Hipovitaminoses
O que são hipovitaminoses?
As hipovitaminoses são deficiências de vitaminas. Embora possa haver concomitantemente deficiência de várias delas, os sintomas1 são específicos para cada uma. As deficiências de vitaminas podem afetar pessoas de todas as idades e frequentemente são acompanhadas por deficiências de minerais (zinco, ferro, iodo, etc.).
Algumas das deficiências mais comuns estão relacionadas à vitamina2 A, várias vitaminas do complexo B, folato, vitamina2 D e K. Os programas de suplementação3 tornaram raras doenças como o escorbuto4 (deficiência de vitamina2 C) ou a pelagra (deficiência de niacina).
Quais são as causas das hipovitaminoses?
De um modo geral, a deficiência de vitamina2 pode ser causada por:
- Má alimentação.
- Consumo exclusivo de alimentos conservados ou cozidos em altas temperaturas.
- Absorção intestinal deficiente, que pode ser devida a muitos fatores diferentes.
- Aumento das necessidades de vitaminas em situações fisiológicas5 como gravidez6, lactação7, doenças e durante o crescimento ativo em crianças.
- Dieta desequilibrada.
Grávidas, lactantes8 e crianças pequenas são o grupo mais susceptível a deficiências vitamínicas devido às suas necessidades relativamente altas desses compostos.
Qual é o substrato fisiológico9 das hipovitaminoses?
Os efeitos das deficiências vitamínicas estão relacionados aos papeis bioquímicos que desempenham. Isso inclui cognição10 e desenvolvimento físico prejudicados, morte por doenças infecciosas, anemia11 e morte durante a gravidez6 ou parto.
Saiba mais sobre "Anemia ferropriva12", "Escorbuto4", "Ácido fólico", "Biotina para cabelos e unhas13" e "Unhas13 fracas".
Quais são as principais características clínicas das hipovitaminoses?
As deficiências de vitaminas muitas vezes nem são reconhecidas clinicamente, a menos que sejam graves. No entanto, mesmo uma deficiência leve pode ter consequências adversas significativas.
Deficiência de vitamina2 A
A deficiência de vitamina2 A é rara e ocorre principalmente quando há redução na ingestão de alimentos como leite, queijo, cenoura ou espinafre, por exemplo, ou em pessoas com problemas de fígado14 ou com síndrome de má absorção15. Os sintomas1 mais chamativos são alterações nos olhos16 (olho17 seco e manchas, cegueira noturna). Outros sinais18 incluem gripes e resfriados constantes, pele19 e boca20 secas, falta de apetite e dores de cabeça21.
Deficiência de vitaminas do Complexo B
Há vários subgrupos de vitaminas do complexo B, mas são especialmente importantes as vitaminas B1, B6 e B12 que são também as que mais comumente podem estar em falta. A deficiência das vitaminas do tipo B é bastante rara, acontecendo sobretudo nos casos de anorexia22.
Vitamina2 B1
A falta da vitamina2 B1 causa uma doença conhecida como beribéri. Pode acontecer devido à ingestão reduzida de alimentos com carboidratos, ao câncer23, ao hipertireoidismo24, a problemas no fígado14 ou uso excessivo de diuréticos25 e durante a gravidez6, uma vez que nessa fase a mulher necessita de quantidades maiores da vitamina2. Em virtude da deficiência de vitamina2 B1 podem surgir, entre outros, sintomas1 como fraqueza e cansaço excessivos, cãibras musculares, mal-estar, palpitações26 cardíacas, retenção de líquidos ou falta de memória.
Vitamina2 B6
A falta desta vitamina2 pode acontecer em pessoas com problemas renais, doenças do intestino, artrite reumatoide27 ou excesso de consumo de álcool, além da ingestão reduzida de alimentos que a contenham. A vitamina2 B6 é muito importante para o sistema nervoso28, por isso, a sua falta pode causar confusão mental, depressão, enfraquecimento do sistema imune29, inchaço30 da língua31, problemas na pele19 e anemia11.
Vitamina2 B12
As fontes de vitamina2 B12 são produtos de origem animal, como ovo32, carne ou queijo. Além da falta desses alimentos, como nas dietas vegetarianas, a deficiência da vitamina2 B12 também pode acontecer em pessoas com diminuição de fator intrínseco33, que é uma substância produzida no estômago34 e que ajuda na absorção dessa vitamina2. A falta de vitamina2 B12 pode causar, por exemplo, anemia11, cansaço excessivo, perda de peso, formigamento nas mãos35 e pés, confusão mental, falta de equilíbrio ou feridas na boca20.
Leia sobre "Resfriado", "Gripe36", "Anemias" e "Anemia11 na gravidez6".
Deficiência de vitamina2 C
A vitamina2 C não é produzida pelo corpo humano37 e, por isso, deve ser integralmente ingerida na alimentação através de alimentos como laranja, espinafre ou tomate. Pessoas com alterações na absorção intestinal também apresentam um elevado risco de deficiência desta vitamina2. Os primeiros sinais18 de deficiência de vitamina2 C incluem cansaço, dor muscular e manchas roxas na pele19. A seguir podem surgir inchaço30 e sangramento das gengivas, infecções38 recorrentes ou perda de dentes.
Deficiência de vitamina2 D
Além da redução na ingestão de alimentos com vitamina2 D, como o salmão, o ovo32 ou a sardinha, a falta desta vitamina2 também pode acontecer quando não existe exposição suficiente ao sol, uma vez que a síntese da vitamina2 depende dos raios solares. Os sinais18 mais comuns da falta de vitamina2 D são dor nos ossos e fraqueza muscular. Porém, ao longo do tempo podem surgir problemas mais graves como doenças cardiovasculares39, câncer23 ou asma40 severa nas crianças.
Deficiência da vitamina2 K
Embora a falta de vitamina2 K seja mais frequente nos bebês41, também pode acontecer nos adultos. Nos bebês41 ela geralmente é provocada por baixa transmissão da vitamina2 pela placenta, prematuridade do fígado14 ou redução da quantidade de vitamina2 K pelo leite materno. Nos adultos, pode ser causada, entre outras razões, por alcoolismo, síndromes de má absorção ou uso de antibióticos. A falta de vitamina2 K pode causar sintomas1 como problemas de coagulação42 do sangue43, sangramentos frequentes e manchas roxas na pele19.
Novas informações sugerem que a deficiência de vitamina2 D, que causa osteomalácia44 e raquitismo45, está associada à imunorregulação anormal e a doenças infecciosas.
Como tratar as hipovitaminoses?
As deficiências vitamínicas são tratadas por suplementação3 medicamentosa das mesmas e restabelecimento de uma dieta equilibrada e orientada por um nutricionista46 ou nutrólogo.
Veja também sobre "Asma40", "Doenças cardiovasculares39", "Anorexia nervosa47" e "Prevenção do câncer23".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da ScienceDirect, do National Institutes of Health e de documento do Ministério da Saúde – Brasil.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.