Meduloblastoma - saiba mais sobre esse tumor cerebral
O que é meduloblastoma?
O meduloblastoma (latim: medula1 = medula1 + grego: blasto = primitivo e oma = tumor2) é um tumor2 cerebral cancerígeno invasivo, de crescimento rápido, que começa na parte inferior e posterior do cérebro3 (fossa posterior). Afeta o cerebelo4, que é o órgão envolvido na coordenação motora, equilíbrio e movimento muscular. É muito mais comum em crianças que em adultos.
Quais são as causas do meduloblastoma?
A etiologia5 do meduloblastoma ainda é desconhecida. No entanto, há razões para supor que, na maioria dos pacientes, ele seja causado por mutações genéticas, como muitos dos demais cânceres. O meduloblastoma costuma ocorrer com frequência em associação com as síndromes de Gorlin e de Turcot.
Leia sobre "Tumores cerebrais", "Hidrocefalia6", "Edema7 cerebral" e "Hipertensão8 intracraniana".
Qual é o substrato fisiopatológico do meduloblastoma?
Os meduloblastomas são tumores que começam nas células9 fetais embrionárias do cérebro3, as células9 neurológicas mais primitivas da medula1. São tumores invasivos, de crescimento rápido, que se espalham pelo líquido cefalorraquidiano10 (líquido que envolve e protege o cérebro3 e a medula espinhal11) e frequentemente produzem metástases12 em diferentes locais ao longo da superfície do cérebro3 e da medula espinhal11, até a cauda equina13. Muito dificilmente se espalham para fora do tecido14 cerebral.
Embora os meduloblastomas não sejam herdados, certas síndromes hereditárias podem aumentar o risco de desenvolver esses tumores.
Quais são as características clínicas do meduloblastoma?
O meduloblastoma pode ocorrer em qualquer idade, mas acontece com mais frequência em crianças pequenas. Embora seja raro, é o tumor2 cerebral cancerígeno mais comum em crianças. E só excepcionalmente acontece em adultos.
Os sinais15 e sintomas16 específicos associados a um meduloblastoma variam de pessoa para pessoa com base na localização e tamanho exatos do tumor2 e se ele se espalhou para outras áreas. Eles podem incluir dores de cabeça17, náuseas18, vômitos19, cansaço, tonturas20, visão21 dupla, má coordenação, caminhada instável e outras manifestações anormais.
Muitas crianças com meduloblastoma desenvolvem papiledema, uma condição na qual o nervo óptico incha devido ao aumento da pressão intracraniana, podendo causar redução da clareza da visão21. Frequentemente, o papiledema pode ser o primeiro sinal22 que leva as crianças afetadas à atenção de um neurologista23.
O meduloblastoma tende a se espalhar através do líquido cefalorraquidiano10 para outras áreas ao redor do cérebro3 e da medula espinhal11, mas raramente se espalha para outras áreas do corpo fora do sistema nervoso central24.
Como o médico diagnostica o meduloblastoma?
O diagnóstico25 começa com um apanhado dos sinais15 e sintomas16 exibidos e relatados pelo paciente e uma revisão do histórico médico dele. Os testes e procedimentos usados para diagnóstico25 incluem:
- Exame neurológico, durante o qual devem ser testados a visão21, a audição, o equilíbrio, a coordenação e os reflexos. Isso ajuda a determinar qual parte do cérebro3 pode ter sido afetada pelo tumor2.
- Exames de imagens, como tomografia computadorizada26 ou ressonância magnética27 e técnicas mais avançadas, como ressonância magnética27 de perfusão e espectroscopia de ressonância magnética27.
- Punção lombar, que é a remoção de uma amostra do líquido cefalorraquidiano10 para exame em laboratório e procura de células9 tumorais ou outras anormalidades.
- Biópsia28. Não é comum fazer-se biópsia28, mas ela pode ser recomendada se os exames de imagem não forem típicos de meduloblastoma.
Como o médico trata o meduloblastoma?
O tratamento é decidido levando-se em conta vários fatores, como idade e saúde29 geral do paciente, subtipo e localização do tumor2, grau e extensão do tumor2 e outros fatores mais. Na maioria dos casos inclui cirurgia, seguida de radioterapia30 ou quimioterapia31, ou ambas.
O meduloblastoma pode crescer e bloquear o fluxo do líquor32, o que causa um acúmulo de líquido e exerce pressão sobre o cérebro3 (hidrocefalia6). Uma cirurgia pode ser feita então para aliviar o acúmulo de fluido no cérebro3, para remover o tumor2 ou para resolver ambos.
Às vezes, não é possível remover inteiramente o tumor2 porque o meduloblastoma se formou muito perto de estruturas críticas ou nas profundezas do cérebro3. A radioterapia30 é feita para matar as células9 cancerosas. Visando esse mesmo efeito pode-se usar ao mesmo tempo também a quimioterapia31.
Como evolui o meduloblastoma?
A taxa de sobrevida33 relativa é de 60% se o meduloblastoma aparece aos 5 anos de idade, de 52% se aparece aos 10 anos e de 47% se aparece aos 20 anos. As crianças, pois, têm melhor prognóstico34 que os adultos.
Veja também sobre "Meningite35", "Hérnias36 cerebrais" e "Meningiomas".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites do National Cancer Institute (USA) e da NORD – National Organization for Rare Disorders (USA).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.