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Hipertireoidismo e suas características

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O que é a tireoide1?

A tireoide1 é uma glândula2 endócrina localizada no pescoço3, logo abaixo da laringe4 e externamente a ela. Produz dois hormônios: a tri-iodotironina (também chamada T3) e a tiroxina (também chamada T4). Esses dois hormônios são carreados pelo sangue5 para todas as partes do corpo e regulam o metabolismo6 e outras funções orgânicas.

Por sua vez, a função da tireoide1 é controlada pela hipófise7, uma pequena glândula2 localizada na base do cérebro8, que produz o hormônio9 estimulante da tireoide1 (TSH), o qual induz a tireoide1 a produzir seus dois hormônios.

O que é o hipertireoidismo10?

No hipertireoidismo10 a glândula2 tireoide1 é hiperativa e produz hormônios tireoidianos em excesso, alterando várias funções do organismo. Se não for convenientemente tratado, ele pode levar a outros problemas de saúde11.

Hipertireoidismo

Quais são as causas do hipertireoidismo10?

A principal causa de hipertireoidismo10 é a doença de Graves. Ela ocorre quando o sistema imunológico12 ataca a tireoide1, provocando seu aumento e estimulando-a a produzir hormônios em excesso. Menos comumente o hipertireoidismo10 pode se dever a tumores, tireoidite subaguda13, tireoidite linfocítária e tireoidite pós-parto.

Saiba mais sobre "Doença de Graves", "Tireoidite de Hashimoto" e "Hipotiroidismo".

Quais são as principais características clínicas do hipertireoidismo10?

O hipertireoidismo10 é mais comum em mulheres entre as idades de 20 a 40 anos, mas os homens também podem apresentar essa condição. Pessoas com hipertireoidismo10 leve e idosos podem não ter qualquer sintoma14. Os sinais15 e sintomas16 mais comuns de hipertireoidismo10 são: sensação de calor, aumento da transpiração17, fraqueza muscular, mãos18 trêmulas, batimentos cardíacos acelerados, cansaço/fadiga19, perda de peso, diarreia20 ou evacuações frequentes, irritabilidade, ansiedade, problemas dos olhos21, irregularidade menstrual e infertilidade22.

Leia sobre "Cálculo23 do IMC24", "Ansiedade" e "Diferença entre infertilidade22 e esterilidade25".

Como o médico diagnostica o hipertireoidismo10?

O diagnóstico26 depende da história clínica, de um exame físico detalhado e de exames de sangue5 para medir os níveis hormonais sanguíneos. No hipertireoidismo10, os níveis de T4 e T3 estão mais elevados que o normal e o nível de TSH está menor que a referência.

Para determinar o tipo de hipertireoidismo10, o médico pode solicitar um exame de captação de iodo radioativo27 para medir o quanto de iodo a tireoide1 está captando do sangue5. Um exame de imagem ajuda a determinar a forma e o tamanho da glândula2 e se existem ou não nódulos.

Como o médico trata o hipertireoidismo10?

O tratamento do hipertireoidismo10 depende da causa, da idade do paciente, de sua condição física e de quão sério é o problema. Os tratamentos disponíveis incluem medicamentos anti-tireoidianos, iodo radioativo27, cirurgia e betabloqueadores. Todas estas terapias têm algum risco e, portanto, devem obedecer a um estrito controle médico.

Veja mais sobre "Nódulos tireoidianos28", "Tratamento com iodo radioativo27" e "Cirurgia da Tireoide1".

Quais são as complicações possíveis do hipertireoidismo10?

O hipertireoidismo10 não tratado pode levar a outros problemas de saúde11, alguns dos quais envolvem o coração29 (batimentos cardíacos acelerados e irregulares, insuficiência cardíaca congestiva30) e os ossos (osteoporose31).

Leia também sobre "Bócio32", "Câncer33 da tireoide1", "Osteoporose31" e "Insuficiência cardíaca congestiva30".

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Mayo Clinic, do National Health Service do Reino Unido e da American Thyroid Association.

ABCMED, 2017. Hipertireoidismo e suas características. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/tireoide/1296533/hipertireoidismo-e-suas-caracteristicas.htm>. Acesso em: 10 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Tireoide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente.
2 Glândula: Estrutura do organismo especializada na produção de substâncias que podem ser lançadas na corrente sangüínea (glândulas endócrinas) ou em uma superfície mucosa ou cutânea (glândulas exócrinas). A saliva, o suor, o muco, são exemplos de produtos de glândulas exócrinas. Os hormônios da tireóide, a insulina e os estrógenos são de secreção endócrina.
3 Pescoço:
4 Laringe: É um órgão fibromuscular, situado entre a traqueia e a base da língua que permite a passagem de ar para a traquéia. Consiste em uma série de cartilagens, como a tiroide, a cricóide e a epiglote e três pares de cartilagens: aritnoide, corniculada e cuneiforme, todas elas revestidas de membrana mucosa que são movidas pelos músculos da laringe. As dobras da membrana mucosa dão origem às pregas vocais.
5 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
6 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
7 Hipófise:
8 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
9 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
10 Hipertireoidismo: Doença caracterizada por um aumento anormal da atividade dos hormônios tireoidianos. Pode ser produzido pela administração externa de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo iatrogênico) ou pelo aumento de uma produção destes nas glândulas tireóideas. Seus sintomas, entre outros, são taquicardia, tremores finos, perda de peso, hiperatividade, exoftalmia.
11 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
12 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
13 Subaguda: Levemente aguda ou que apresenta sintomas pouco intensos, mas que só se atenuam muito lentamente (diz-se de afecção ou doença).
14 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
16 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
17 Transpiração: 1. Ato ou efeito de transpirar. 2. Em fisiologia, é a eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas da pele; sudação. Ou o fluido segregado pelas glândulas sudoríparas; suor. 3. Em botânica, é a perda de água por evaporação que ocorre na superfície de uma planta, principalmente através dos estômatos, mas também pelas lenticelas e, diretamente, pelas células epidérmicas.
18 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
19 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
20 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
21 Olhos:
22 Infertilidade: Capacidade diminuída ou ausente de gerar uma prole. O termo não implica a completa inabilidade para ter filhos e não deve ser confundido com esterilidade. Os clínicos introduziram elementos físicos e temporais na definição. Infertilidade é, portanto, freqüentemente diagnosticada quando, após um ano de relações sexuais não protegidas, não ocorre a concepção.
23 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
24 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
25 Esterilidade: Incapacidade para conceber (ficar grávida) por meios naturais. Suas causas podem ser masculinas, femininas ou do casal.
26 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
27 Radioativo: Que irradia ou emite radiação, que contém radioatividade.
28 Nódulos tireoidianos: Nódulos da tireoide resultam em crescimentos anormais de células da tireoide, que formam protuberâncias dentro da glândula, normalmente visíveis sob a pele do pescoço.
29 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
30 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
31 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
32 Bócio: Aumento do tamanho da glândula tireóide, que produz um abaulamento na região anterior do pescoço. Em geral está associado ao hipotireoidismo. Quando a causa desta doença é a deficiência de ingestão de iodo, é denominado Bócio Regional Endêmico. Também pode estar associado a outras doenças glandulares como tumores, infecções ou inflamações.
33 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
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