
Não existe um tratamento único aplicável a todos os casos. O tratamento deve ser individualizado, segundo as causas que determinaram o aparecimento do tinnitus2. Pacientes com problemas parecidos podem reagir de forma completamente diferente ao mesmo medicamento ou procedimento adotado para o tratamento.
Muitas vezes é difícil ou impossível determinar as causas e tratar o zumbido, mas é possível fazer um treinamento para conviver melhor com ele, como é o caso da terapia de retreinamento de zumbido ou do mascaramento sonoro. Existem também grupos de apoio a pacientes com zumbido.
Procure um otorrinolaringologista para orientá-lo. Uma consulta com um fonoaudiólogo, um fisioterapeuta e com um psicólogo também pode ajudar.
Quais as medidas que podem auxiliar na prevenção do zumbido?
- Evitar ouvir sons muito altos, principalmente com fones de ouvido.
- Usar protetores de ouvido quando for obrigado a submeter-se a sons altos.
- Evitar o estresse.
- Alimentar-se de forma saudável, evitando longos períodos de jejum.
- Não abusar de cafeína, doces, álcool e nicotina.
- Certos medicamentos também podem produzir zumbidos como efeito colateral14. Se você estiver tomando algum medicamento, consulte seu médico a respeito.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, da Fundação Otorrinolaringologia, do International Archives of Otorhinolaryngology e do Brazilian Journal of Otorhinolaryngology.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.